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sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

As crianças e o repouso

À partida são duas coisas que não casam nem ligam. Era aliás um dos meus principais receios. Meu, e pelo que tenho percebido, da maioria das mulheres em condições semelhantes.
Mas de facto, temos muito a aprender com as crianças... Não que seja o melhor da vida, porque nem para nós nem para elas, mas a sua capacidade de adaptação é algo extraordinário e tentam colher das situações o melhor possível.
Já aqui falei em tempos que este repouso forçado me tem ajudado a estar mais com as meninas. Nem sempre é fácil, quando a minha ou a neura delas não se compactua com certas brincadeiras, mas ainda assim tem havido alguns sucessos que partilho convosco, porque de repouso ou não, podem ser boas ideias!

Pintar - esta vem em primeiro porque de facto tem sido a preferida! Desenhos livres, pedidos à mãe, pintar desenhos impressos, lápis, canetas, etc... Todos os dias, TODOS, esta tarefa toma parte do nosso tempo. Eu tenho uma mesinha de apoio à frente do sofá onde estou e elas sentam-se uma de cada lado a pintar comigo. Para além de estimular imenso a criatividade, ajuda a nos unirmos numa actividade que todas adoram
Ler livros - livros e mais livros! Uma, duas, três histórias. Todos os dias também há lugar para as histórias que elas vão buscar á vez
Jogos - sejam puzzles, de tabuleiro, ou outro que não obrigue à minha deslocação. Nem sequer sabia que elas gostavam (ou sabiam) fazer puzzles. Alias, nem sequer sabia que EU sabia fazer puzzles... Ontem estivemos a fazer colares do Frozen. Não é bem jogo, mas quase. Ajuda a estimular a concentração e a motricidade fina. E o bom gosto, claro...
Trabalhos manuais - a par com os desenhos, fazer trabalhos manuais mais elaborados é das preferidas das meninas. Mas porque é bastante mais exigente, até para mim, acabam por ser mais espaçados no tempo.
Cabeleireiros - tudo o que envolva penteados e pinturas é chapa ganha! Às vezes sou eu a "vitima" mas adoro!
Cinema - caseiro, claro está! É uma excelente actividade para "descansarmos" um pouco. O único senão é que a C não aguenta mais do que 20/30 minutos (basicamente o tempo de 2/3 episodios da Masha seguidos)...
Dançar - tão simples como pôr uma musica que elas gostem, ou meter no pc o youtube com videos e é vê-las a dançar com uma felicidade imensa! Dá gosto de ver! De tal forma que já gastei o espaço livre do telefone com o monte de videos que já fiz...
Nenucadas - reconheço que é mais dificil porque para além de recorrentemente levar a brigas pelas bonecas e acessórios, nem sempre se consegue restringir a brincadeira ao metro quadrado que tenho à minha frente. Ainda assim, resulta muito bem com festas de anos, refeições em geral, consultas médicas, banhos e mudas de fraldas. Ainda estamos a explorar outras opções recentes mais pequenas como a casa da árvore da Masha e o urso. Ontem não correu muito bem porque acabaram a lutar por uma (porcaria) panela, e a brincadeira acabou quando a C a meteu na boca... 😱😱

Depois não sendo propriamente uma actividade infantil (seria mais uma exploração infantil...) elas gostam de ajudar o pai a trazer-me e a levar a comida. Em contrapartida eu dou-lhes a sopa à vez.

E pronto, estas têm sido as actividades principais. Claro que são muito representativas das idades delas. Com crianças mais velhinhas é possível fazer actividades diferentes. E provavelmente com rapazes algumas destas actividades poderão não ser muito apelativas. Mas fica a dica e acima de tudo o exemplo de que não é por estarem deitadas em repouso que não podem interagir e divertir-se com as vossas crianças. Elas agradecem e acreditem que vocês também. Não há forma mais divertida de passar o tempo!

Pingo no nariz

Anda meio mundo com pingo, e o outro meio com tosse e dores. E no meio estava eu que, secretamente, me vangloriava de estar sã e salva no meu refugio quentinho. Mas afinal não... Afinal sempre saio de casa de 15 em 15 dias e alguma coisa me podia apanhar...
E cá está ele! Nariz entupido, já vermelho e dorido com tantos apertos, dores de garganta, arrepios... O que fazer? Permanecer no quentinho, chazinho, e chazinho, umas colheres de mel e muito carinho. Definitivamente, grávida sofre!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Reavaliação check!

Hoje foi dia de reavaliação. Como é lógico ia mega nervosa. O facto é que me tenho sentido melhor nos últimos 2 dias, mas isso está longe de ser indicador seja do que for. Estava expectante!
Começámos por fazer a eco morfológica. Cerca de 45 minutos de bebe, todos os ângulos e mais algum. Estava tudo óptimo!
Depois foi a medição do colo, a dolorosa. Este é sempre o maior momento de tensão. Graças a Deus os valores melhoraram um pouco. Não são excelentes, mas dado o quadro e contexto, são muito animadores! Parece que me tiraram um peso de cima, um não, um monte deles!
Seguiu-se CTG também tudo ok, ou não estivesse eu super relaxada e o meu bebe a fazer uma sesta.
Por fim consulta, foi necessário alguns elementos de controlo habituais, e o controlo da intervenção a que fui submetida a semana passada. Este foi definitivamente o ponto desconfortável da tarde... Mas pronto, já passou e hoje posso afirmar que a reavaliação foi um sucesso! Agora é manter o bom comportamento, ou seja, nada! Deitada, sem stress, sem trabalho, nada!

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Adormecer as filhas ao colo

Arrisco-me a dizer que o sacana do Pai Natal deixou cá, juntamente com as prendas, uma tremenda dose de birra.
Ainda há poucos dias comentava que a M estava numa fase mesmo boa: estava doce, muito menina, com conversas deliciosas e... sem birras! Afinal, a C é que está na "fase das birras". Mas depois dos acontecimentos dos últimos dois dias já não digo mais nada. Estou tão perplexa com o que está a acontecer que temo verdadeiramente que algum dos vizinhos acabe por chamar a protecção de menores num destes momentos de fúria e gritaria. Parecem retirados de qualquer cena violenta que inclui país irresponsáveis, incapazes ou mesmo alcoolizados. Mas só que não. Assistimos a este descontrolo total, tentando todas as nossas ferramentas para as controlar.
E bem ensinadinha pelos livros que tenho lido, tento desesperadamente pensar na causa: será cansaço? Será falta de libertação de energias? Será das frustrações causadas pelas prendas e pelo entre-sai das visitas que tanto incomoda a M? Será do mano novo? Será que é tal auxiliar lá da escola que continuo a achar uma péssima influência para a minha filha? Sinceramente não sei. Provavelmente uma combinação explosiva destas e outras mais, mas por favor, digam-me que isto passa rápido. É que já não bastava a dose com que tenho que lidar, para ainda levar com esta complementar.
Hoje então foi incrível. A M chorava e gritava que não era eu que lhe lavava os dentes, embora estes até já estivessem lavados, e arrastava-se pelo chão a prender-me as pernas. Quando me consegui desenrolar, e a mandei fazer o último xixi, prolongou a gritaria porque nao queria ir, nem deitar, nem vestir, nem coisa nenhuma!
A C que deve ter sentido que estava de alguma forma em desvantagem, apesar de muito fofa e sossegada, decidiu unir os seus melhores dotes para começar a chamar a atenção da pior maneira. E assim estava o caos gerado.
Recolhi aos meus aposentos, deixando o pai com as feras, que me garantiu que era melhor eu ir para não me enervar mais, e que daria conta do recado. Mas após longos minutos de gritaria, achei que teria que voltar a intervir e pedi que me trouxesse uma para ao pé de mim. Não veio uma, mas duas e eu não tive outro remédio senão adormecer as minhas meninas no meu colo deitado, com a promessa de que a primeira que se portasse mal, voltaria à sua cama de origem.
De facto a cama da mãe é mágica, afugenta monstros e bichos, apazigua máguas, e fortalece os corações! E a mãe? Essa, ganha ainda mais poderes em contacto com estes corpinhos pequenos e quentinhos, juntinhos a si, e com estas mãozinhas papudas que pousam na sua cara. Não há amor maior.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Miminhos

Quando no dia 26 logo pela manhã, recebemos um telefonema por nosso GO (ginecologista-obstetra) a perguntar como estamos, sentimos realmente que estamos a ser bem tratadas! 😍

domingo, 25 de dezembro de 2016

Socorro!!! Let it... shut up!

A parte positiva: apesar dos contratempos, o Pai Natal sempre deixou cá em casa duas Elsas Cantantes.
A parte negativa: apesar dos contratempos, o Pai Natal sempre deixou cá em casa duas Elsas Cantantes. SOCORRO!!! Alguém que nos diga como é que isto se desliga!!! 😱😱😖

Feliz Natal

Dizem que o Natal é a família, o amor e a união. A alegria de estarmos juntos a celebrar. O motivo da celebração pode variar de casa para casa, mas é sempre um momento muito especial.
E quando sentimos tudo isto profundamente ficamos ainda mais gratos por tudo de bom que temos! Apesar da situação que vivemos cá em casa, ontem senti tudo isto e muito mais. Amor e felicidade em estado puro!
Obrigada Senhor por tudo de tão maravilhoso que nos Dais.

Ps: como prenda de Natal da Mulher (des)equilibrada, decidi expandir para outras plataformas e estamos agora também no facebook! 🎉🎁🎊

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Viver de 15 em 15 dias

Tenho estado ausente. Neste tempo de azáfama natalícia eu precisei de me fechar.
Na verdade sinto que vivo de 15 em 15 dias. São pequenos ciclos que ditam toda uma nova realidade para cada início.

O que se passou foi que terminou um ciclo, um ciclo bom de esperança e calma, para se iniciar outro, bem diferente do anterior. "As notícias não são as melhores. A sua situação agravou-se bastante nestes últimos 15 dias". Foi o que eu não queria ouvir... O coração palpitou, a cabeça andou a mil: mil perguntas, um medo avassalador. Fui para casa. "Tem 15 dias para subir estes valores, ou vamos ter que tomar outras medidas"
Eu vou, eu faço, eu faço tudo, mas o quê? Espero? Tenho feito tudo o que me mandam, mas pelos vistos não chega, não é suficiente para salvar o meu bebé.
Foram dias de ruptura! Mas de reencontro também. É difícil sentir que não controlamos o nosso corpo, e que ele não está a fazer o que é preciso. Afinal uma mãe deve proteger, cuidar, gerar, amar, e não matar. A palavra é forte mas não vale a pena tentar amenizar. O meu bebé está bem, a crescer e a fazer a sua parte, mas eu não estou a ser capaz de lhe proporcionar um lugar seguro para ele o fazer.
Mas depois da dureza das palavras, da dureza da realidade, vem um sentimento de que é preciso tentar mais e mais! Recuso-me a ficar a assistir!
E foi então que iniciei a segunda parte deste processo: a procura! Passei os dias a vasculhar artigos, estudos, relatórios... Li tudo a que consegui chegar e mesmo o que não consegui, lutei para conseguir.  Fiz telefonemas, e muitas linhas de chat. Afinal parece que há algo por experimentar. E assim os dias passam, e o meu coração ameniza, na convicção de que estou a lutar pelo meu bebé.
Com mais respostas e certezas, contacto o meu OB (Obstetra). Ele nunca fez, mas conhece o que é embora noutros contextos que não o meu. Mas ambos concordamos: vale a pena tentar!

E assim me deito de coração agitado, de pulsação acelerada, com medo, mas muita esperança e convicção de que ao menos continuo a ser mãe e a lutar contra tudo, até eu mesma, para tentar salvar o meu menino.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Feriado em Família - o dia a seguir ao outro

Tenho que vos contar como foi o nosso feriado!
Acordar com as galinhas - check! Mantenho a minha profunda indignação para os acordares madrugadores em dias de descanso, em oposição aos acordares dificeis e rabugentos em todos os outros dias de trabalho...
Ter duas princesas como aconchego pela manhã - check!
Mas agora note-se: o pequeno almoço foi bastante calmo. O vestir recheado de cocegas e gargalhadas. O resto da manhã passada entre portas abertas, ar livre, triciclos e jogos de bola.
Almoço tranquilo. Dei a sopa às duas, à vez para não haver conflitos. O 2º teve tanto sucesso que cheguei a perguntar se elas estavam a comer ou se tinham adormecido (incluía puré). A seguir veio a sesta parcialmente acompanhada pelo papá. Um tempo para arrumações, uma desistência antecipada da sesta e os dois rumaram às compras. Pouco depois, desce a mais velha e ficamos as duas enroladinhas a ver um filme no sofá (há coisa melhor que isto?). Com a chegada do lanche, o pai decidiu organizar uma sessão de cinema em familia. Tirando a mais pequena que foi previsivelmente inconstante, ali estivemos todos, bem juntinhos e quentinhos a passar um bom momento em familia.
E pronto, o resto do dia passou-se sem grandes ondas e no fim, antes de ir dormir recebi um "Amo-te".

Com isto, posso concluir que há posts que valem mesmo a pena :)

PS: Engane-se quem achou que andei na "boa-vai-ela", fui uma espectadora cumpridora!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Tenho pena, porque gosto de ti

Entras, cumprimentas-me com um beijo. Desapareces por um bocado. Estás a arranjar as coisas. Voltas. Entre ordenações mais ou menos violentas, levas as meninas para o banho. Fico a ouvir... Oiço crianças a rir, crianças a chorar, alguns gritos. Todos os dias igual.
Desces de novo com as nossas filhas e desapareces por um bocado. Estás a arranjar as coisas. Voltas. Trazes o meu jantar. Entre ordenações mais ou menos violentas, levas as meninas para jantar. Fico a ouvir. Volto a ouvir crianças a rir, depois a chorar, mais gritos, tu a ralhares. Decidi tentar ajudar. Hoje dou eu a sopa a uma, amanhã a outra. Portam-se tão bem! A refeição acaba e elas voltam para mim. Tu desapareces. Vais arranjar as coisas. Mas a hora já vai adiantada e já pouco consigo fazer para as entreter. Precisam de descansar. Peço-te para as levares.
Está na minha hora de recolher ao quarto. Aproveito a viagem e passo pelo quarto delas. Ajudo no que posso. Lavo os dentes a uma, aconchego-as no final. Nunca me deito sem lhes dizer boa noite! O nosso ritual de boa noite! E digo que as amo, que não vou ficar como era costume, como me pedem, mas que as amo muito e estou mesmo ali ao lado. Tu ficas.
Apareces passado um bocado. Mas eu estou cansada. E tu ainda tens tanto para fazer, e ainda tens que trabalhar. Desapareces de novo e eu fico a adormecer-me.
Tenho pena porque gosto de ti. Não sei nada de ti. Como foi o teu dia? O que fizeste hoje? Foi giro? Queres saber o que fiz? Eu estive sozinha... Hoje teve bom tempo? Mal vi a rua hoje... Tenho pena, porque gosto de ti.

Mas fico a pensar. E elas? Também terão pena? Provavelmente eu também estava assim. Fui só eu que mudei. E não foi porque quis. E agora dou por mim a ver as minhas filhas, a falar com elas, a brincar. Penso nas coisas que podemos fazer juntas, comigo nesta posição, nesta condição. Mas elas já não perguntam. Correm para mim quando chegam. E vejo-as crescer. Como é que cresceram tanto ultimamente? Como é que não percebi? E paro e dou Graças a Deus por me ter dado a oportunidade de ver as minhas filhas, de dar valor ao que sempre aqui esteve. A dar ainda mais valor aos seus corpos enrolados no meu, procurando o meu calor e segurança quando a noite as atraiçoa. Novos hábitos, novas rotinas. A manhã já não começa no quarto delas, mas na minha cama, entre beijinhos e carinhos, e muito muito amor.

E fico a pensar. Tenho pena, porque gosto de ti...

domingo, 27 de novembro de 2016

Papas e descanso!

Primeiro domingo do meu repouso:
Ao fim de semana o repouso pia de fininho... Tenho a casa num caos, o marido num caco e as filhas num pingo. Anda tudo a passar por entre os vírus, tosses e febres. No meio da desorientação amontoa-se roupa por lavar, por secar e por passar, pratos por lavar e comida por preparar... E eu? Bem, eu pouco posso fazer senão assistir e roer as unhas. Ainda ontem estava a assistir ao programa de Tv "a minha mãe cozinha melhor que a tua" e a certa altura, um dos concorrentes ao ver o caos e desespero do seu companheiro, preferiu entrar em cena mesmo sabendo que seriam ambos penalizados. Às vezes sinto-me assim. Tenho a certeza que 10/15 minutinhos chegavam para meter alguma ordem na casa, mas é tãooo arriscado 😔
Por isso é preferível arranjar planos Bs (e Cs, e Ds...). Juntar o útil ao agradável e rezar para que corra bem. Então, convidei para almoçar uma irmã de coração! Reservei o almoço sabendo que havia cozido no restaurante de bairro. Pedi para pôr o dvd da Barbie e fiquei com as gordinhas enroscada no sofá. Resultado: 0 preocupação com o almoço, boa companhia, marido mais liberto para arrumar a confusão que se instaurou e gordinhas que adormeceram no sofá e que estão umas fofuchas a aquecer e fazer companhia a mamã (que entretanto é a única que está a ver a Barbie 😂).
Vamos ver como corre o resto do dia e para vocês Bom Domingo!!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

1º dia do resto do meu repouso

Hoje acordei com um sol fantástico! Estava um sol fantástico não estava?
Ouvi as meninas e sorri. Ajudei a vestir no que pude e penteei cabelos. Beijinhos, beijinhos e ouvi-as sair.
Pouco depois volto à saga dos meus contactos: encontrar uma empregada era mesmo o grande objectivo! Felizmente já tinha feito alguns contactos ontem e a meio da manhã tive a oportunidade de falar com uma das "candidatas" pessoalmente. Não era uma candidata qualquer, o que a fazia levar já algum avanço. Experiente, calma, e familiar de uma amiga, o que aumenta logo o nível de confiabilidade. Conversa puxa conversa e a empatia surgiu facilmente. Acordámos as condições e começou logo no momento seguinte. Não podia ter corrido melhor! Ainda nem sequer era hora do almoço e já tinha o meu objectivo do dia cumprido!
O resto do dia foi passando sem grandes sobressaltos. É bom sentir-nos acarinhadas com todos os telefonemas e mensagens de apoio. Para primeiro dia vou de coração carregado!
Só tenho pena que na maior parte dos sites, hoje ainda não se aplique o black friday. Torrar dinheiro à distância de um click, com a convicção de que ainda poupo e ajudo o pai Natal, teria sido ouro sobre azul. Assim parece que vou ter que arranjar espaço na minha agenda de amanhã 😂
O dia termina em beleza com as minhas barulhentas a entrar pela casa, pelas escadas, pelo quarto, e só por isto sorrio e sinto que valeu a pena!

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Hoje estar com as meninas teve um significado especial!

Hoje foi um dia longo, duro e de muitas emoções. Chego ao fim do dia com um misto de sentimentos entre o aliviada e apreensiva. Mas passo a contar:

Acordei, arranjei-me a mim e às meninas e rumei à escola para as deixar. A seguir fui até ao hospital porque ontem as coisas não me pareceram assim tão bem e como diz o outro "it is better to say sorry, than to be sorry".
E de facto não me enganei... Maquinetas para aqui, avaliações para acolá, foram precisos 3 médicos a debater o assunto para me dizerem o seguinte: "está com risco muito elevado de perder o seu bebé e não podemos fazer muito mais por si"... Foi difícil de engolir. O que se passa é que tenho um colo uterino ineficiente, com tamanho e comportamento desajustado à fase da gravidez, provocado por um útero com contractividade. Ou seja, o meu útero é um esquisitinho, gosta pouco de ocupantes, e por isso trata de apertar os inquilinos de forma a mete-los de lá para fora... O outro problema que se põe é que com o tempo de gestação com que estou (+/- 4 meses), caso o senhor útero leve a melhor, o bebe perde a vida sem qualquer viabilidade. Faltam exactamente cerca de 2 meses para que o bebe tenha alguma probabilidade de sobrevivência, ainda que em condições duvidosas na maior parte dos casos... E portanto, pelas palavras dos médicos, não há muita coisa a fazer, a não ser ficar de repouso absoluto (deitada com permissão para pestanejar), e tentar uma medicação que pretende diminuir os efeitos nefastos da contratividade do seu útero.
Vim para casa tal como fui, quase sozinha. Cheguei a casa e desabei! Mas de certa forma ainda bem que desabei. Acho que descomprimi e a seguir a descomprimir arregacei as mangas e pus-me ao trabalho. Há logísticas para tratar, empregadas para contratar...
Ficar de repouso absoluto não é nada fácil, durante tanto tempo ainda menos, não tendo certezas sequer de que vai valer a pena é sem dúvida penoso! Mas, ainda assim tenho a certeza (até porque me foi confirmado no hospital) que se tivesse ido a uma MAC, por exemplo, já não tinha saído de lá, e iria estar provavelmente 5 meses lá fechada. O que mais me aterroriza é que isso também significa 5 meses sem estar com as minhas filhas, sem brincar, sem gritos, sem risos. 5 meses de um vazio que não se consegue explicar! Isso não! Só de pensar doi! Por isso comprometi-me: a ser, pelo menos que seja em casa, que eu as possa ver, ouvir, tocar, beijar. Até posso ler-lhes uma história ou jogar um jogo. Por isso, sim! Vou portar-me bem! Quero dar graças a Deus por todos os dias que estou com elas e que ainda assim luto pela vida do meu novo rebento. Na esperança que "brevemente" sejamos uma família maior, mais completa e sempre sempre forte e unida!

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Em busca da Elsa perdida...

Cometi a asneira (sim, a ideia era boa mas já a chamo de asneira!) de levar as miúdas ao Continente, antes dos 50% em brinquedos, para que elas vissem alguma coisa que gostassem para pedirem ao Pai Natal... Resultou muito bem mesmo! As duas agarraram-se a uma Elsa do Frozen que canta o "let it go". Dizem que não querem mais nada, só falam no raio da boneca.
O problema?? Esgotou durante o tal fim de semana (que eu não fui) e não encontro à venda em mais lado nenhum! 😱😱😱
Por isso, por favor, se virem por aí uma Elsa cantante, uma não, duas! Digam qualquer coisa, please!

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O silêncio da Magia

E hoje estava a aquecer a sopa para o jantar e reparo que há silêncio na casa. Um dos grandes ensinamentos que a maternidade me trouxe é que silêncio na casa, fora das horas de dormir, nunca é bom sinal, e o presságio agoniza com o número de filhos.
Corri para ver o que de tão errado se passava.
OMG!!! Tinha duas filhas amorosas, sentadas que nem anjinhos a olhar especadas para a televisão em puro silêncio. Tomei por fim consciência: a Masha voltou para nossa casa!
Por isso hoje as minhas preces vão para os senhores da NOS: "obrigada senhores da NOS por terem por fim trazido a Masha de volta às nossas vidas. Senhor, perdoai os senhores da MEO porque eles não sabem o que fazem, e após mais de um mês de tentativas falhadas de instalação do serviço, perderam mais um cliente, antes mesmo que o terem concretizado!"

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Televisão? What??!

Continuamos a viver acampados em casa, mas aos poucos a coisa vai ganhando forma! Este fim de semana foi a vez da sala. Conseguimos desempacotar os sofás e a mesa da televisão. Arranjámos um lugar provisório e de repente tudo parecia mais aconchegante e familiar. As meninas quando viram correram para os sofás. Acho que elas tinham mesmo saudades de se deitar no sofá! O meu marido correu a ir buscar a televisão, mas... Graças à MEO, ainda não temos televisão, nem internet, nem nada! Há mais de uma semana que nem sabemos o que isso é. Confesso que só agora percebo a falta que o Panda faz na nossa vida.
Percebi que a falta de televisão estava a afectar mais o meu marido do que imaginei! Isto porque assim que ontem as meninas adormeceram na sesta, ele saiu disparado e voltou radiante com uma antena. Confesso que demorei um pouco a entender do que se tratava porque no meu tempo as antenas parecia árvores no inverno, mas esta é mais parecida com um modem futuristico. Foi quando ele disse com ar triunfal e radiante: já temos televisão! Que tomei consciência da importância disso para ele no seu conceito de sala/família. Só temos 4 canais e não foi fácil explicar que a Masha e o Urso não vinham naquele pacotinho, mas elas até nem se importaram de lanchar a ver um filme de crescidos!

sábado, 5 de novembro de 2016

4 anos de bebé... De crescida... De maternidade 🙄

"Fazes 4 anos! Dizes orgulhosa, ostentando os teus 4 dedinhos. Os 4 anos é uma meta à muito ansiada. Acho que falas da festa dos 4 há pouco menos de 1 ano...
Estás tão crescida. Estás tão bonita!
Fico a olhar para ti e o coração quase rebenta. És carinhosa, sensível, responsável. Pirosa e sonhadora. Impaciente e teimosa. Sabes pintar, sabes cantar, sabes brincar e dançar. És tudo o que poderia esperar de ti!
E eu? Bem, é um sentimento agridoce... Se por vezes tenho medo do que perdi, do que não vi ou do que não vivi (é tudo tão rápido...), por outro adoro ver-te crescer! É tudo tão mágico! Tenho pena de nem sempre conseguir estar mágica como tu, ou conseguir estar receptiva à tua magia, mas peço-te: nunca, mas nunca deixes de espalhar o teu batom!"

A M fez anos esta semana que passou. E apesar da confusão, das condições e sujidade em que estamos a viver, esforcei-me para que o dia dela fosse verdadeiramente feliz! Hoje um acordar enamorado, menos pressa para sair, um dia de escola cheio de mimos, e não faltou o bolo do Frozen para cantar com os amiguinhos ao final do dia. Depois fomos buscá-la e quisemos fazer-lhe uma surpresa. Ela tinha pedido para quando fizesse 4 anos ir ao cabeleireiro arranjar o cabelo. E assim foi! Vendei-lhe os olhos e lá fomos ao cabeleireiro cortar e pentear o cabelo e ainda pintar as unhas. O sorriso de felicidade espalhado no rosto dela já valeu tudo a pena, é insubstituível!
Por fim ainda houve jantar no restaurante com a família (normalmente faria em casa mas na impossibilidade tivemos que improvisar), com direito a bolo de chocolate e prendinhas. Ainda houve espaço para birras, mas com os níveis de cansaço, estranho era se não acontecesse!

Ontem foi a festinha com alguns amiguinhos da escola. Lá conseguimos também arranjar um plano B. Não foi a festa perfeita, nem tão pouco a idealizada, mas foi a possível! Fizemos no sítio do costume (Akihafesta), com preço por cabeça, tudo incluído. Esteve um dia horrível de chuva, mas acho que se divertiram na mesma a pintar a cara, no escorrega de bolas e no insuflável. E deixem-me que vos diga, esta história de chegar de mãos a abanar, sem stresses nenhuns, e no final não ter que me preocupar com nada a não ser trazer as prendas para casa... Foi bom! Pecadoramente bom!

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Semana 13

Bem, estes últimos dias correram de tal forma que nem tive tempo para me coçar. E coçar inclui vir aqui contar as novidades.
Então depois do post dos nervos fui fazer a eco. A parte boa: estava tudo bem com o bebe, indicadores todos ok! Parte menos boa: já deu para ver o sexo e... Não é uma menina. Ficámos de facto muito desmoralizados. Depois de sabermos que estava tudo bem, esta era a nossa maior expectativa (lá estão outra vez as sacanas das expectativas...). O médico percebeu o nosso desalento e comentou "bem, eu gostava realmente de vos dizer algo diferente. Ainda por cima nesta fase só costumo mesmo dar um palpite, mas desta vez é tão evidente (e era de facto muito evidente!) que dou mais de 90% de probabilidade". Enfim, levámos o choque e andamos a digerir. Ainda nem sequer fomos capazes de lhe dar nome, embora a M diga a toda a gente que se vai chamar Manel (?!?!).
A seguir a esta notícia fomos até à obra verificar a prontidão para as limpezas e mudanças do dia seguinte. Novo choque, ainda maior: a casa estava a ser pintada por dentro e jamais em tempo algum ficaria pronta para limpar no dia seguinte. Fiquei para morrer! Só me apetecia vomitar. Discuti, gritei, enervei-me, saí porta fora. A verdade é que para além da vontade imensa de ir para nossa casa, teríamos que sair do sítio que estávamos a ocupar dois dias a seguir, e sem grandes alternativas, estávamos metidos num grande sarilho.
Passei essa noite a percorrer sites e mais sites de alugueres temporários, residenciais e afins. Foram momentos angustiantes, que espero não ter que voltar a passar... Acabei por encontrar uma espelunca (mesmo!!! 😱) que estava disponível, tinha espaço para todos, e que podíamos pagar. Confesso que me custou bastante toda a situação, andar de novo de casa às costas, de voltar a submeter as meninas a esta situação e condições, mas de certa forma senti-me mais leve, e acho que todos sentimos, porque a tensão e pressão que estávamos a sentir estava de facto a dar cabo de nós.
Entretanto falei com o responsável da obra e disse que no fim de semana iria ocupar (pelo menos) parte da minha casa, fosse em que condições fosse!
Nos dias que se seguiram a minha casa parecia o campo de Santa Clara em dia de feira da ladra. E no Sábado lá estávamos nós, a mudar para uma casa super suja, e por acabar. Foi a loucura!!! Nem água quente tínhamos, luz apenas em alguns sítios, nada de cozinha e a cama não entrou de forma nenhuma. Agora penso nisso e até me dá vontade de rir, embora na altura me tenha descabelado toda e rogado pragas a este mundo e o outro!
Agora estamos mais calmos. Já são poucos os sítios sem luz, já temos água quente e a cozinha já vai funcionando, a cama é que continua à porta... Tal como todos os imensos caixotes que temos que arrumar. Mas acho que esta experiência tem uma lição de vida: amanhã também é dia, o sol nascerá outra vez, e a vida faz-se um dia de cada vez!

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Ai que nervos!!

Dizem que ao 3º já nem se sente, não emociona, não enerva, passa mas não mói.
Chegámos às 12s e com ela a famosa eco. É só mais uma eco, de só mais um filho, mas só que não! Estou estupidamente nervosa tal como se fosse o primeiro. Quero saber se está tudo bem, se sempre é menina (não escondo a preferência), os indicadores todos, enfim, nervosa nervosa nervosa! O que vale é que tenho o dia tão preenchido que nem vai dar tempo para divagar.
Logo já dou notícias!

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

E ao fim de trinta e nove dias, chorei...

Como uma criança. Consegui por fim descarregar um pouco do que me vai na alma, no coração!
Os dias maus, difíceis, pesados e feios sucedem-se. Dia após dia, sem tréguas ou piedade. Não me lembro de um período tão negro como o que tenho vivido. Mantenho-me afastada, em silêncio, porque não quero escurecer a alma deste cantinho.
Fui-me habituando aos poucos a agradecer a Deus. Agradecer tudo o que Ele me dá, mesmo nos dias em que parece difícil e até cruel, encontrar o que agradecer. Mas os últimos tempos têm sido deveras desafiantes... Cada dia tento ir buscar forças para me manter positiva, com esperança, e agradecer, uma e outra vez, tudo de bom que tenho.
 Não está fácil. Cada dia que passa a tarefa parece mais dificil de cumprir. Porquê? Porque é que tem de ser assim? Não sei... Mas tudo tem uma razão de ser, e mesmo que eu não entenda qual, esforço-me por mostrar às minhas filhas que devemos manter-nos unidos e lutar, nunca desistir, porque se a vida nos dá pedras, havemos de construir um castelo!

Mas hoje ruí. Ruí em surdina, no silêncio da minha almofada, com uma filha nos braços. Nenhuma mãe estará alguma vez preparada para ver um filho sofrer. Há momentos que não dão para aguentar. Mesmo esboçando um sorriso de calma e tranquilidade, mesmo prometendo que vai tudo ficar bem, um filho a sofrer rasga-nos por dentro. E este sofrer pode vir de várias formas, pode ser um sofrer físico, emocional, uma promessa que não pode ser cumprida, uma expectativa desfeita. É um estrago que não se repara e que nos defronta com a impotencialidade da vida.
"Deus, não nos faças isto! Deixa-nos sofrer por eles! "

sábado, 8 de outubro de 2016

Quebras de tensão... Oi??!!

Adoro as maravilhas da maternidade! Estes enjoos que me atormentam, as dores pélvicas e outras que tais, um sono incompreensível a horas proíbitivas, as borbulhas que teimam em aparecer, a barriga que vai lutando por espaço na roupa já apertada... Só que estes eu até já conhecia bem: não matam mas moem, e vamos gerindo.
Mas porque não devemos andar armadas em conhecedoras, em "somos bué de cromas", este meu novo centímetro e meio decidiu-me mostrar que afinal a minha vida pode piorar, piorar muitooo AHAHAH! (Isto sou eu a imaginar um bebé virado gremlin a rir dentro da barriga!)
E assim passei a conhecer as quebras de tensão. Ontem foi o pior dia neste aspecto. Passei o dia a cair para o lado, numa experiencia que julgo poder ser comparável à toma de um desses comprimidos mágicos e alucinogénicos que dizem circular nas noites. Em diversas alturas do dia vi (e senti) o mundo rodar, as minhas mãos a tremer e eu sem me conseguir levantar. Foi brutal! Entre sal, doces e outras cenas que me meteram na boca, lá fui sobrevivendo.
Ao final da tarde fizeram-me ligar ao GO, essa tal figura que até me esqueço que existe. Levei logo uma rabecada: "E se continua assim vai para casa pensar na vida durante umas semaninhas". Pronto, e voltei a sentir-me como uma muida que é ameaçada do castigo e que promete que vai tentar portar-se melhor, seja lá isso o que for porque no que toca às quebras de tensão se alguém souber como evitar por favor diga-me.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Mantra do dia de hoje

Dado por uma amiga do coração, mal eu tinha aberto os olhos:

Respira!... E não pira. 

Vou repetir a cada segundo!

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Complô contra a aula de ginástica

Continuamos na saga de tentar chegar a horas à escola, e se há dias que quase que conseguimos, é precisamente no dia da ginástica que a coisa corre muito pior. Pelo segundo ano consecutivo puseram a ginástica da M às 5ª feiras às 9h15 da manhã... É certo que em nenhum dos outros dias conseguimos meter as meninas na escola a esta hora, mas algures entre as 9h15 e as 9h30 temos conseguido algumas vezes.
Pois hoje levantei-me decidida a mudar a história, decidida a depositar as crianças a horas (até porque já levei um recado do professor). Levantei-me mais cedo. Arranjei-me mais cedo. Acordei e preparei a M mais cedo. Mas... e há sempre um mas, a C não quis colaborar no meu super plano. Apesar dos meus esforços, demorou horrores a beber o leite, e mesmo quando eu até já tinha conseguido dar a volta por cima e recuperar nas horas, eis que ela se sai com a derradeira mensagem: "Mãe, quero ir fazer cócó no bacio", "Mas... mas... tem que ser agora? Quando íamos sair? Não aguentas até à escola?", "Não mamã, quero ir fazer cócó no bacio".
Pronto, passei os 9 minutos seguintes a olhar para ela no bacio. Ao 10º minuto levantei-me e fui arrumar já nem sei o quê. E oiço "Mãe, já táááá!". Boa, pensei eu, podia ter sido bem pior... Fui lá e quando ela se levanta, percebi que ao 10º minuto, não só tinha feito cócó (o que é bom), como também tinha enterrado a chucha no dito... Bahhhh! Que nojo! Ralhei, claro que ralhei, e bem me enojei a tirar aquela porcaria e a meter no lixo. E depois veio a birra, porque afinal não é de animo leve que se vê uma chucha toda cócózada a ir para o lixo.
Ok, não respira, não grita, não chora. Vamos embora que com sorte a M ainda vai a meio da aula de ginástica. Mas só que não... Hoje Lisboa decidiu tramar-me! Toda a cidade tinha acidentes macacos, pessoas pelo chão, sangue, ambulâncias e bombeiros. Contei 5 episódios, fora os que devo ter perdido nas minhas voltas loucas para fugir ao trânsito.
Cheguei tarde, muito tarde. Acho que nunca tinha chegado tão tarde num dia de ginástica. A aula já tinha terminado. Ainda assim cheguei com um sentimento diferente: estamos todos bem!

sábado, 24 de setembro de 2016

Fui contar aos sogros

Hoje tiramos um dia do nosso precioso fim de semana para ir até aos sogros contar-lhes a novidade. Confesso que era algo que temia e não me apetecia nada. Revi na minha cabeça várias cenas possíveis, e nenhuma tinha uma desfecho agradável. Acho até que o meu estado de espírito já vinha meio toldado e mesmo que dissessem apenas "Parabéns!" eu talvez fosse passar-me com o tom de voz...
Mas pronto, facilitaram-me a vida e deram-me mesmo razões para me chatear. Previsível... A minha sogra lançou de imediato uma prece ao Nosso Senhor! Fez um ar de desespero e "não quero acreditar em tamanha desgraça". Não consegui evitar e reagi levando as mãos a tapar os olhos. Voltou a ter a mesma reacção. Será apenas esta a família que vê as novas crianças como desgraças??
Mas enfim, tentei recuperar e perguntei "mas do que é que tem medo?" Sinceramente não sei para que é que fiz esta pergunta, eu já sabia a resposta. A minha sogra apontou para a minha filha C e disse "tenho medo que venha como a nossa menina, com problemas..."
Pronto, acabou-se qualquer réstia de simpatia no resto do meu dia. É muito mau! Consegui que me saísse "está com medo de lhe passar algum mau gene? Como o estrabismo do pai?" Uma mãe ferida que tenta ferir outra mãe. Não há palavras! Talvez devesse ter mais empatia com a senhora, talvez devesse perceber que ela tem medo, e iluminar-lhe a mente. Talvez numa próxima vida. Nesta não consigo!
As pessoas rotulam porque se teve um filho com diferença. Como se aqueles pais fossem maus, indignos de voltarem a procriar porque foram destinados a gerar crianças com defeito. Ou pior, não têm qualidade suficiente para gerar crianças perfeitas! Mente ignorante! Mente pequena. Maiores são os defeitos das mentes pequenas e esses até parecem passar despercebidos à primeira vista, mas causam mossas bem maiores.
Que fique claro, mas bem claro, que os meus filhos são perfeitos, mesmo nas suas diferenças! E que no que depender de mim vão ser bem maiores que estas cabeças...
Mas infelizmente não ficou por aqui, o meu sogro em tom de gozo perguntou "então e vai querer outra meninas?". A minha sogra respondeu primeiro "ai não, agora que seja um rapaz. Mas eu nunca quis saber. Qualquer coisa era boa desde que viesse com saúde". A minha capacidade já estava muito diminuta, ainda assim respondi "se eu pudesse decidir vinha com saúde, mas seria uma menina. Não escondo a minha preferência. Seria demasiado cinismo da minha parte dar uma resposta pomposa que não corresponde à verdade". Esta conversa não ficou por aqui, mas sobre ela falo depois, noutro post...
Não me apetece falar mais sobre isto. Digamos que não fiquei muito animada. Acho que um simples parabéns (que nem isso tive direito) teria chegado...

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

1ª Semana do Semestre

Acabou! Ufa! A sensação que tenho é que passou um camião por mim.
Esta semana continuamos a dormir no chão, mas pelo menos já consegui criar uma pseudo organização que me permite saber onde estão os indispensáveis.
O meu centímetro e meio já anda a dar nas vistas. A minha barriga já não esconde segredos e esta semana houve bastantes pessoas a perguntar...
A C parece ser a mais reactiva no meio desta confusão que está a nossa vida, porque não lhe reconheço 30 minutos seguidos que não originem uma birra. É duro!!
Bem, mas sinto-me tão cansada que até me custa focar numa actividade mais do que 2 minutos. Pode ser que o fim de semana seja descansadinho...

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Surpresas Anónimas

Olá, não tenho nome nem sexo conhecido. Tenho pouco mais de 7 semanas e pouco menos de 1 centímetro. O meu coração bate.
Vim aqui parar sem a minha mãe saber como. Este vai ser o meu diário de bordo.

Em choque? Não mais do que eu... Agora vou ali vomitar outra vez e já venho.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Campanha de Marketing sobre Aleitamento Materno

É isso mesmo! Pela primeira vez vai ser feita em Portugal uma campanha de marketing de promoção ao aleitamento materno. A ideia é começar a enraizar mais os benefícios do aleitamento materno (para mãe e bebé) e a aumentar o número de bebés a mamar por mais tempo. Por outro lado pretende-se também que a amamentação, nomeadamente em público, passe a ser vista com a naturalidade devida (e merecida, de uma mãe a alimentar a sua cria!).
O lançamento da campanha vai ser já este Sábado (10-09) no Jardim da Estrela, às 11h. Vão estar presentes profissionais de saúde e representantes da Câmara de Lisboa, que apoia fortemente a campanha.
Assim, venho convidar-vos a juntarem-se à festa! Sejam amamentadeiras ou não, juntem-se a esta causa que é de todos nós!

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

"Mamã, isto é nosso?"

Mudámos de casa outra vez. Mais uma. É a 5a num mês e uma semana. A previsão são mais duas até ao final do mês...
Vamos ficando sem espaço, sem ideias, sem energia, sem roupa, sem norte. "Mamã, isto é nosso ou é dos senhores?", "Esse é nosso, querida. Trouxemos da outra casa". "E esta é a tama onde vou domir?", "Sim meu amor, hoje é aqui.". "Mamã, e a tasa nova? Eu quero ir pá tasa nova", "A casa nova está a arranjar para ficar muito bonita! Eu também quero ir para a casa nova, meu amor. Já falta pouco".
E vou tentando esconder a minha própria ansiedade, o meu sentimento de desorganização, de instabilidade, a minha falta de ninho... "Já vai passar mamã! Vai ficar tudo bem"

domingo, 4 de setembro de 2016

V de vir e voltar... Virose!

Quando se anda de mala às costas o que levamos trazemos. Lembram-se da dita virose do início das férias? Pois o fim das férias não foi livre de virose... Primeiro a M que se vomitou toda no início da semana. Foram 24h de agonia. Mal ela estava a se recompor, fiquei eu na 5a.

Já não me lembro da última vez que vomitei (acho que foi na gravidez da Clara...). Comecei a vomitar numa visita social a uma amiga com um recém nascido (que bonito, não é?), e já não parei pela noite fora. Como já nem me levantar conseguia e estava mesmo num estado muito pouco recomendado, acabamos por chamar o INEM e passei a noite a levar litradas de soro no hospital. Já estou melhor, ainda não totalmente recuperada...

E para finalizar a C ontem decidiu vomitar-se toda à noite... De todas parece ser a que se está a aguentar melhor. Felizmente!
Falta saber se é vírus homem, ou se o homem da casa não perde pela demora...

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

1º Dia de Escola. Yeeeaaaahhhh!!!

Chegou o 1º dia de escola! Estou tão mas tão feliz! Mas o melhor de tudo é que as meninas também iam mega felizes. "'Scola, 'Scola! Tenho xaudades da 'Scola"
Tão bom! Foi sem birras, acordaram num ápice e até se portaram razoavelmente nos 50 minutos de fila da Aroeira a Lisboa.
Mas hoje é pouco tempo, e amanhã há mais!

sábado, 27 de agosto de 2016

Ai Homens...!

Às vezes deparo-me com coisas, que nunca me lembraria, sobre as quais os homens não sabem absolutamente nada. E se há umas que me suscitam nervos miudinhos, porque me parecem bastante óbvias, há outras que só me dá vontade de rir. Então vejam esta:

Estávamos no meio da rua, sem estabelecimentos comerciais perto. A M de repente diz que está muito aflita para fazer xixi. Sem outra hipótese viável, sugiri ao sr meu marido que a pusesse a fazer ao pé de uma árvore (em versão cadeirinha). A M estava vestida com uma mini saia com roda por isso achei que a tarefa ia ser facilitada e própria para homens. Qual não é o meu espanto quando o vejo todo atrapalhado a tentar segurar uma saia esvoaçante nos pés da criança enquanto o xixi saía...

Oh senhores!!! Por amor da Santa! As saia levantam-se, não se puxam para baixo!!

Resposta que levei: "Mas como é que queres que saiba isso? Nunca usei saias"...

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

É bom ser pequenino

Com estas férias "forçadas" tenho tentado explorar actividades diferentes com as miúdas. Não que não se vá à praia (que é mesmo aqui ao lado), mas queria algo diferente. Foi então que iniciàmos as caminhadas! Levamos o saquinho e vamos apanhar pinhas e pauzinhos. Ontem foi mais de 1h de caminhada entre os pinheiros e campos verdejantes dos campos de golfe. Top top! A M aguentou-se como uma crescida, já a C... Está em processo...
Mas chegámos ao apartamento estafados e com calor. Felizmente que eu tinha tido uma ideia mega no dia anterior nas compras: comprei uma piscina insuflável. E pronto, fez-se a festa em grande! E depois disso demoraram uns 5 minutos a adormecer na sesta! Boa!! Pena eu não caber na piscina. É o mau de não ser pequenino.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ando com insónias...

São 4h da manhã e não durmo desde a 1h... Tudo culpa das crianças! Não, é mentira. Elas só têm metade da culpa!
Já estamos na 2a parte das férias. As chamadas férias forçadas. Nas minhas melhores estimativas a esta altura estaríamos já a viver na casa nova. Mas não... Muito longe disso. A casa nova ainda tem buracos. As estimativas deles dizem fim de Setembro. 1 mês de atraso. Rezo todos os dias para que seja menos... Por isso tivemos que arranjar este acrescento às férias. Algo que ainda tenha sabor a férias. Acho que acertámos!
Aroeira. Gosto! Não conhecia, mas gostei. Calmo, muito calmo. Ouvem-se os pássaros, os gritos das minhas filhas e os meus. Nada mais... Adoro acordar com o verde. O clima ameno. Muito relaxante. Ou não... Esta parte é que está difícil! É inevitável. Andamos todos um bocado em tensão. A M ainda ontem chorava porque queria ir para a casa nova. Eu também, meu amor! Mas temos que esperar... Ela sente que eu também gostava.
Preocupa-me também este inicio de ano tão pouco estável. Tinha tantos planos para este inicio. Tenho  tanto trabalho... E vou andar de mochila às costas, com as crianças e o gato, a saltar de casa em casa...
Tenho insônias. É à noite com todo o silêncio da casa que a minha cabeça activa num loop de preocupações e anseios que não me deixam dormir.
As noites delas também não estão fantásticas. Não sou só eu que ando com dificuldades em adormecer. Tem sido uma média de 1h/1h30 para as meninas caírem no sono, com ou sem sesta. Eu acabo por adormecer com elas e é no despertar que a insônia acontece...
Bem, vou ver se durmo. Depois conto mais novidades!

terça-feira, 16 de agosto de 2016

O que eu gostava de criar... Para um dia!

Aqui há dias falei com uma mãe de sete. Bem na vida, classe média alta, até que a desventura lhe bateu à porta, ficou com pouco, muito pouco, mas muitos, muitos filhos.
Ontem circulava pelo facebook e parei num artigo de uma artista conhecida. Um dia era dona da vida,  no outro viu a vida ameaçada sob a forma de um cancro.
O que me faz unir estes dois casos? São dois casos muito dramáticos, cada um à sua maneira, mas em ambos os casos houve uma coisa que me chamou à atenção, que me aqueceu o coração: a solidariedade. Numa passagem do artigo dizia "familiares e amigos desdobraram-se em apoio. Fizeram escalas para me apoiarem ao máximo, dormiram comigo, nunca estive só, para que não me faltasse nada". Incrível! As pessoas são incríveis. Abdicar de si, do seu conforto, do seu mundo para deixar de agir e fazer apenas para si e por si, e olhar para os outros. É incrível a capacidade de dar!
No primeiro caso, uma familiar da mãe dizia, "estas coisas só são possíveis quando existe uma boa rede de apoio a todos os níveis. Podemos não ter nada, mas não nos faltam portas abertas!"
Ninguém pediu, não foi preciso! Ninguém precisou de pedir. A ajuda faz-se, oferece-se de alma e coração! Sem nada em troca ou comparações mesquinhas! Incrível!
No dia a dia vejo esta magia a acontecer: a mãe que foi e ajudou, a amiga que fez e aconteceu. Só tenho pena de uma coisa: que nem todos possam gozar desta vivência.
Por isso, e porque sinto que a vida é por vezes profundamente injusta, gostava de ter a grandeza de ser diferente! Gostava de ser rede, de fazer de rede e de conseguir o feito de educar para os outros, para a empatia e para a inter-ajuda. Deus me ajude! E que me ajude também a perdoar quem me tem ofendido...

domingo, 14 de agosto de 2016

Plano Z, de zoo

Não podemos ir à praia? Nem conseguimos estar em casa? Então vamos ao zoo!
E lá fomos nós. Krazyworld, mais precisamente. Tendo em conta que as gaiatas iam com sono e que nem sequer dormiram a sesta, eu acho que correu muito bem! Tiveram direito a um pouco de tudo, cabrinhas (às quais puderam dar de comer), pôneis, pic-nic, visita aos animais exóticos, espectáculos e piscina. No final ainda foram aos insufláveis mas não correu muito bem devido (mais uma vez) a uma descoordenação (inexplicável) minha e do meu marido. Mas pronto, ninguém precisou de hospital por isso podia ter sido pior.
E a cereja no topo é que como compramos as fotos com as cobras e os cães ainda nos ofereceram os bilhetes para o próximo ano! Lá estaremos!!!

Virose

Opá a sério! Não me lembro nada de ter posto isto na mala. Mas como é que ela veio??
Primeiro a M, mas nem deu muito forte. Agora a C, Oh não! E como a C tem as suas particulariedades lá tivemos que falar com o X e o Y e mais não sei quem, para sabermos que devemos estar vigilantes, para visitarmos o hospital caso não melhore, e para nos mantermos afastados da praia por uns dias! Oh Deus, ninguém merece!

Mas o problema é que também não podemos ficar em casa. Já vos falei da casa? O meu pequeno terror! Ando literalmente a passar as passinhas do Algarve naquela casa. Não tem ar condicionado e consegue atingir uns abafantes 50º lá dentro. E mesmo com ventania cá fora, lá não entra nem aragem. Por isso estar lá dentro só se for para morrer, e acreditem que já tive que sair de urgência algumas vezes para dentro do carro para não me estatelar no meio do chão inanimada...

Como resultado destas maravilhas andamos todos a dormir pessimamente. Seja calor, dor, pesadelo, o que for! Esta noite seguidinhas contei 3h. Oh yeah! E viva as ferias por que tanto esperei, e que me deixam com olheiras maiores do que as que trouxe! Não fosse o facto de não ter casa e já me tinha pirado!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Primeiro rescaldo das férias

O meu vestido, que tanto trabalho me deu a lavar e passar, está feito num oito... Esqueci-me dele no fundo da mala. Mas nem quero saber, estou de férias! E todos os olhares reprovadores que vá receber na praia, nem me vão afectar!
Já as birras das miúdas... Têm sido dias com desafio! Ontem foi talvez o primeiro dia em que o índice de birras se manteve no gerível. A greve às rotinas, as sestas (demasiado) curtas, a mudança de ambientes, enfim, tudo ajuda, ou desajuda... Mas estou confiante! A M quase que já não tem medo do mar e a C já come muito menos areia! Andam as duas um pouco exigentes em relação aos restaurantes (querem sempre ir), mas entre bolas de Berlim e gelados especiais a coisa vai-se fazendo!
Vamos ver como corre daqui para a frente. Boas férias pessoal!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Teoria de parir casas

Dizem que fazer mudanças é um dos males da vida. Piora quando se tem crianças. Horribiliza quando se faz obras. Na verdade já nem me lembrava...
Tenho uma teoria que estou a desenvolver sobre as semelhanças deste assunto a parir crianças. Note-se: toda a gente dramatiza, e morre de medo. Poucas pessoas não passam por isso. Quando termina toda a gente é unânime: não volto a fazer! Mas o tempo passa, as memórias esbatem-se e passado um tempo (variável de pessoa para pessoa) tudo não passa de uma recordação distante e pouco dolorosa que por vezes nos motiva a repetir com genuina inocência.

Por enquanto já completei metade do processo. Está tudo guardado e encaixotado. Confesso que me assusta o que aí vem, mas mais ainda o quando é que isso será possível. Tenho aquela sensação desconcertante de querer desesperadamente voltar a ter ninho, e tudo no lugar, num novo lugar. Ao todo foram mais de 70 caixas, entre cartão e plástico. A vida empacotada, a roupa embalada. O chato é que no meio de tanta caixa, não sei onde está aquela peça, nem aquele livro, nem nada! Só espero que seja breve, que o atraso da obra seja rápido a passar!

sábado, 6 de agosto de 2016

Sorte macaca em pré-férias

E mesmo mesmo antes de irmos de férias, ali mesmo à beirinha, a M fica com febre, diz que quer vomitar e queixa-se que lhe dói um dente... Sorte macaca! Vamos na mesma, claro...

Mas ainda fui presenteada com uma birra da C que corria no meio de nós porque também queria ir vomitar, seja lá isso o que for! Porque isto que ter tanta atenção da mãe só pode ser uma coisa boa...

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Mi casa

Adeus casa.
Foi bom viver aqui. Criámos um ninho à nossa imagem. És bonita! Adoro a vista desafogada, vejo o Tejo ao fundo, invejo os terraços dos vizinhos. Do outro lado tenho vista privilegiada, vejo as torres da igreja, e as torres das Amoreiras. Vejo o pôr do sol em Monsanto e conto os aviões a passar.
Foi bom viver aqui. Conheci pessoas boas. Fui mimada por todos. Vivi num ambiente bom! Hoje levo-as no coração, posso chamá-los de amigos.
Foi bom viver aqui. Para as meninas esta é a nossa casa. Sempre foi. É a estas paredes que chamam lar. Conhecem os cantos, os cheios, os caminhos. Foi aqui que foram geradas, nascidas, criadas.
Foi bom viver aqui. A dois passos de tudo! Amo a centralidade! Um bairro da moda, que inveja a muita gente. As pessoas chiques, as famílias compridas, a missa das crianças, as lojas de folhos. O andar a pé. Prometi que ia andar a pé, prometi que ia ao parque, aquele emblemático, fiz planos para as escolas, selecionei as melhores.
Mas vou embora. Não sei se vou voltar. Guardo tudo o que gostei no meu coração, na minha memória. Vou tentar esquecer o que não gostei, o que me enerva, o que me irrita, o que me leva embora. E vou tentar abrir o meu coração a uma nova realidade, bem diferente do que estou habituada. E vou tentar apaixonar-me.
A casa muda, a vida continua...

sábado, 23 de julho de 2016

Dias cheios de expectativa

Hoje fazemos 5 anos de casados! Yeahhh!
Pois, idealizámos um dia porreiro, manhã tranquila, almoçar fora, e ir passar o fim de semana a casa de uma amiga que vive longe (mas perto). Imaginamos estes cenários sempre acompanhados de crianças lindas e maravilhosas, bem comportadas e alegres.
Enfim, não sei se é só connosco, mas o plano nunca resulta, e começando do fim para o princípio, as crianças nunca estão lindas e maravilhosas, nem tão pouco alegres e bem comportadas. Só isto faz desmoronar todo o restante cenário e deixa no ar um sentimento de tristeza e fraude. Era para ser um dia tão bom... E nestas alturas imagino que temos os avós, tios ou outros que tais onde deixar as alminhas errantes e ir simplesmente descansar!
Feliz dia para nós

quarta-feira, 20 de julho de 2016

A mulher é um bicho estranho

Fui ao médico. Diagnosticaram-me uma coisa esquisita que pouca gente sabe o que é... Fiquei a pensar nisso e a meter macaquinhos na minha cabeça. Adiante, andei em experiências mas correu-me mal. Andei uma semana e meia em transe com medo de ter aumentado a família. Perdi o sono, a fome. Imaginei vezes sem conta todos os aspectos desta notícia. Como iria contar? Como iria conseguir? Como iria sobreviver? Como iria ser? Como iria pagar? Passei tantas e tantas horas dos últimos dias a ver e rever todos os aspectos que acho que acabei por lhe ganhar carinho. Até uma irreal convicção.
Hoje naturalmente a dúvida se desfez. Não sei como me sinto. Não me apetece falar muito. Estou aliviada... Mas com pena. Todos os castelinhos que andei a construir, desmoronaram.
E sem estar (ainda) muito convicta, digo para mim: "é melhor assim!"

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Princesas e fadas e tudo e tudo...!!!

O papá diz à filha durante o jantar:
"Filha, tens que sentar bem na cadeira, como as princesas!"
A filha responde ao papá durante o jantar:
"Papá, eu não sou uma princesa. Sou uma fada bailarina!" (Juntem a isto um ar de profunda indignação)...
👸💍👑💝💖 ADORO! 😂😂😂😂😂

terça-feira, 12 de julho de 2016

O homem e os suttiens

O sr meu marido deve ter um trauma qualquer de infância com suttiens. Algures no seu crescimento a minha sogra deve ter inscrito na sua moleirinha uma info qualquer sobre suttiens.
Numa época de igualdade e liberdade, de rejeição de preconceitos e respeito pela diferença, é para mim completamente irreal ouvir de um homem os comentários que o meu marido me dirigiu ontem em jeito de desabafo.
Então, suttiens na minha óptima são peças do vestiário completamente desprezíveis. Nunca gostei deles, nunca! Apenas os usei quando as minhas mamas precisavam de ser austentadas, ou simplesmente suportadas. E mesmo assim as férias sempre foram tempo de libertação desse incomodo aparelho. Na verdade não tenho, nesta fase da minha vida, razão para usar suttien. Infelizmente o pobre homem não entende isto... Para ele não ter suttien é tão mau como não ter camisola. Segundo ele é "altamente badalhoco" e eu devia "ser mais casta para ir para o trabalho". Quem ouve uma coisa destas ainda pode pensar que ando de mamas à mostra, mas não! Longe disso! O crime foi levar uma top escuro, largo, de decote subido, em que não se viam as alças e costuras do tal suttien... E fiquei a pensar nisto, nesta noção distorcida de castidade e decência (que em tudo me chateia!). Ainda há uns dias usei suttien, pura e simplesmente porque quis usar um top que por ter decote e ser largo me deixaria demasiado exposta e desconfortável... Usei e fiquei com as mamas no pescoço. Duas salientes mamas, bem puxadas, bem brilhantes e que não deixaram muitos homens com quem (tentei) falei, indiferentes. A isto não recebi qualquer comentário, aliás, fui bem recebida. Notava-se que tinha suttien, mesmo de mamas (quase) à mostra, a decência permanecia.
Que mentezinha distorcida... Que preconceito descabido! E acima de tudo, que falta de respeito tecer este tipo de comentários a mim, mulher! Como se precisasse de aprovação no meu roupeiro... A desculpa foi "te poupar às más línguas", mas as más línguas existem por se usar suttien, por não se usar, por se usar decote, por não se usar, por se usar calções, calças, saias, pijamas.... Enfim, as más línguas existem por tudo e por nada, principalmente se o alvo aparenta estar bem, feliz e segura de si! Pena é quando a má língua vem de dentro de casa! Por isso, em pleno século XXI ouso dizer que ainda está para nascer o homem que me diz o que vestir! Tenho dito!

sábado, 9 de julho de 2016

Não entendo isto!

Ainda são "só" 9h30 da manhã e já tenho a cabeça a latejar... Sinceramente não entendo porque é que durante 5 longos dias, compreendidos entre 2a e 6a feira temos que ir acordar as crianças, que guerreiam e resmungam para mais 5 minutos na cama e aos fins de semana elas acordam frescas e fofas muito antes da hora!!! Não entendo! Estou acordada desde as 7h, a um Sábado... Ninguém merece! Mas o pior é que às 8h30 os bocejos, lamentos e birras já iam na ordem do dia. Porquê crianças? Porquê??? Podíamos ser todos tão mais felizes se tivessem dormido só mais um bocadinho!
Bem, vamos a caminho da praia, ou quase isso porque estamos parados no trânsito. Deve haver mais crianças como estas... Pode ser que se cansem bem e façam uma sesta maravilhosa para compensar (e deixar recuperar). Deve ser por isso que está tanta gente a ir para a praia a esta hora...

quarta-feira, 6 de julho de 2016

A roupa de uma mãe

"Tirei a manhã para resolver assuntos vários (das obras) uma vez que tenho a pequena C de molho. Ela foi comigo (não se riam, não havia outra hipótese). Agora de tarde vou ter que ir trabalhar porque já tenho reuniões marcadas. Vou deixá-la com o pai e seguir.
Logo hoje decidi vestir umas calças justas brancas. Não sei de facto o que tinha na cabeça, mas as calças que vou levar para as reuniões já não são brancas... Tenho riscos de caneta porque o papel não chegou, tenho restos de bolacha porque as mãos não estavam limpas, tenho pegadas e outras manchas provocadas por sapatos sujos das obras porque o sono chegou e não há nada como o colo da mãe e, em modo de pérola, tenho cócó, porque a meio do almoço no restaurante lhe deu uma valente dor de barriga e no meio do aparato da casa de banho surgem uns dedinhos directamente nas calças... Não tendo tempo para mudar resta-me encher de orgulho e levar o meu melhor guarda-roupa de mãe! Quem não gostar, não sabe o que anda a perder...

A história do paracetamol

Conversa de ontem:
Marido: "Amor, vou à farmácia. Queres que traga paracetamol?"
Eu: "porque haverias de trazer paracetamol?"
Marido: "porque disseste que tinha acabado"
Eu: "eu não falei contigo sobre paracetamol..."

Pronto, e assim percebo que o Marido anda a ler certos e determinados blogs 😂😂😂 (post do paracetamol aqui)

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Tempos de praia escolar

Andamos a toque de caixa e rabugice! Estamos a acordar mais de uma hora mais cedo para nos atropelarmos até ao carro para não perdermos o autocarro que leva a M para a praia. Já andamos meio anestesiados, num enxota para o próximo e aguenta firme! Esgotei os comprimidos de paracetamol que tinha em casa na tentativa de aliviar as dores de cabeça. Não fui feita para acordar com as galinhas...
Pelos vistos as miúdas também não. A M hoje já dizia que não queria ir para a praia, e a C já nem refila por ter de ficar em terra. Já sabe que só para o ano, quando for crescida...
Por isso não tenho sido tão assídua. Quando passar o castigo venho pôr a conversa em dia!

Eu fui ao Panda e sobrevivi!!!

... Mas não repito!
Bem que já tinha ouvido uns sussurros... "Aquilo não é flor que se assista", mas eu tinha que ver por mim. Fomos no Sábado de manhã. A bem dizer, era quase Sábado à tarde porque as miúdas acordaram pouco depois das 7h... Às 10h, ainda aquilo não tinha começado já estávamos em versão mega birraaaaas!
Finalmente saímos de casa, já tarde e a más horas. Mas não fez diferença nenhuma. Felizmente a fila medonha da A5 esperou por nós. Ao fim de 20 minutos de fila no mesmo lugar sugeri a marginal. Foi o melhor que fizemos. Em 10 minutos estávamos estacionados no meio das moitas a uns glorioso 10 minutos a pé do estádio (note-se que sempre a subir e com duas gaiatas às costas, o que equivale a sensivelmente 1km é meio...).
Chegámos! O recinto já estava todo preenchido por um sol esgotante e inúmeras criancinhas e pais num raio de mais de 100m ao largo do palco. Ficámos atrás. Apareceu o Panda, mas as miúdas mal lhe deram atenção. A M pediu para dar uma festinha... "Não pode ser, minha querida. Isto aqui é só para ver o Panda (ao longe) e dançar." Por mais tentativas minhas para captar a atenção delas, nada feito... Birras, bolachas, birras, água, mais creme e mais creme solar! Ok, já chega de torturar crianças! Vamos às barraquinhas. Mas qual quê! As tais barraquinhas têm filas tão grandes que se confundem com o pessoal do recinto. Ainda aguentámos uma, recebemos um sumo, mas mais importante que tudo, conseguimos um momento à sombra... Salvou-nos a piscina de bolas, ou várias, que fomos conseguindo apanhar.
O espectáculo terminou quase ao meio dia e meio. Sinceramente senti-me aliviada, não fosse o tal km e meio que ainda teria que percorrer... A M continuou triste. Ela queria mesmo ter dado uma festinha no Panda. Para a próxima vamos antes esperar o Ronaldo, que é mais fácil de lhe tocar. E para ver o Panda o melhor é ligar a tv que sempre vê melhor... A C manteve-se no transe birra. O marido perdeu o chapéu (caro!).
Fomos almoçar ao Mc. Só mesmo o Mc para suportar duas crianças no estado em que estavam as minhas. Correu bem tendo em conta o contexto. E melhor ainda, quando regressámos ao carro, em menos de 1 segundo já estava tudo ferrado a dormir!
Por isso amig@s, Panda agora só indoor, depois dos 18 anos...

Nota: a C ficou com uma insolação. Devia contactar a produção do espectáculo e pedir as custas médicas!

sábado, 25 de junho de 2016

Eram 5! Não 6... É pá, já não sei!

Ontem fui a um centro comercial Lisboeta conhecido pela sua antiguidade, centralidade e nível social que o frequenta (tendencialmente alto). Quando vinha a sair deparei-me com uma cena d.e.l.i.c.i.o.s.a! À espera do elevador estava uma Mãe, note-se o M grande..., com a sua prole. Só assim não há nada de especial, mas o bom da cena é que só a sua prole enchia o elevador! Uma comédia! Era impossível não esboçar um sorriso com a cena. As suas cabecitas pouco diferiam entre si, dando um aspecto escadeado muito harmonioso. Não me lembrei de os contar, mas claramente que os dedos de uma mão não chegavam. E sim, eram todos filhos, pelas conversas que pude presenciar no elevador. A calma e simpatia daquela mãe eram características que sobressaíam, mas imagino as birras coletivas e acredito que só mesmo alguém muito zen. Ou então a partir de um certo número de filhos já não haja birras, não sei!
Só sei que me senti estupidamente ridícula por sentir que por vezes sair com as duas é uma loucura! Nem consigo parar de rir! Realmente é tudo muito relativo!

PS: Comentário do meu marido - olha, nós comprámos o carro à maluca, podíamos um dia começar a ter filhos à maluca! É tão giro!
E pronto, agora até me dói a barriga de tanto rir!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Empacotar a vida

Ando a pôr tudo em caixas. Noto um certo optimismo da minha parte, não só no número de caixas que preciso de comprar (já vou na 3a iteração de compra), mas também no tempo e quantidade de coisas que existem para empacotar. Não é possível ser assim tanta coisa!? Não é possível demorar assim tanto tempo?!! Vai ser fácil... Assim me encontro, assim quero permanecer!
Isto de empacotar a vida tem as suas peculiaridades: volto a encontrar coisas há muito perdidas. Revejo momentos. Ensino e mostro coisas giras às miúdas. "Olhem aqui o fato que o pai usou no hospital quando a mãe vos teve?". Estas mesmas coisas estavam guardadas para isto, para um dia eu dizer "Oh meninas, olhem isto...". Já serviu a sua missão! Mas pelo sim pelo não, vêm connosco para a casa nova!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

A M é condicional

A M nasceu em Outubro, logo é condicional, o que significa que faz parte daquelas crianças que em Setembro de cada ano lectivo nunca têm a idade de entrada na sala, por uma questão de meses. E depois duas coisas podem acontecer: ou se pede autorização para uma entrada precoce, ou se adia a entrada para quando a criança já tiver a idade "correcta". Mas neste post vou concentrar-me especificamente na entrada para o 1º ciclo.
Infelizmente, na minha opinião, o que tenho visto nos pais com crianças condicionais é muita pressa. Os pais são muito apressados. Querem que os filhos entrem mais cedo na escola, sejam os mais novos  (e precoces). Têm medo que eles fiquem um ano "atrasados", ou que percam alguma coisa...
Bem, tenho lido bastante sobre isto. Tenho falado com muitos profissionais de saúde e de educação, e observo bastante as crianças que me rodeiam (que são bastantes). O que concluo é que dificilmente alguma criança condicional beneficia realmente com a entrada antecipada na escola. Não há nada que justifique submeter uma criança de 5 anos às regras e exigências do 1º ciclo.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam (ou nem sequer pensam...) as crianças precisam de brincar. Muito! É através da brincadeira que elas vão desenvolver as melhores competências para o seu sucesso no futuro. A brincadeira permite ainda que elas ganhem maturidade emocional e social, que pode fazer (faz mesmo!) a diferença para a formação de um adulto equilibrado.
As crianças não atingem a maturidade nas várias vertentes ao mesmo tempo. Há aquelas que parecem muito "desenvolvidas" a nível cognitivo, mas que não sabem de todo lidar com a frustração, ou lidar com a pressão e o erro. Há também aquelas que têm uma enorme capacidade de lidar com as adversidades ao seu redor, que lidam bem com o erro, que têm uma excelente auto-estima, mas que ainda não conseguem permanecer concentradas e quietas por longos períodos de tempo. E ainda há aquelas que até parecem ter isto tudo (parecem!), mas que depois não conseguem atingir os objectivos pretendidos de forma eficiente, quando comparados com os outros alunos. Hiperactividade, défice de atenção, mau comportamento, mau desempenho, crianças inseguras e deprimidas, entre outros tantos diagnósticos podem pura e simplesmente ser fruto de uma tentativa de antecipar o que jamais deveria ter sido antecipado.
Agora, paremos por um bocadinho para pensar no que sentem estas crianças. O que sentirá uma criança que não consegue atingir os objectivos como os outros? Uma criança que não se sente capaz de responder às solicitações e espectativas? Uma criança que não consegue lidar com toda a pressão e exigências que lhe colocam? Que efeitos terá tudo isto na sua auto-estima, na construção da sua pessoa, no seu percurso académico?
Claro que não é garantido que esperar um ano resolva todas estas questões. Mas seguramente poderá ajudar bastantes! E mais, já há estudos que defendem que a generalidade dos rapazes só atinge a maturidade necessária para o 1º ciclo aos 7 anos. Sim, aos 7 anos!!! Então para quê? Para quê antecipar? Qual a vantagem que têm com isso? Será tudo uma questão de ego?
Isto é como tudo na maternidade... Tentar forçar uma competência que o bebé ainda não consegue assimilar, não só não traz vantagens como pode trazer ainda maiores atrasos e problemas.
Mas porque é que os pais têm assim tanta pressa? Porquê? Sinceramente não entendo, porque depois só os ouço a queixar que passou tudo muito rápido e têm saudades das fases que já passaram... Não faz sentido nenhum! Deixem as crianças ser crianças. Elas vão ter todo o tempo de mundo para mostrarem que são competentes, cada uma à sua maneira, cada uma no seu tempo. Então porque antecipar? Do que é que os pais têm medo afinal?
Posto tudo isto, hoje tive uma reunião com a educadora da M. A M vai passar este ano para os 4 anos. Mas ela tem 3... Para mim nunca é demasiado cedo para falar do futuro das minhas filhas, por isso hoje disse à educadora que não quero que a M entre no 1º ciclo com 5 anos. Mas pelas mesmas razões também não quero que a M entre na preparação do 1º ciclo (conhecida por pré, ou 5 anos) com 4 anos. Na sala dos 5 as crianças são preparadas para o que aí vem: "aprendem" as letras, a estar sentadas, ensaiam trabalhos, leitura e escrita. Eu não quero! Eu quero que a M brinque. Todas as crianças com 4 e 5 anos deviam ser obrigadas a brincar. E também não quero que ela sinta que ficou para trás, que ao contrário das outras crianças, ela não é finalista. Por isso, hoje disse à educadora que quero que a M fique dois anos nos 4 anos. Estou em paz com a minha decisão. Acho que tomei uma decisão que vai seguramente fazer a diferença na vida da M, que lhe vai dar tempo para crescer, feliz! Porque no fundo, o que todos os pais deveriam querer para os seus filhos, é isso, que sejam "apenas" muito felizes!

O Pastor é um génio!

Depois do post que vos deixei com as palavras do pastor, posso dizer-vos que aqui em casa a nossa conversação mudou: "Cabelo sedoso", "caixa do nada" e "quê qui você quê, menino?" São agora frases recorrentes e cheias de boa disposição. Isto faz daquele senhor alguém muito genial!
Mas agora pasmem-se! O senhor meu marido, que faz sempre os lanches para a família toda, surpreendeu-me ontem com um miminho! Quando fui buscar o meu lanche no trabalho encontrei um embrulhinho de papel de prata. Abri curiosa e de sorriso nos lábios. Era um queque de laranja com pepitas de chocolate que fiz para os anos da C e que estava congelado desde aí. Soube-me pela vida! E o maridão marcou pontinhos!!!

terça-feira, 21 de junho de 2016

All aboard...!

Hoje foi assim na minha cama. Começou por mim, lá para a 1h30. Depois mais um, deviam ser umas 2h. Às 3h houve um "quero fazer xixi" seguido de "querir pá tama da mamã". E por último, às 5h aparece pelos seus próprios pés, a pigmeu lá de casa. 4! Ou melhor, 5 com o Quico, a morrer de calor e a lutar por um espaço que doa menos o corpo. E agora só tenho que fingir que estou em condições para trabalhar em coisas sérias sem cair redonda a dormir em cima da secretária! 😂😂😂

domingo, 19 de junho de 2016

Dicas para o casamento

Malta, isto de estar casado tem muito que se lhe diga... E hoje percebo que a coisa começa a piar fininho quando se tem filhos, principalmente mais do que um. O que "safa" é que parece que o "mal" é geral, e olhando à volta tudo se queixa do mesmo embora possam mudar os pormenores.
Em jeito de conversa sobre este assunto com amigas, alguém falou do profeta, aquele que proclama a palavra do senhor, aquele que quer ensinar as famílias do senhor, mas de uma forma única, basicamente de morrer a rir! Deixo-vos o link que me foi passado, mas confesso que depois disso já passámos um bom bocado a ver outros tantos e a rir até doer a barriga! Qualquer semelhança com a realidade que têm em casa, é pura coincidência! 😂😂😜

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Eles vão de férias? Sozinhos???

Realmente a maternidade relativiza muita coisa... Hoje fui levar as meninas ao colégio e reparo num casal que foi levar o seu toddler à creche. A particularidade do casal é que iam todos equipados para ir para a praia: fato de banho, havaianas... Rapidamente comecei a especular e a ligar o botão da censura: "estes" estão de férias e deixam o miúdo na escola para irem para a praia descansar? Bem, mas também pode ser um dia especial para os dois que desejam celebrar sozinhos e de forma especial...
De repente percebi que afinal nenhuma das duas hipóteses me choca assim tanto. Já chocou, confesso! Mas agora parece que não tem o mesmo impacto. Aliás, dei por mim a pensar como seria bom ter uns dias para recuperar baterias, para cuidar de mim, para namorar... Hoje dou muito mais valor a pais saudáveis e felizes. Pais presentes sempre deixou para mim de ser tudo o que é preciso! Até porque se há dias que preferíamos passar umas boas horas sem eles, estou cá a achar que eles também não se importavam de tirar umas férias de nós... No fundo hoje acredito mais em pais felizes, crianças felizes!

terça-feira, 14 de junho de 2016

O lado oculto de mudar de casa

Alguém vos contou o que têm de fazer para mudar de casa? Alguém vos disse a quantidade de taxas e impostos que têm de pagar? E quando perguntas para o que é vociferam um conjunto imperceptível de palavras esquisitas com as quais não te identificas minimamente...
Mas pior! Mal acabas de assinar (e pagar) aquilo que te parece uma nova versão da lista telefônica, dizem de sorriso rasgado: tem 15 dias corridos para mudar a morada de todos os seus documentos, tem 1 mês para pedir isenção não sei de quê (pedir! Nada garantido!) e tem cerca de 24h para fazer novos contratos de tudo e mais alguma coisa...
Pronto, é isto! Já totalizei 4h de loja de cidadão e já percebi que é só o começo... As contas, ainda não fiz. Até tenho medo!

Às cavalitas

Fim de semana grande, fim de semana dos Santos! Era para ter sido muita coisa, não foi! Mas no final acho que foi bom. Houve tempo para brincar, parquear, ir à praia, comer petiscos, fazer birra... Enfim, muita coisa!
No domingo, como manda a tradição, lá fomos ao arraial, o do costume em Campolide. Com os anos vamos aprimorando as estratégias para lidar com a confusão e apesar da "carta do restaurante" ter ficando um pouco àquem dos outros anos, acho que foi melhor aproveitado que nunca.
E depois de um pouco de bailarico, rumámos à avenida. Estacionámos bem (como sempre) e ficámos mesmo perto para ver as marchas.
Lembro-me de ser pequena e fazer este ritual: ir ver as marchas à avenida. Andar às cavalitas para ver entre cabeças o desfile de música e cor. Este ano quis recriar estes momentos que tanto carinho me trazem. Decidi bancar a C (que sempre pesa menos 3kg...) nas minhas cavalitas. Beeeemmm!! Se eu soubesse o quanto custa jamais teria pedido em criança (ou não)... Ao final de marcha e meia já tinha tantas dores nas costas e trapézios que até a cabeça latejava... A parte boa é que a C adorou. Batia palmas, dançava e saltava (tudo em cima dos ombrinhos da mamã) e nem me deixava virar para o lado! No final da 2a marcha mudei de estratégia e fui procurar lugar nas cadeiras. Tenho a sorte de ter uma filha sedutora e em pouco tempo estávamos sentadas. A M ainda teve direito a ficar ao colo de uma velhotinha que não fazemos ideia de quem seja.
Bem-haja ao espírito alfacinha!

segunda-feira, 6 de junho de 2016

É hoje!

Depois de um fim de semana genial, cansativo mas bom, segue uma manhã cheia de emoção! Vou ali comprar uma casa e já venho...

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Homeless

Vendi a minha casa. Foi hoje.
O que pode passar pela cabeça de alguém durante uma escritura?
"Isto é uma seca!", "tenho mesmo que estar aqui? Não me apetece nada!", "e se me der um ataque de riso agora?", "eu não quero saber estas coisas todas sobre o comprador...!", "e se agora me levantasse, como nos casamentos, e dissesse: desculpe mas esta cerimónia não pode acontecer!".
Enfim, foi estranho ver o ar feliz dos outros dois. Não que eu não estivesse feliz... Bem, na verdade não tenho a certeza do que estava. Acho que tinha apenas fome àquela hora. O marido perguntou assim que chegamos ao carro "o que é que estás a sentir?", respondi "nada de especial!", ele concordou "eu também não"...
Mas foi assim (já sem fome) que vim para casa, a tal onde vivo mas não é minha. Assim vou permanecer durante dois meses, numa morte e despedida lenta que desejo que coincida ardentemente com a nova paixão a crescer. No final dos dois meses vou ter que sair. Vai ser a loucura nesse mês de Agosto!
A parte positiva é que com a casa foi também a dívida, a dolorosa! Deixámos de dever a nossa vida, ainda que por poucos dias 😄

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Dia da Criança - ideia peregrina...

Que ideia fantástica tive eu para fazer com as meninas neste dia tão especial que é o dia da criança? Então? Não advinham?
Ir à feira do livro, num dia de imenso calor, a seguir à escola. Portanto, por outras palavras, peguei em duas crianças estoiradas e birrentas da escola e levei-as a subir (e descer) o parque eduardo VII a ver livros em bancas, que alguns nem sequer conseguem ver porque são altos!
Posso dizer-vos que foi do melhor. Ficámos todos muito mais "ricos" desta experiência. Estamos cansados e mal humorado... A Clara fez birra em todas as bancas e conseguiu rasgar uns quantos livros pelo caminho (lógico que os comprámos...). A Maria aguentou-se melhor, mas ainda assim vem queixosa e pediu 1300 vezes para ir à casa de banho.
Pronto, tinha ideia de fazer agora pizza para o jantar, mas esqueçam lá isso! Vai ser douradinhos que é só meter no forno!

sábado, 28 de maio de 2016

EU VOUUUU!!!!

Girls Night!!! Vamos ao Rock in Rio, ver não sei quem que está esgotado! Não interessa 😄
Deixei a casa limpa, uma máquina de roupa a lavar, outra a secar, sopa feita, jantar no frigorífico, mudei camas e tudo e tudo e tudo! Nada a apontar! É a minha vingancinha ao papá depois de 15 dias a saírem do pêlo!
Yeahhhh!!! Até logo!

quinta-feira, 26 de maio de 2016

30 minutos

15 dias sozinha. Duas crianças pequenas, um gato, uma casa, ou melhor, duas... Ou nenhuma, já nem sei! Estou estoirada! Simplesmente estoirada!
É incrível como consigo ter tudo pronto e feito na mesma, como até o faço mais rápido, como mantenho a rotina desta casa, como as deito a horas certas e as consigo adormecer, como faço compras, trabalho, danço e tento resolver todos os problemas que assolam a minha vida.
É terrível como me sinto! Como sinto o que estou a fazer. Ando mecanizada. Não tenho sossego no meu coração. Não tenho paciência nem doçura nas minhas palavras ou actos. Não me apetece brincar... Respiro fundo, uma e outra vez. Às vezes apetece-me chorar, outras desaparecer. E sinto um nó porque sei que agora não posso. Não posso passar a bola, não posso dividir, não posso ficar doente, nem sair um pouco para me relaxar. Agora não posso. Isto para mim funciona como bomba relógio. A cada passada posso descontrolar-me. O pior é que já nem tento ser diferente. Sinto-me apenas cansada e quando os meus pensamentos me censuram, tento apressadamente convencer-me que sou apenas humana. E sou, na verdade sou apenas humana, mas gostava de ser uma humana diferente. Não sou. Talvez um dia as meninas percebam porque fico assim. Talvez um dia elas percebam que também eu me desoriento e me desorganizo. E talvez elas até me consolem, um dia...
Hoje parei 30 minutos. Não sei o que é parar. Eu dei-me ao luxo de parar 30 minutos. Sentei-me no sofá. Tenho a roupa por dobrar, e a outra por apanhar, tenho artigos para ler e muita coisa para encaixotar, mas parei. Fiquei assim imóvel. Estive a ver coisas sem nexo, a ler o que os outros andam a fazer, a consultar os artigos de opinião que dizem vezes e vezes sem conta que mulheres descontroladas, cansadas e que gritam com os filhos não vão conseguir produzir adultos capazes. Tomara que estejam enganados! Mas para o caso de não estarem, então é melhor parar, nem que sejam só estes 30 minutos.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Mais um museu no itinerário

Mais um domingo passou, mais um programinha em família. Desta vez com a família desfalcada porque o papá se encontra longe. Fez a tia as vezes do pai e saiu-se muito bem!
Desta vez o destino escolhido foi o Museu Berardo, no CCB.
Bem, pontos fortes: tem imenso espaço para correr, as obras são muito versáteis, e a entrada é gratuita.
Pontos fracos (tendo em conta a faixa etária): não se pode correr, nem falar, nem mexer... O espaço é grande e cansativo, as obras são versáteis: tão depressa estamos a ver uma mulher nua como no momento seguinte estamos a ver risquinhos, bolinhas e luzinhas, com tudo de bom e de mau que isso tem.
Pontos a desfavor: duas crianças que acordaram demasiado cedo, logo estavam com demasiado sono. E fome...

De resto pareceu-me bem. Elas gostaram e aproveitaram algumas coisas, se bem que garantidamente este é daqueles que o melhor é voltar daqui a uns aninhos! Fica a dica na mesma.

Os chapéus das princesas

Será que passa pela cabeça de alguma mãe com crianças pequenas chegar à escolinha, tirar as crianças do carro, mais os casacos, as mochilas, os bonecos e afins, abrir os chapelinhos de chuva, uma para cada uma, e ainda se lembrar de (ou querer) um chapéu de chuva para si? Pois, na minha não passa, acho que seria mais fácil apanhar uma chuva torrencial em cima... Mas hoje percebi que não sou a única. Como? Simples! No regresso ao carro! Já sem as crianças, sem os casacos, sem as mochilas, e sem os bonecos, mas ainda assim a sobrar dois minúsculos chapéus de chuva. Ainda hesitei sobre qual usar: o do Frozen ou o dos corações. Optei pelo do Frozen mas confesso que fiquei com alguma inveja do chapéu das princesas Disney da mãe que saiu antes de mim e ainda deitei um olhinho ao chapéu do Cars do pai que ainda aí vinha...
Hilariante!!!

segunda-feira, 23 de maio de 2016

De volta ao Zero

Serve o presente post para comemorar convosco a concretização do meu contrato de trabalho! Yeiiiiihh!!!
É engraçado o que se está a passar comigo agora a nível profissional. Voltei à estaca Zero. Isto acontece várias vezes ao longo da nossa vida, sempre que somos "os maiores", o mais provável é dentro de algum tempo voltarmos a ser os mais pequenos com um longo percurso pela frente.
Vejamos exemplos, temos 5 anos e somos os maiores do jardim de infância! Que sensação boa! Somos os mais crescidos e o resto são quase bebés! Vamos ter a honra de passar à escola dos crescidos. Mas quando lá chegamos, afinal é uma treta! Somos os bebézinhos que acabaram de chegar, num mundo completamente novo cheio de novos desafios que nem sequer sabemos por onde começar.
A história vai avançando e volta a repetir-se uma e outra vez, no processo de aprendizagem. Quando finalmente acabamos o curso e vamos trabalhar, volta a acontecer tudo outra vez! E a cada novo emprego/posto, de novo o mesmo sentimento.
Eu estou assim! Acabar o doutoramento era assim qualquer coisa de extraordinário. E agora vejo-me tal e qual a menina que chega à primária. É das poucas que não sabe ler, não sabe as regras e condutas que se aplicam naquele contexto. Ainda não estabeleceu os seus laços sociais, sejam amizade, cooperação ou distância. Tem tudo para aprender e sente-se meio perdida por não saber por onde começar!
Nada como um belo desafio! Ou dois, ou três...

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Assim vai a vida

Após uma semana em casa como falei neste post seguem-se uma sucessão de eventos difíceis de explicar e que me têm dado cabo da cabeça.
Contextualizando parte do problema, tínhamos combinado com o novo proprietário da minha casa que após a escritura ficaríamos a morar na casa por mais cerca de 3 meses, pagando uma renda mensal. Tinha ficado tudo combinado. Esta semana, a 3 semanas da data da escritura, eis que o tal senhor me envia um e-mail com "condições de arrendamento" em que passa a descrever um conjunto de itens indentados simplesmente ridículos. Um valor de renda elevado que quase duplica a cada mês de permanência. Enfim, parece-me que há pessoas sem moral e ética, mas também sem "tomates" porque para mandar aquilo mais valia dizer que tinha mudado de ideias...
Mas posto isto, a minha vida virou um pequeno caos a tentar desesperadamente encontrar uma casa com disponibilidade urgente para permanecia de 3/4 meses. Toda a gente me fecha a porta "ah minha senhora, não estou interessado em alugar tão pouco tempo. Peço desculpa e boa sorte" ou então "sabe, não vale a pena tentar por agências porque só o valor de comissão é quase o que a senhora vai pagar e os senhorios não estão interessados nesse negócio". No meio disto tudo, o que me aquece o coração é a disponibilidade de algumas pessoas amigas (e outras nem tanto) para tentarem procurar e tentar saber, para ajudar! Não ganham nada com isso! Mas ajudam, e disponibilizam a casa delas sem qualquer pudor! Houvesse mais gente assim e de certeza que o mundo seria melhor! De qualquer forma ainda não tenho solução. E quando a tiver, espera-me duas semanas de loucura a fazer mudanças sozinha com duas crianças pequenas... Ainda bem que já inventaram aquela bebida, aquela que é qualquer coisa que dá asas!

Homens vs Mulheres

O termoacumulador cá de casa avariou hoje de manhã.
Resolução do homem:
- vai acordar a marida todo nú
- enche-se de coragem e toma banho de água fria. No final exclama "é à homem!"
Resolução de gaja:
- acorda estremunhada
- agarra no telefone e faz uma busca na net por assistência técnica 24h
- liga para lá
- aquece uma panela de água na placa
- toma banho com água tépida usando uma caneca

Agora estou à espera do tal técnico que não chega...

terça-feira, 10 de maio de 2016

El Coche!

Falando dos pauzinhos ao sol do post anterior, no Domingo de manhã decidi que para bem da saúde mental de toda a família tínhamos que sair. Dando continuidade ao comentário feito pelo pediatra da C em que boa parte da capacidade cognitiva e emocional das crianças se desenvolve até sensivelmente aos 4 anos pensei que há bastante tempo que não levava as meninas a programas culturais. Então lembrei-me do Museu dos Coches (aquele edifício novo enorme ao pé do palácio de Belém com design duvidoso).
Fizemos uma visita adaptada, como sempre, o que implica não ler as placas, parar a ver pormenores que se calhar não interessam a mais ninguém, inventar histórias e macacadas que possam explicar e aumentar a motivação para a visita. Correu bem! As palavras chave foram claramente "coche", "princesas" e "cavalos". No final a M dizia "Mamã, o cothe e o tavalo vai à minha festa" (só para situar, ela refere-se à festa de anos dela que deverá ocorrer mais ou menos daqui a 6 meses...)
E juntando o útil ao muito agradável, não pagámos nada. Dizia lá nas bilheteiras que o primeiro Domingo de cada mês a entrada é gratuita. Apesar de ter sido o 2º Domingo do mês, tivemos essa benesse.
Aconselho para programinha de 1º Domingo de um mês qualquer!

Uma semana de clausura

Estivemos uma semana de molho! Que depressão! Ainda estou a tentar compensar-me. Detesto ficar em casa fechada, mas pior ainda quando o motivo é uma cria doente. A C esteve doente, esteve hospitalizada, e quando pensávamos que já estava a melhorar, volta a febre e o choro constante, e voltámos ao médico.
Mas no Domingo já não teve febre e fomos por os pauzinhos ao sol (fica noutro post). E ontem tentámos o infectário de novo.
É incrível como me sinto desorganizada com tudo isto. Conto com uma semana sem dormir, hoje inclusivé, uma semana de uma preocupação considerável, uma semana em que não consegui trabalhar mais do que o mínimo do indispensável, uma semana em que todos os assuntos da casa ficaram em águas de bacalhau, mas em que o tempo não pára, os prazos continuam e as ansiedades aumentam.
O voltar ao trabalho é esquisito porque me sinto meio perdida no meio de tantas tarefas por "checkar". Mas o melhor de tudo é ver o ar da C de boca aberta a olhar pelo vidro do carro, como se tudo o que vê fosse novo e espetacular!
Bem, agora tenho que ir arregaçar as mangas e organizar a minha vida, fazendo votos para que o S. Pedro tome os anti-depressivos de uma vez, antes que esgotem nas farmácias portuguesas.

domingo, 8 de maio de 2016

Festas de aniversário - espaços

Actualizei os locais de festa em Lisboa (Aqui). Este post não é estático, vão dizendo os espaços que conhecem para a lista ficar mais completa!!

terça-feira, 3 de maio de 2016

A tia a voar

Ontem festejámos a promoção do marido (só de categoria porque os salários estão congelados...). Estiveram cá as mais altas patentes (lol) mas resumidamente tivemos a casa mais do que cheia.
A C continua doente, mas isso é matéria para outro post. No final do jantar, já quase todos tinham saído, faltavam só os sogros e a tia, aquela tia que demoraaaa sempre imensooo tempo a sair porque tem sempre mais uma beijoca para dar às meninas. No meio das despedidas enquanto a tia decidia ir de escadas e os sogros de elevador, ouve-se um estrondo em casa. Como se eu tivesse sido picada por um raio eléctrico, oiço o chorar inconfundível de um bebé com dor, e voo para apanhar a minha bebé que tinha acabado de tropeçar e aterrar com a cabeça na esquina da parede. Um lanho! Bebé aos gritos! Os sogros continuaram-se a despedir (mas só do marido que era o único que se mantinha intacto à porta em cordialidade), e puseram-se dentro do elevador e partiram... Mas a tia? A TIA saltou os degraus de volta a casa, ou melhor, ela voou os degraus e ainda entrou para nos socorrer mais rápido do que o marido largou a cordialidade. Em modo histérico/desesperado só gritei "GELOOOOO" (sim, eu sei. Tenho que melhorar estas reacções em caso de acidentes). Seguiu-se um momento de confusão, que infelizmente me irrita solenemente (também tenho que ver se trabalho este estado zen), à procura do gelo que me fez voltar a gritar em plenos pulmões "ERVILHAS!!! Estão no outro congelador". Enfim, lá chegou o gelo, as ervilhas, o arnidol... Não foi preciso ir ao hospital, mas aquilo ficou mesmo feio. Os sogros? Querem saber deles? Não sei! Ligaram uns 5 minutos a seguir a pedir para alguém descer porque não encontravam o botão para abrir o portão da garagem. Ninguém lá foi. E pela primeira vez ouvi o marido a gritar com eles ao telefone. Terá percebido o que se passou e descarregou assim? Não sei.
Uma parte mesmo fofinha desta história foi a reacção da M. Ao ver a irmã em pranto veio socorre-la. Teve a preocupação de dizer "Oh mãe, não fui eu pois não? Eu tava ali, não fui eu". E depois, enquanto eu me debatia com os braços da C para lhe conseguir meter o gelo, a M foi buscar uma cadeirinha e sentou-se em frente da irmã a contar-lhe uma história! Que amorrrr!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Dia da Mãe

Planeei um dia fantástico! Fazer um piquenique, brincar muito com as princesas, por um dia não ter mais nada que fazer. No Sábado fiz uma maratona a despachar tudo em casa: comida, roupa, limpezas, compras, tudo! Para ficar só para as meninas. Deitei-me tarde, bastante tarde, mas estava satisfeita no cumprimento do meu objectivo.
Entretanto recebi um filha para dormir. Entre sono agitado, tosse e pontapés, acordei cedo, muito cedo, porque a outra filha tossia, e o sono já se tinha ido. Juntei todas na minha cama. Que momento bom! É que a minha cama é mágica, consegue sempre ter espaço para mais uma filha. Infelizmente a C pouco depois já estava com mais de 39º de febre. Lá se foi o piquenique... Ou não! Telefonei aos tios e eles vieram. Fizemos um piquenique indoor que todos adoraram. Durante as sestas ainda houve tempo para pôr a conversa em dia e matar saudades para uma jogatana de um jogo de tabuleiro.
Mas a C não melhorou... A febre não baixou. Liguei ao pediatra. Não respondeu! Liguei à outra pediatra e ela achou que o melhor era ir as urgências. E assim, o meu dia ganhou mais horas e tornou-se mais longo. Dei banho às meninas, comemos qualquer coisa, conversei e expliquei o que se ia passar. Prometi dar um beijinho assim que regressasse.
No hospital novos desafios. Estivemos 3 horas à espera que a febre baixasse. Os 40º teimavam em não descer, o que impedia a realização de alguns dos exames. Fomos tirar uma fotografia às maminhas e até fizemos xixi num saquinho. Por mim a febre lá deu tréguas e fomos tirar sangue.
Eu era a única pessoa sozinha com uma criança naquela sala. Senti-me só, e cansada. Mas olhei para a C e pensei como é incrível o nosso papel de mãe, como pode fazer a diferença para uma criança. A C estava bem disposta. Apesar do sono, não queria dormir. Ela foi uma valente e muito corajosa! Fez todos os exames e observações de forma exemplar. Orgulhou-se do penso no braço, do autocolante dos corajosos, e das bolachas Maria que lhe deram. Ela estava feliz. E porquê? Bem, achei que no meu papel de mãe devia levar a situação para algo que ela compreendesse. A ida ao hospital foi passada em jeito de aventura. A cada nova situação expliquei-lhes sempre o que iria acontecer e o que iríamos fazer a seguir. Nos momentos menos bons ela olhava para os meus olhos, e eu mostrava-lhe amor, calma e segurança. "Já vai passar, meu amor! Estás a ser mesmo corajosa!". E ela, mais confiante, respondia aos enfermeiros que lhe tiraram sangue, "obigada!" (Foi a risada como é lógico)
Ao fim de muitas horas voltámos para casa, para mais uma noite pouco dormida. Sem grandes respostas e promessa de lá voltar.
Mas fiquei a pensar no meu dia. O dia da mãe, o dia do trabalhador! Acho que foi um dia muito preenchido, mas que para mim tocou nos vários significados do que é ser mãe!

sábado, 30 de abril de 2016

Acabar Abril como comecei!

Bolas! (Versão friendly do que me apetece dizer!) Este mês foi uma treta! (Outra versão friendly)
Comecei o mês sem saber nada da minha vida. Basicamente resume-se a 2 pontos: como vai ficar a minha situação profissional? Como vai ser com a casa nova? E acaba-se o mês com exactamente as mesmas questões. E engane-se quem pense que nada aconteceu! Aconteceu muita coisa, mas andámos, andámos e voltámos ao mesmo sítio.
Na primeira questão, já fiz tudo o que podia fazer. Resta-me esperar! Mas nestas coisas esperar parece uma eternidade e mói-me o juízo. Conhecendo-me bem, não vou tardar a ir de novo aos serviços saber como estão as coisas.
A segunda questão é mais desafiante, porque obriga a puxar o melhor de mim a vários aspectos! Comecei com a indecisão: o banco, o banco empresta? Agora já sei que sim. MAS depois de lamber orçamentos e mais orçamentos, regatear de um lado e do outro, chego ontem à conclusão que nos falta qualquer coisa como uns pozinhos para fazer o negócio. No entanto, apesar de serem pozinhos inviabilizam o negócio. Isto porque não posso deixar uma casa de banho ou quarto por arranjar, e mesmo que o pudesse fazer, tenho dúvidas que bastasse para baixar os tais pós.
Isto valeu-me uma tremenda insônia. E destas horas extra de raciocínio saíram as seguintes hipóteses:
1. Não compro a casa. Esta não é tão simples assim porque terei na mesma que arranjar qualquer sítio para morar uma vez que daqui a 1 mês sou posta na rua...
2. Tento negociar o valor da compra. Volta a não ser assim tão simples porque para além do proprietário poder sempre dizer que não (o que nos faz voltar ao ponto 1) isto obrigaria a todo um novo processo bancário...
3. Tento aumentar o valor do empréstimo. Nesta quem se lixa é mesmo o mexilhão! E não sei se não volta a mexer na história do processo do banco.
Estou numa encruzilhada! E numa grande ansiedade pouco diferente da que comecei o mês. A parte "boa" é que tenho sensivelmente 3 dias para decidir o que fazer, para o bem e para o mal!
Wish me wisdom!

terça-feira, 26 de abril de 2016

Comédia

Querem saber a comédia do fim de semana? Então, na nossa angústia de pedir, esperar e avaliar orçamentos de obras, que me provocam insólitas e arrepios na espinha, decidimos marcar uma reunião na Mantovani no Sábado ao final do dia. Não sei onde estávamos com a cabeça, porque obviamente que as nossas mini consultoras também tiveram que ir. Resultado: não sei absolutamente nada de materiais de construção, mas fartei-me de correr e brincar com fitas métricas em todo o lado...

São 8h30 da manhã...

... E oiço vindo do banco de trás: "Mana, vamos fasser deparate"!
Isto hoje promete :)

domingo, 24 de abril de 2016

Despachar as festas e... Já está!

Tema: festas de anos!
A festa da C foi no fim de semana passado. Correu bem. O São Pedro esteve de bem connosco e as miúdas divertiram-se imenso. Tanto que já para o fim a M pulava no trampolim e pedia o óó ao mesmo tempo... A comida estava boa (pelos feedbacks) e sinto que foi um bocado bem passado.
O que correu menos bem? As Sras prioridades do sr meu marido que me valeram uma bela carga de nervos... Adiante! Volto a recomendar o Akiàfesta!!
Mas porque não há uma sem duas (adaptação livre) saídos da festa da C só tivemos tempo de dar uma voltinha de carro para que as meninas descansassem o mínimo (e mesmo assim o mínimo revelou-se insuficiente) e já estávamos de novo em festa. Desta vez de uns coleguinhas gémeos da sala da M. Foi o primeiro convite que ela recebeu e esteve histeria a semana toda. Ficámos todos na festa e aproveitei para conhecer outro espaço possível para festas (tenho que atualizar o post dos locais para festas de anos). Agora isto não pára! Esta semana já houve mais... (Isto vai ser sempre assim?)
A parte interessante das festas é que são de manhã. Não tivéssemos nós concentrado as actividades extra ao Sábado de manhã e este modelo de festas era fantástico! (E mesmo assim ainda o é) As crianças vão lá um bocadinho e tal, à hora do almoço já estão despachadas e o resto do fim‑de‑semana fica livre! No nosso caso a esta razão ainda se junta o facto de não perturbar as sestas, o que acreditem, é mesmo muito importante! Por isso classifico como "Muito boa escolha!".

segunda-feira, 11 de abril de 2016

A C faz 2 anos

Até parece mentira! Ainda só passaram dois anos? Na verdade é um misto de sentimentos. Já passaram dois anos? Por uma lado tenho a sensação que a C sempre existiu, que mal me lembro da vida antes dela, mas por outro olho para ela e vejo: como está crescida! Onde anda o meu bebé? O meu marido este fim de semana disse-me do nada "amor, agora deixámos de ter bebés! Já não temos mais bebés". O estranho é que me parecia muito mais nostalgia do que alivio... Embora no fundo acho que a C vai ser sempre a nossa bebé!
Mas ainda assim hoje celebro muita coisa. Celebro uma filha maravilhosa! Uma criança que me reinventa desde o dia em que nasceu, desde aquele momento em que pousou quente em mim, desde o momento em que a abracei e lhe dei o meu peito pela primeira vez. Que criança feliz! Que faz de mim uma mãe tão feliz e realizada. Uma filha que enche uma sala com o seu sorriso e boa disposição. Uma filha Guerreira! Que avança sem medo, que se supera e nos desafia a superar-nos a nós próprios, dia após dia.  Uma filha que nos mostra outra forma de maternidade, e até de amor (diferente, não maior). Que torna o nosso dia a dia num sobressalto, num misto de preocupação, orgulho e paixão. Uma filha que tem uma palavra a dizer, uma posição a defender e que luta pelo que deseja. Uma criança que procura o seu lugar onde quer que esteja, e luta para o conseguir. Foi assim que ela entrou nas nossas vidas, de rompante, mas assim permanece de forma inigualável.
Destes 2 anos quero recordar muitas coisas. Quero recordar os nossos momentos, as nossas caminhadas e sessões de ginástica. As vezes sem conta que (ainda) me perguntas "qué ito?", que me proteges do frio com o cachecol e te abraças a mim, numa entrega e união que jamais sentirei. Quero recordar a forma doce com que repetes tudo o que ouves, mesmo sem sentido. A forma como entoas algumas palavras com um surpreende sotaque brasileiro: "papaí, mamãei". Quero recordar as mãozinhas quentes que exigem segurar as minhas na hora de adormecer. Dos beijinhos deliciosos que me dás quando menos espero, mesmo os que dás agarrada às minhas pernas. Quero recordar o som das tuas gargalhadas, que contagiam, e mostram como és feliz. Mas também a tua perseverança, em criares a tua autonomia, todos os "é eu mamãei". Quero recordar a tua força e energia, que te permitem agora trepar tudo o que encontras, mas também desempenhar funções com extrema destreza. Quero recordar todos os momentos em que te encontro a fazer tonterias e te pergunto "o que é que estás a fazer?", numa tentativa quase sobre-humana de tentar manter uma cara séria quando toda eu riu por dentro, e me olhas com o teu olhar matreiro e extremamente sedutor na tentativa de amenizar a minha reação. Quero recordar todos os momentos em que fico apenas a observar-te, a ver-te brincar com as bonecas e fraldas e tachinhos, puzzles e livros, a forma como comes todos os batons que te dou. Como estás crescida princesa! Como me orgulho da minha bebé!
Como mãe apenas posso desejar que o meu colo permaneça o teu preferido por muitos anos, que a minha mão continue a agarrar a tua pela vida fora, e que os meus olhos se orgulhem sempre do que conquistas e de quem te tornas!