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terça-feira, 3 de maio de 2016

A tia a voar

Ontem festejámos a promoção do marido (só de categoria porque os salários estão congelados...). Estiveram cá as mais altas patentes (lol) mas resumidamente tivemos a casa mais do que cheia.
A C continua doente, mas isso é matéria para outro post. No final do jantar, já quase todos tinham saído, faltavam só os sogros e a tia, aquela tia que demoraaaa sempre imensooo tempo a sair porque tem sempre mais uma beijoca para dar às meninas. No meio das despedidas enquanto a tia decidia ir de escadas e os sogros de elevador, ouve-se um estrondo em casa. Como se eu tivesse sido picada por um raio eléctrico, oiço o chorar inconfundível de um bebé com dor, e voo para apanhar a minha bebé que tinha acabado de tropeçar e aterrar com a cabeça na esquina da parede. Um lanho! Bebé aos gritos! Os sogros continuaram-se a despedir (mas só do marido que era o único que se mantinha intacto à porta em cordialidade), e puseram-se dentro do elevador e partiram... Mas a tia? A TIA saltou os degraus de volta a casa, ou melhor, ela voou os degraus e ainda entrou para nos socorrer mais rápido do que o marido largou a cordialidade. Em modo histérico/desesperado só gritei "GELOOOOO" (sim, eu sei. Tenho que melhorar estas reacções em caso de acidentes). Seguiu-se um momento de confusão, que infelizmente me irrita solenemente (também tenho que ver se trabalho este estado zen), à procura do gelo que me fez voltar a gritar em plenos pulmões "ERVILHAS!!! Estão no outro congelador". Enfim, lá chegou o gelo, as ervilhas, o arnidol... Não foi preciso ir ao hospital, mas aquilo ficou mesmo feio. Os sogros? Querem saber deles? Não sei! Ligaram uns 5 minutos a seguir a pedir para alguém descer porque não encontravam o botão para abrir o portão da garagem. Ninguém lá foi. E pela primeira vez ouvi o marido a gritar com eles ao telefone. Terá percebido o que se passou e descarregou assim? Não sei.
Uma parte mesmo fofinha desta história foi a reacção da M. Ao ver a irmã em pranto veio socorre-la. Teve a preocupação de dizer "Oh mãe, não fui eu pois não? Eu tava ali, não fui eu". E depois, enquanto eu me debatia com os braços da C para lhe conseguir meter o gelo, a M foi buscar uma cadeirinha e sentou-se em frente da irmã a contar-lhe uma história! Que amorrrr!

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