Páginas

sábado, 25 de junho de 2016

Eram 5! Não 6... É pá, já não sei!

Ontem fui a um centro comercial Lisboeta conhecido pela sua antiguidade, centralidade e nível social que o frequenta (tendencialmente alto). Quando vinha a sair deparei-me com uma cena d.e.l.i.c.i.o.s.a! À espera do elevador estava uma Mãe, note-se o M grande..., com a sua prole. Só assim não há nada de especial, mas o bom da cena é que só a sua prole enchia o elevador! Uma comédia! Era impossível não esboçar um sorriso com a cena. As suas cabecitas pouco diferiam entre si, dando um aspecto escadeado muito harmonioso. Não me lembrei de os contar, mas claramente que os dedos de uma mão não chegavam. E sim, eram todos filhos, pelas conversas que pude presenciar no elevador. A calma e simpatia daquela mãe eram características que sobressaíam, mas imagino as birras coletivas e acredito que só mesmo alguém muito zen. Ou então a partir de um certo número de filhos já não haja birras, não sei!
Só sei que me senti estupidamente ridícula por sentir que por vezes sair com as duas é uma loucura! Nem consigo parar de rir! Realmente é tudo muito relativo!

PS: Comentário do meu marido - olha, nós comprámos o carro à maluca, podíamos um dia começar a ter filhos à maluca! É tão giro!
E pronto, agora até me dói a barriga de tanto rir!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Empacotar a vida

Ando a pôr tudo em caixas. Noto um certo optimismo da minha parte, não só no número de caixas que preciso de comprar (já vou na 3a iteração de compra), mas também no tempo e quantidade de coisas que existem para empacotar. Não é possível ser assim tanta coisa!? Não é possível demorar assim tanto tempo?!! Vai ser fácil... Assim me encontro, assim quero permanecer!
Isto de empacotar a vida tem as suas peculiaridades: volto a encontrar coisas há muito perdidas. Revejo momentos. Ensino e mostro coisas giras às miúdas. "Olhem aqui o fato que o pai usou no hospital quando a mãe vos teve?". Estas mesmas coisas estavam guardadas para isto, para um dia eu dizer "Oh meninas, olhem isto...". Já serviu a sua missão! Mas pelo sim pelo não, vêm connosco para a casa nova!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

A M é condicional

A M nasceu em Outubro, logo é condicional, o que significa que faz parte daquelas crianças que em Setembro de cada ano lectivo nunca têm a idade de entrada na sala, por uma questão de meses. E depois duas coisas podem acontecer: ou se pede autorização para uma entrada precoce, ou se adia a entrada para quando a criança já tiver a idade "correcta". Mas neste post vou concentrar-me especificamente na entrada para o 1º ciclo.
Infelizmente, na minha opinião, o que tenho visto nos pais com crianças condicionais é muita pressa. Os pais são muito apressados. Querem que os filhos entrem mais cedo na escola, sejam os mais novos  (e precoces). Têm medo que eles fiquem um ano "atrasados", ou que percam alguma coisa...
Bem, tenho lido bastante sobre isto. Tenho falado com muitos profissionais de saúde e de educação, e observo bastante as crianças que me rodeiam (que são bastantes). O que concluo é que dificilmente alguma criança condicional beneficia realmente com a entrada antecipada na escola. Não há nada que justifique submeter uma criança de 5 anos às regras e exigências do 1º ciclo.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam (ou nem sequer pensam...) as crianças precisam de brincar. Muito! É através da brincadeira que elas vão desenvolver as melhores competências para o seu sucesso no futuro. A brincadeira permite ainda que elas ganhem maturidade emocional e social, que pode fazer (faz mesmo!) a diferença para a formação de um adulto equilibrado.
As crianças não atingem a maturidade nas várias vertentes ao mesmo tempo. Há aquelas que parecem muito "desenvolvidas" a nível cognitivo, mas que não sabem de todo lidar com a frustração, ou lidar com a pressão e o erro. Há também aquelas que têm uma enorme capacidade de lidar com as adversidades ao seu redor, que lidam bem com o erro, que têm uma excelente auto-estima, mas que ainda não conseguem permanecer concentradas e quietas por longos períodos de tempo. E ainda há aquelas que até parecem ter isto tudo (parecem!), mas que depois não conseguem atingir os objectivos pretendidos de forma eficiente, quando comparados com os outros alunos. Hiperactividade, défice de atenção, mau comportamento, mau desempenho, crianças inseguras e deprimidas, entre outros tantos diagnósticos podem pura e simplesmente ser fruto de uma tentativa de antecipar o que jamais deveria ter sido antecipado.
Agora, paremos por um bocadinho para pensar no que sentem estas crianças. O que sentirá uma criança que não consegue atingir os objectivos como os outros? Uma criança que não se sente capaz de responder às solicitações e espectativas? Uma criança que não consegue lidar com toda a pressão e exigências que lhe colocam? Que efeitos terá tudo isto na sua auto-estima, na construção da sua pessoa, no seu percurso académico?
Claro que não é garantido que esperar um ano resolva todas estas questões. Mas seguramente poderá ajudar bastantes! E mais, já há estudos que defendem que a generalidade dos rapazes só atinge a maturidade necessária para o 1º ciclo aos 7 anos. Sim, aos 7 anos!!! Então para quê? Para quê antecipar? Qual a vantagem que têm com isso? Será tudo uma questão de ego?
Isto é como tudo na maternidade... Tentar forçar uma competência que o bebé ainda não consegue assimilar, não só não traz vantagens como pode trazer ainda maiores atrasos e problemas.
Mas porque é que os pais têm assim tanta pressa? Porquê? Sinceramente não entendo, porque depois só os ouço a queixar que passou tudo muito rápido e têm saudades das fases que já passaram... Não faz sentido nenhum! Deixem as crianças ser crianças. Elas vão ter todo o tempo de mundo para mostrarem que são competentes, cada uma à sua maneira, cada uma no seu tempo. Então porque antecipar? Do que é que os pais têm medo afinal?
Posto tudo isto, hoje tive uma reunião com a educadora da M. A M vai passar este ano para os 4 anos. Mas ela tem 3... Para mim nunca é demasiado cedo para falar do futuro das minhas filhas, por isso hoje disse à educadora que não quero que a M entre no 1º ciclo com 5 anos. Mas pelas mesmas razões também não quero que a M entre na preparação do 1º ciclo (conhecida por pré, ou 5 anos) com 4 anos. Na sala dos 5 as crianças são preparadas para o que aí vem: "aprendem" as letras, a estar sentadas, ensaiam trabalhos, leitura e escrita. Eu não quero! Eu quero que a M brinque. Todas as crianças com 4 e 5 anos deviam ser obrigadas a brincar. E também não quero que ela sinta que ficou para trás, que ao contrário das outras crianças, ela não é finalista. Por isso, hoje disse à educadora que quero que a M fique dois anos nos 4 anos. Estou em paz com a minha decisão. Acho que tomei uma decisão que vai seguramente fazer a diferença na vida da M, que lhe vai dar tempo para crescer, feliz! Porque no fundo, o que todos os pais deveriam querer para os seus filhos, é isso, que sejam "apenas" muito felizes!

O Pastor é um génio!

Depois do post que vos deixei com as palavras do pastor, posso dizer-vos que aqui em casa a nossa conversação mudou: "Cabelo sedoso", "caixa do nada" e "quê qui você quê, menino?" São agora frases recorrentes e cheias de boa disposição. Isto faz daquele senhor alguém muito genial!
Mas agora pasmem-se! O senhor meu marido, que faz sempre os lanches para a família toda, surpreendeu-me ontem com um miminho! Quando fui buscar o meu lanche no trabalho encontrei um embrulhinho de papel de prata. Abri curiosa e de sorriso nos lábios. Era um queque de laranja com pepitas de chocolate que fiz para os anos da C e que estava congelado desde aí. Soube-me pela vida! E o maridão marcou pontinhos!!!

terça-feira, 21 de junho de 2016

All aboard...!

Hoje foi assim na minha cama. Começou por mim, lá para a 1h30. Depois mais um, deviam ser umas 2h. Às 3h houve um "quero fazer xixi" seguido de "querir pá tama da mamã". E por último, às 5h aparece pelos seus próprios pés, a pigmeu lá de casa. 4! Ou melhor, 5 com o Quico, a morrer de calor e a lutar por um espaço que doa menos o corpo. E agora só tenho que fingir que estou em condições para trabalhar em coisas sérias sem cair redonda a dormir em cima da secretária! 😂😂😂

domingo, 19 de junho de 2016

Dicas para o casamento

Malta, isto de estar casado tem muito que se lhe diga... E hoje percebo que a coisa começa a piar fininho quando se tem filhos, principalmente mais do que um. O que "safa" é que parece que o "mal" é geral, e olhando à volta tudo se queixa do mesmo embora possam mudar os pormenores.
Em jeito de conversa sobre este assunto com amigas, alguém falou do profeta, aquele que proclama a palavra do senhor, aquele que quer ensinar as famílias do senhor, mas de uma forma única, basicamente de morrer a rir! Deixo-vos o link que me foi passado, mas confesso que depois disso já passámos um bom bocado a ver outros tantos e a rir até doer a barriga! Qualquer semelhança com a realidade que têm em casa, é pura coincidência! 😂😂😜

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Eles vão de férias? Sozinhos???

Realmente a maternidade relativiza muita coisa... Hoje fui levar as meninas ao colégio e reparo num casal que foi levar o seu toddler à creche. A particularidade do casal é que iam todos equipados para ir para a praia: fato de banho, havaianas... Rapidamente comecei a especular e a ligar o botão da censura: "estes" estão de férias e deixam o miúdo na escola para irem para a praia descansar? Bem, mas também pode ser um dia especial para os dois que desejam celebrar sozinhos e de forma especial...
De repente percebi que afinal nenhuma das duas hipóteses me choca assim tanto. Já chocou, confesso! Mas agora parece que não tem o mesmo impacto. Aliás, dei por mim a pensar como seria bom ter uns dias para recuperar baterias, para cuidar de mim, para namorar... Hoje dou muito mais valor a pais saudáveis e felizes. Pais presentes sempre deixou para mim de ser tudo o que é preciso! Até porque se há dias que preferíamos passar umas boas horas sem eles, estou cá a achar que eles também não se importavam de tirar umas férias de nós... No fundo hoje acredito mais em pais felizes, crianças felizes!

terça-feira, 14 de junho de 2016

O lado oculto de mudar de casa

Alguém vos contou o que têm de fazer para mudar de casa? Alguém vos disse a quantidade de taxas e impostos que têm de pagar? E quando perguntas para o que é vociferam um conjunto imperceptível de palavras esquisitas com as quais não te identificas minimamente...
Mas pior! Mal acabas de assinar (e pagar) aquilo que te parece uma nova versão da lista telefônica, dizem de sorriso rasgado: tem 15 dias corridos para mudar a morada de todos os seus documentos, tem 1 mês para pedir isenção não sei de quê (pedir! Nada garantido!) e tem cerca de 24h para fazer novos contratos de tudo e mais alguma coisa...
Pronto, é isto! Já totalizei 4h de loja de cidadão e já percebi que é só o começo... As contas, ainda não fiz. Até tenho medo!

Às cavalitas

Fim de semana grande, fim de semana dos Santos! Era para ter sido muita coisa, não foi! Mas no final acho que foi bom. Houve tempo para brincar, parquear, ir à praia, comer petiscos, fazer birra... Enfim, muita coisa!
No domingo, como manda a tradição, lá fomos ao arraial, o do costume em Campolide. Com os anos vamos aprimorando as estratégias para lidar com a confusão e apesar da "carta do restaurante" ter ficando um pouco àquem dos outros anos, acho que foi melhor aproveitado que nunca.
E depois de um pouco de bailarico, rumámos à avenida. Estacionámos bem (como sempre) e ficámos mesmo perto para ver as marchas.
Lembro-me de ser pequena e fazer este ritual: ir ver as marchas à avenida. Andar às cavalitas para ver entre cabeças o desfile de música e cor. Este ano quis recriar estes momentos que tanto carinho me trazem. Decidi bancar a C (que sempre pesa menos 3kg...) nas minhas cavalitas. Beeeemmm!! Se eu soubesse o quanto custa jamais teria pedido em criança (ou não)... Ao final de marcha e meia já tinha tantas dores nas costas e trapézios que até a cabeça latejava... A parte boa é que a C adorou. Batia palmas, dançava e saltava (tudo em cima dos ombrinhos da mamã) e nem me deixava virar para o lado! No final da 2a marcha mudei de estratégia e fui procurar lugar nas cadeiras. Tenho a sorte de ter uma filha sedutora e em pouco tempo estávamos sentadas. A M ainda teve direito a ficar ao colo de uma velhotinha que não fazemos ideia de quem seja.
Bem-haja ao espírito alfacinha!

segunda-feira, 6 de junho de 2016

É hoje!

Depois de um fim de semana genial, cansativo mas bom, segue uma manhã cheia de emoção! Vou ali comprar uma casa e já venho...

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Homeless

Vendi a minha casa. Foi hoje.
O que pode passar pela cabeça de alguém durante uma escritura?
"Isto é uma seca!", "tenho mesmo que estar aqui? Não me apetece nada!", "e se me der um ataque de riso agora?", "eu não quero saber estas coisas todas sobre o comprador...!", "e se agora me levantasse, como nos casamentos, e dissesse: desculpe mas esta cerimónia não pode acontecer!".
Enfim, foi estranho ver o ar feliz dos outros dois. Não que eu não estivesse feliz... Bem, na verdade não tenho a certeza do que estava. Acho que tinha apenas fome àquela hora. O marido perguntou assim que chegamos ao carro "o que é que estás a sentir?", respondi "nada de especial!", ele concordou "eu também não"...
Mas foi assim (já sem fome) que vim para casa, a tal onde vivo mas não é minha. Assim vou permanecer durante dois meses, numa morte e despedida lenta que desejo que coincida ardentemente com a nova paixão a crescer. No final dos dois meses vou ter que sair. Vai ser a loucura nesse mês de Agosto!
A parte positiva é que com a casa foi também a dívida, a dolorosa! Deixámos de dever a nossa vida, ainda que por poucos dias 😄

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Dia da Criança - ideia peregrina...

Que ideia fantástica tive eu para fazer com as meninas neste dia tão especial que é o dia da criança? Então? Não advinham?
Ir à feira do livro, num dia de imenso calor, a seguir à escola. Portanto, por outras palavras, peguei em duas crianças estoiradas e birrentas da escola e levei-as a subir (e descer) o parque eduardo VII a ver livros em bancas, que alguns nem sequer conseguem ver porque são altos!
Posso dizer-vos que foi do melhor. Ficámos todos muito mais "ricos" desta experiência. Estamos cansados e mal humorado... A Clara fez birra em todas as bancas e conseguiu rasgar uns quantos livros pelo caminho (lógico que os comprámos...). A Maria aguentou-se melhor, mas ainda assim vem queixosa e pediu 1300 vezes para ir à casa de banho.
Pronto, tinha ideia de fazer agora pizza para o jantar, mas esqueçam lá isso! Vai ser douradinhos que é só meter no forno!