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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Dia de blahhhh

A M tinha análises para fazer há mais de 2 meses. O pai ia, e ia... E era na outra semana...
A mãe tinha as análises do 2º trimestre para fazer, quando completasse as 27 semanas. Então a mãe lembrou-se que a M ia com a mãe fazer análises.
Hoje assim foi. Acordámos sem autorização para o pequeno almoço, xixis para o frasquinho, birras e aqui vamos nós. Foi a família toda (vamos sempre ao laboratório Joaquim Chaves).
A M foi a primeira. A sra enfermeira não deixou que ficasse ao meu colo dado o tamanhinho da minha barriga, então foi ao colo do pai. Houve choro, claro, e o "não quero" bem audível. Mas passou rápido. "Não custou nada!", e como prémio levou um penso colorido (que nem sequer queria descer a camisola por causa disso), um cartaz de bravura e um balão (este foi autoria da mamã que se lembrou de trazer e dar discretamente à enfermeira).
Para finalizar ainda puderam ir comer "o que quisessem" à cafeteria do laboratório!!
A seguir foi a mãe, enquanto as meninas rumaram ao colégio. Confesso que me passou várias vezes pela cabeça fazer a mesma birra e dizer o mesmo "não quero!". É que para além das inúmeras picas, foi dia de teste de glicose. Para mim é de longe o pior exame durante a gravidez (provavelmente fora da gravidez também). Mesmo fresquinho e com sabor a limão, ainda o estou a beber e já estou a pensar como vou conseguir que não faça ricochete no meu estômago. Depois vêem as tonturas, a dor de cabeça, o mal estar, os vómitos, e... As picas! O que me vale é que invariavelmente me deitam numa maca, e assim posso fazer estas figurinhas tristes sem assistência. Levo como prémio o "já está!", dois pensos, e uma má disposição para o resto do dia...

domingo, 29 de janeiro de 2017

Aula de biologia

A C foi buscar um livro de palavras com animais. Os sons dos animais, onde os animais vivem, o que os animais comem... Para cada página orientei com perguntas, tal qual aula de biologia. Chega à página das bananas:
Mãe: "quem é que gosta muito de bananas?"
M e C em coro: "Eu! Eu!"
Mãe: "sim, mas qual é o animal que gosta muito de bananas?"
Compasso de espera...
C: "és tu mamã!"

"Nãooo, é mesmo o macaco...!"

sábado, 28 de janeiro de 2017

O bom, o mau e o tal chocolate

Viram o sol que foi aparecendo ontem? Eu vi! E só isso já fez uma enorme diferença em como encarei mais um dia de fermentação. Foi o sol e foi um post da Rádio Comercial a dizer que ontem era o dia do bolo de chocolate (que afinal até nem engorda)...
Para além disso foi um dia de muita "actividade", houve coisas boas e coisas más. Quais querem saber primeiro? Vou fazer um mix...
Então assim que vi o post do bolo publiquei no meu mural do facebook e taguei o meu marido. A estratégia resultou bem porque ele começou logo a sugerir (publicamente) bolos que eu poderia preferir. Escolhi.
O resto do dia portei-me que nem anjinho. Nada de comidas não autorizadas, e até o almoço foram legumes gratinados. Andei basicamente à espera do bolo prometido...
A meio da tarde recebo uma mensagem do sr meu marido a dizer "Ah e tal... Estou aqui... A assinar uma declaração amigável... Blá blá blá... A polícia... Bla blá blá... Encostaram a roda no nosso carro...". Isto foi a forma dissimulada de dizer: já fomos! Bateram-nos no carro...
Passado um bocado chegou a casa, sem bolo. Tudo bem! Ainda tem tempo. E depois vai buscar as meninas, ok.
Tinham-nos dito que viriam entregar a nossa cama às 16h30. Às 17h45 o marido teve que sair para ir buscar as meninas e ainda nem sinal da cama... Chegou eram 18h30, sem um "desculpe lá" ou qualquer outra coisinha. Tentei ajudar mas felizmente o marido chegou por essa altura e foi ele ajudar os homens. A parte boa era: já temos cama!!! Ao fim de 5 meses a dormir no chão, eis que chegara o momento de voltar a dormir numa cama. Mas não a vi. Só tenho permissão para subir ao 1o piso para ir dormir, então esperei.
Entretanto, voltando ao outro assunto: sem sinal de bolo. Mas vai haver bolo nesta casa hoje!!! Corri à cozinha para ver o que poderia fazer. Mas não havia sinal de ovos. Gaita! Sem ovos não faço o raio do bolo! Mas pelo menos vou comer chocolate. Abri a despensa, verti vários ingredientes numa terrina, pus no frio e voltei ao meu posto. Ainda ofendida com o marido, mas pelo menos com sobremesa de chocolate...
Ao final da noite recebemos um visitinha rápida. A minha mummy que se vai embora outra vez para voltar apenas no verão.
E mesmo, mesmo a acabar o dia subo ao 1º andar e... Que horror! Tenho uma cama horrivel! Parece cama de avó, do século passado! Detesto, detesto! Salta-me a tampa, porque foi o marido que escolheu, que foi comprar, e é horrível, e foi cara, e o serviço foi péssimo (demoraram o dobro do tempo que tinham dito para entregar a cama), e a entrega também foi péssima, e ainda por cima, nem sequer tive direito ao meu bolo de chocolate...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Rescaldo de ontem

Então foi:
Pequeno almoço normal (ainda tudo controlado!)
Banana
Almoço normal (massa para dois...)
Fruta cozida
Bombom (a partir daqui é sempre a descambar)
Iogurte com cereais
Tangerina
Fatia de bolo caseiro
Maça
Fatia de pão com doce de morango
1/4 de cenoura crua
Jantar normal
Quadrado de chocolate negro de culinária (a decadência total... Até porque nem sequer gosto de chocolate negro...)

Bem, tendo em conta o mood podia ter sido muito pior. Vamos ver hoje como corre!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Tudo cinzento...

Hoje é dia de reset, só pode... Que dia mais estúpido! Acordou cinzento e com ele o meu estado de espírito. Os minutos estão a demorar a passar, e até o ar custa a respirar...
Tenho tanto que fazer, e vontade de não fazer nada! Irrita-me a desocupação e as obrigações. Nada me acalma ou entretêm. Vou comer... E amuo com o peso. Apetece-me discutir! Tenho energia negra e nem sequer posso fazer abdominais. Que treta! Acho que vou comer outra vez... Bahhhh

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

A senhora que cuida de mim

Hoje, quando ouvi a sua voz ao telefone, tive que fazer um esforço para conter as lágrimas nos olhos.
"Tenho saudades suas", foi o que respondi, com a maior sinceridade possível.
E não é pelo jantar que fiz, nem pela loiça que lavei, nem pela roupa que estendi, nem pelo chão que varri, ou tão pouco pelos quartos que arrumei. O repouso que mal repousei...
É pela companhia que me faz, pelo carinho que me dá, pelos desvaneios que me atura. Por tudo isso. Hoje sinto-me só, mas amanhã é outro dia...

"Oh mãe...!"

Ontem a M viu-me a vestir o pijama e parou em frente da minha barriga.
"Mãe, a tua barriga já está muito grande", e abraçou-se à barriga...
"Pois está meu amor, mas ainda vai ficar maiooor"
"Oh mãe, muito grande não porque depois quando o mano nascer eu não consigo pegar ao colo..."
😂😂😂

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Bom jantar, bom serviço!

Querem saber o horror de todas as desgraças?? A senhora que fica comigo em casa, ou seja, que toma conta de mim, está doente! É o horrorrrr... Já todos tínhamos estado doentes menos ela, coitada, apanhou agora. E desde então andamos aos tropeções de sobrevivência. Eu ainda consegui descascar os legumes da sopa deitadinha, e o maridão veio dar-me o almoço e trabalhar em casa para me fazer companhia. Mas faltava o jantar... Então lembrei-me: pizzas!!!
Em tempos andei a procurar as lojas que entregavam cá em casa e desiludi-me muito com a qualidade do serviço que prestaram. Até que telefonei para a Pizzahut. E porque os bons serviços devem ser falados, voltei a ligar para eles e voltei a ser super bem tratada. Simpatia, eficiência brutal, rapidez e pizzas óptimas. Afinal não custa ser simpático ao telefone, prestável e brincalhão. E de facto faz a diferença porque não sobra espaço para dúvidas a quem vou ligar numa próxima.
Fica a dica se não souberem o que fazer para o jantar.

(Nota: ninguém me pagou para fazer publicidade...)

sábado, 21 de janeiro de 2017

Comer à mesa

Ontem jantei na mesa de jantar com o resto da família. Ok, não foi o jantar todo e foi cheio de reservas, mas as novas indicações são: começar a testar a verticalidade!
Na 5ª foi dia de reavaliação. As contrações aumentaram bastante na última semana, chegando a ser por vezes regulares, MAS a boa notícia é que o colo permanece estável. Graças a Deus a intervenção a que fui sujeita e o aparelhinho que tenho estão de facto a ser muito eficazes em dispersar o efeito das contrações protegendo o colo. Assim a estratégia é: voltar a tentar introduzir uma medicação "meio maluca" para ajudar a controlar as contrações. Por ser maluca tive que falar com o pneumonologista para receber o ok dele. Ok dado! Ainda recebi os parabéns do médico pela minha prestação em todo o processo. Fiquei ligeiramente orgulhosa de mim. Não fiquei mais porque entretanto pesei-me...
Próximo passo é tratar uma fungueta que entretanto veio passar umas férias comigo. Lamento mas aqui não pode ficar... Até porque o médico quer voltar a submeter-me à pequena intervenção e mudar o aparelho por um novo. Eu já sabia que um dos possíveis efeitos que pode ter são as infeções vaginais, e ele acha conveniente mudar. Por isso daqui a 15 dias espero estar tratada para resolver este assunto. 
E voltando ao tema inicial, segundo o médico, a ideia é tentar fazer algumas actividades sentada sempre desde que não doa ou não provoque contrações. E foi assim que "estreei" a mesa. Foi engraçado ver a felicidade das meninas por me terem ali. A C só se agarrava a mim a dar beijinhos, e a M esteve encantadora a comer de faca e garfo simplesmente impecável! Os meus amores! ❤️❤️

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Nesting...

Agora que a cada dia o meu bebe tem mais probabilidades de sobreviver fora da barriga vejo a minha cabeça invadida por um sentimento avassalador: o nesting! Para algumas futuras mamãs este sentimento costuma aparecer mais tarde, talvez quando psicologicamente se vêem confrontadas com a data do parto a aproximar. Outras nem sequer o chegam a sentir. Mas também por tudo o que já passei, o nesting atacou-me cedo desta vez!
Nesting, para quem não está familiarizado com este termo, significa ninho. Equivale ao instinto de preparar o ninho que alguns animais têm, para preparar a chegada da sua criação. Nós também temos esse instinto, que nada tem de racional, por isso a certa altura sentimos uma vontade louca (quase absurda) de ter tudo preparado e arranjado para receber o nosso bebé.
Por ter pouco de racional, e também porque nem toda a gente o sentiu (ou já se esqueceu), é por vezes difícil entender este "desvaneio" da grávida. "Que disparate!", "Cada coisa a seu tempo!", "Lá estás tu com a mania de viver o amanhã", "Ainda falta muito tempo. Vais ver que até lá tens tudo pronto". Estes são alguns dos comentários que recebo quando comento com alguém a minha ânsia. Mas o tempo corre de maneira diferente para cada um de nós! A percepção de urgência é também ela muito diferente! Por isso não vale a pena avaliarmos a situação aos nossos olhos, mas talvez usar um pouco de empatia e tentar compreender...
O que me aborrece no meio disto tudo é essencialmente a dependência, ou a impotência.... Estou praticamente totalmente dependente dos outros para satisfazer o meu nesting, e isso aumenta bastante a minha angústia. O quarto não está pronto, nem sequer desocupado das caixas e tralhas por arrumar das mudanças, a mobília não está comprada, a roupa não está lavada, e para piorar, isto parece um primeiro filho ao qual falta quase tudo! É preciso ir comprar... Enfim, a lista de to do's ainda é grande,  proporcional à ansiedade gerada. Acredito que me sinta mais calma quando estiver tudo organizado pelo menos para o primeiro mês. Esse é o meu grande objectivo neste momento. Para os restantes permaneço em expectativa e já ando a planear uns eventos de angariação, como transformar os meus anos num chá de bebé e transformar a minha lista de prendas numa lista de roupa de bebé de verão!
Desejem-me sorte e já agora, paciência aos outros que me aturam. Ninguém disse que era fácil aturar uma grávida acamada!

domingo, 15 de janeiro de 2017

Não há 2 sem 3... 😡

E basicamente é isto: C após 48h sem febre em casa, vai para a escola, e 48h depois regressa a casa com febre. É a 3ª vez!!! Já não se aguenta!! E ficamos todos à mercê de mais uma rodada (ainda agora tinha acabado a porcaria do antibiotico, e até já respiro sem gotas...).
E já se sabe que com uma cria doente, o repouso ressente-se... Até porque o colo da mãe, têm qualquer coisa que acalma a dor!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Acordar com o demo, adormecer com o anjo

Estou oficialmente a antibiotico, após uma ida às urgencia em apneia nasal... A parte (quase) boa é que as meninas desde ontem que voltaram a frequentar o infectário (o que na prática significa que iniciámos a contagem decrescente para que regressem para casa). Timming perfeito porque não estava a ver possível a minha recuperação com tanto vírus à minha volta. A vida voltou a ter momentos de sossego, que não passam por momentos em que elas estão com febre ligeira ou no silêncio do disparate.
Porreiro, vida boa... Só que não! Não, porque há sempre um sacana de um MAS... E esta história não é excepção.
Então, como as maganas estiveram "de quarentena" em casa e verificaram que eu também cá estou, quem é que diz que o regresso à escola tem que ser pacífico, hein? E não é mesmo, não está a ser, particularmente para a M. Desde ontem que as manhãs com a M têm sido entre o psicadélico e o filme de terror. As frases que se conseguem distinguir por entre os gritos ensurdecedores e o choro em desespero são "não quero ir para a escola"... "quero a mãe"... " não (qualquer coisa)", seguido de muitos outros "não (qualquer coisa)...". Ontem 2h desta cantilena, hoje quase 1h em que o pai até perdeu uma reunião importante que tinha.
"Tudo normal" dizem vocês. Pois, a parte do ser normal, de ela ser pequenina, de querer e sentir a falta da mãe, etc etc etc, eu isso já sei. Mas sejamos práticos: eu estou de repouso absoluto, para além de estar doente, logo não é possível que ela fique comigo. Então como conseguir melhorar isto? Eu já falei, já expliquei, já criei objectivos para fazermos quando ela regressar da escola, já abracei, já ralhei, já ameacei, enfim... E nada resultou! Nada! Ela parece entrar num tal descontrolo que nada que possa fazer ou dizer, serve!
Hoje senti-me mesmo diminuída e impotente perante tudo isto. Fiquei cansadíssima, imagino como ela terá ficado, coitada. Então tentei reencontrar-me, como mãe, como pessoa, como educadora. Procurei pedir ajuda: educadora, psicologa, pediatra, marido. Várias cabeças pensam melhor do que uma e sei que estas situações são "comuns", por isso dicas para uns podem também resultar com os outros.
Recebi algumas respostas com dicas e possíveis estratégias, entremeadas com "isso faz tudo parte, mas pronto...". A meio do dia já tinha conseguido relaxar e libertar a mente o suficiente para conseguir pensar. Um banho relaxante foi a cereja no topo do bolo. Tenho que me reconectar com ela. Parece simples...!
Esperei que chegassem da escola. Hoje não havia computador em cima da mesa, ou telemóvel na mão. Arranjei umas contas autocolantes e quando elas chegaram propus que fossemos decorar as coroas de princesa que tínhamos feito 2 dias antes. Pedi ao pai para dar banho a uma de cada vez, de forma a conseguir estar sozinha com cada uma por uns momentos. Brinquei, falei. Toquei no assunto da manhã. Conversei mais. "Mãe, amanhã não vou fazer mais birra". Houve lugar para entendimento e  conexão.
O serão passou-se muito sereno. Para evitar a confusão do "ir para a cama", desliguei mais cedo a televisão, pus música de embalar que gostamos bastante. A música subiu até aos quartos e eu também pouco depois. Ainda consegui lavar-lhes os dentes, e escolher parte da roupa de amanhã da M. Depois disto sinto sempre que é altura de me voltar a deitar. Beijinho de boa noite e nem um grito,  um aí, nada! Pouco depois o único som que se eleva sobre a música que ainda vem do quarto é o ressonar do meu marido...
Tive o serão de maior paz dos últimos tempos, completamente antagônico à manhã que vivi. Sei que não basta para garantir um bom amanhã, mas por hoje sinto que consegui. Talvez isso me dê forças para encontrar estratégias que funcionem amanhã. Talvez seja isso. Mas não sei. Veremos como corre amanhã, depois venho cá contar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Aquilo que não se vê

Hoje foi um dia invisível. Eu fui invisível. Nada de mais se passou. Esteve frio. As pessoas fizeram as suas rotinas normais. Recebi alguns telefonemas a perguntar de estávamos melhor...

Mas ninguém notou. Ninguém reparou. Ninguém viu. Apenas eu...

Não acho estranho. Há coisas que só vividas. Há guerras e conquistas, que só quem passa por elas, porque aos olhos dos outros elas não existem. E também há coisas que só acontecem aos outros, por isso, não faz mal. Não estou surpreendida.

Mas sinto um vazio. É estranho. Sinto uma alegria imensa, e um vazio medonho. Como se tivesse o vinho no copo e ninguém com quem brindar. Uma festa pronta e ninguém para convidar. Há coisas que não se explicam. Sentem-se.

E assim acaba o dia, provavelmente o maior, desde que iniciei esta jornada, esta pequena grande luta, para mim das maiores. Porque para além de ser um dia, ou talvez ser O dia, é também um marco, é o início de toda uma nova fase. Amanhã a luta é outra, mas permanecerá a mesma aos olhares invisíveis de quem passa por nós.

Obrigada meu filho, por teres tido a coragem de viver isto comigo e parabéns por termos juntos vencido esta primeira grande luta de sobrevivência. Amanhã festejo a vida e distancio a morte. Porque não há pior sentimento que a insuportável impotência de nada poder fazer perante a possível morte dentro de nós.

domingo, 8 de janeiro de 2017

Amor? Fazes-me esse favor?

Então foi:
Marido - amor, importas-te de dar a sopa às meninas para eu ir preparar o jantar, por favor?
Eu - claro! Para além de não conseguir respirar, ter o nariz do tamanho do joelho e de me doer a cabeça para xuxu, estou completamente disponível.
O tempo foi passando, lá consegui verter um prato de sopa pela goela de cada uma (que coitadas estão com o nariz igual a mim...) e lá foram elas cordeiras para a mesa. Mas a comida ainda estava a terminar e o pai diz (quase) em jeito de heroísmo que ainda nem sequer teve tempo para comer a sopa dele. Por fim termina triunfante e serve as meninas já impacientes e febris.

Mas fiquei aqui a pensar com os meus botões... Preparar o jantar? Como assim??! Eu própria me levantei do meu repouso absoluto e me arrastei até a cozinha para pôr os legumes e os ovos a cozer. Mas que raio está ele a fazer? Pronto, lá esbocei um sorriso a imaginar a cena à filme: o "desgraçado" do homem que usa mil utensílios para tirar a água da panela dos legumes e mandá-los para a taça, e tem que descascar e partir os ovos ainda quentes... Está visto! Para a próxima faço bifes que é menos complexo para ele 😂😂😂😂

sábado, 7 de janeiro de 2017

Deviam pagar-me comissões

... Na farmácia!! Isto está ao rubro. Somos 3 de molho. Eu até já estava a ficar melhorzita com a quantidade abusada de medicação que me deram, mas ninguém resiste a estas armas biológicas ambulantes que são as minhas filhas vindas do infectário. Quem se está a safar melhor ainda é o pai, mas cá para mim é porque é o que tem menos contacto connosco...
Assim, só eu já conto com vibrocil, nasomet, aerius, ventilan. Fora os da própria gravidez... Ninguém merece, IRRA!
Olhem um pequeno exemplo do que se passou durante o jantar...


PS: Sras grávidas, apesar de eu dar os nomes dos medicamentos, não se automediquem! Quem sabe o que devem ou não tomar no vosso caso é o médico. Just remenbering!!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

O espelho da nossa alma

Isto não está fácil. Já não é novidade.
(...)
"Então diz-me, o que faço?"
(...)
Eu não posso dizer. Eu não sei o que dizer. Cada um tem de refletir e procurar dentro de si a resposta a esta e outras perguntas. Educar não é fácil, mas ainda mais difícil é gerir as nossas expectativas face à educação que damos.
"As meninas são o espelho do que fazemos e do que lhes mostramos. Só tens de refletir e pensar se é isso que lhes queres passar"
É isto. Mae falar é fácil. Às vezes queríamos fazer mais, melhor, mas não sentimos capacidade. No entanto, a resposta ao nosso estado de alma, é o que transmitimos a quem aprende connosco. E nem sempre estamos bem. Mas o nosso desafio passa também por cuidarmos de nós, por dentro e por fora. Ninguém consegue educar o próximo, ou ter compaixão pelo outro, se nem a si se consegue educar, se nem de si se consegue compadecer. E por isso, a primeira introspecção deve ser feita a nós mesmos "o que se passa comigo? Porque é que estou a reagir assim? O que poderia fazer para me sentir melhor?". Só depois deste exercício é que é possível ouvir e tentar aceitar o próximo. Caso contrário o desfecho parece-me que será inevitavelmente o conflito constante. E se respondemos com conflito a quem nos dá conflito, como poderemos alguma vez esperar um comportamento diferente de quem aprende connosco?
Mas falar é fácil. Eu sei que sim. Eu também me sinto perdida muitas vezes. Falhada outras tantas, porque não consegui corresponder com as minhas expectativas.
Ainda assim acho que há uma linha que diferencia um mau dia, de uma má conduta: todos nós temos dias maus, dias em que nos excedemos, em que fazemos algo que não nos orgulhamos, ou que não achamos justo. O problema é quando esse passa a ser o registo constante. Quando já não existe o outro lado, quando o nosso estado de espírito não permite que sejamos diferentes. Talvez seja importante nessa altura pararmos para pensar. Ou pedir que alguém nos reveze. Ou esperar que alguém nos diga "olha, tu não estás bem..."

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Voltar ao normal

Já aqui tenho comentado o meu alívio por se voltar às rotinas. Acho benéfico para elas e para nós. Contudo, hoje o regresso é coxo. Apenas uma segue atrasada e rabugenta para a escolinha.
A C continua doente em casa. Continua com febre. Ontem, durante o pico fisiológico da febre (entre as 18h e as 21h) ainda deu luta! Nunca baixou dos 39º apesar da medicação, nudez e banho. Só por volta das 22h é que ouvi a C dizer "quê lir bincar" (quero ir brincar), depois de ter conseguido ingerir um bagos de arroz com grão.
E eu, como boa mãe, acompanho-a. Como asmática, junto alguns desafios adicionais ao nariz estupidamente entupido e à tosse que não me deixar dormir e me provoca ainda mais contrações. Sinto-me mesmo atrapalhada. Na verdade sinto que preciso terrivelmente de descansar. Aquelas horas sem elas em casa, são preciosas para recuperar alguma energia, e sinto falta disso. Mas ontem, depois das minhas pesquisas sobre o que posso ou não tomar, decidi que vou ligar ao meu pneumonologista. Por esta altura do ano é normal fazer medicação de controlo, e segundo li, uma grávida asmática descontrolada, é mil vezes pior do que uma grávida a fazer medicação. Vou ligar! Acho que já não preciso de mais motivos para ser descontrolada... Depois dou notícias, porque já vi que hoje vai ser um dia muitooo trabalhoso!

domingo, 1 de janeiro de 2017

Quais as vossas estratégias?

Oh bolas, com o final do primeiro dia do ano deparo-me com uma cria que não quer comer, só quer o óó e a xuxu, e ficar deitadinha do sofá... Só até aqui a coisa cheira a esturro, não é verdade? Pois bem (ou pois mal), quando chega ao pé de mim nem precisei que lhe tocar para perceber que estava com febre. Aqueles olhos de carneiro mal morto não enganam ninguém... Ainda assim verifiquei com o senhor termómetro e confirma-se: Cria do meio de molho...
Como não sou daquelas mães que corre ao medicamento ao mínimo sinal, fui vigiando, e despindo... A febre não subiu mais, mas também não desceu e pelo aspecto da menina, é mesmo melhor dar qualquer coisa. E é aqui que as contas começam... Ao final de mais de 1h a febre permaneceu intacta! Pelo menos não subiu! Devo continuar a vigiar... Mas já são horas de dormir, como vou vigiar agora?
Ora, 21h30 mais quatro, e mais seis... E mais oito... Estas são as minhas hipóteses. Antes de ir dormir vou verificar! Antes do marido dormir, vai verificar e a partir daí de 2/2h é necessário ir verificar. Acertam-se estratégias e alarmes dos telefones. Outrora íamos a vez, agora é fogo de vista porque tenho que ser sempre eu a acordar e a dar tantos pontapés quantos necessários para o marido acordar e lá ir.
A outra estratégia que usamos em alternativa é quase desnudar a criança e mete-la no meio de nós. Quando a febre sobe, o calor é tão insuportável que acordo sempre! Mas por via das duvidas vou tentar evitar.
E vocês, que estratégias usam para monitorizar as febres noturnas?

201...7!!!

No último dia de 2016 eu ri, brinquei, cantei, cozinhei, trabalhei, gritei, ralhei, abracei, gerei, pintei, amei, chorei, embalei.
Que cada dia de 2017 seja tão ou mais rico, intenso e vivido! Porque os dias podem ser melhores ou piores, mas nenhum se repete, é único e merece ser vivido!
Feliz Ano Novo!