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sábado, 28 de maio de 2016

EU VOUUUU!!!!

Girls Night!!! Vamos ao Rock in Rio, ver não sei quem que está esgotado! Não interessa 😄
Deixei a casa limpa, uma máquina de roupa a lavar, outra a secar, sopa feita, jantar no frigorífico, mudei camas e tudo e tudo e tudo! Nada a apontar! É a minha vingancinha ao papá depois de 15 dias a saírem do pêlo!
Yeahhhh!!! Até logo!

quinta-feira, 26 de maio de 2016

30 minutos

15 dias sozinha. Duas crianças pequenas, um gato, uma casa, ou melhor, duas... Ou nenhuma, já nem sei! Estou estoirada! Simplesmente estoirada!
É incrível como consigo ter tudo pronto e feito na mesma, como até o faço mais rápido, como mantenho a rotina desta casa, como as deito a horas certas e as consigo adormecer, como faço compras, trabalho, danço e tento resolver todos os problemas que assolam a minha vida.
É terrível como me sinto! Como sinto o que estou a fazer. Ando mecanizada. Não tenho sossego no meu coração. Não tenho paciência nem doçura nas minhas palavras ou actos. Não me apetece brincar... Respiro fundo, uma e outra vez. Às vezes apetece-me chorar, outras desaparecer. E sinto um nó porque sei que agora não posso. Não posso passar a bola, não posso dividir, não posso ficar doente, nem sair um pouco para me relaxar. Agora não posso. Isto para mim funciona como bomba relógio. A cada passada posso descontrolar-me. O pior é que já nem tento ser diferente. Sinto-me apenas cansada e quando os meus pensamentos me censuram, tento apressadamente convencer-me que sou apenas humana. E sou, na verdade sou apenas humana, mas gostava de ser uma humana diferente. Não sou. Talvez um dia as meninas percebam porque fico assim. Talvez um dia elas percebam que também eu me desoriento e me desorganizo. E talvez elas até me consolem, um dia...
Hoje parei 30 minutos. Não sei o que é parar. Eu dei-me ao luxo de parar 30 minutos. Sentei-me no sofá. Tenho a roupa por dobrar, e a outra por apanhar, tenho artigos para ler e muita coisa para encaixotar, mas parei. Fiquei assim imóvel. Estive a ver coisas sem nexo, a ler o que os outros andam a fazer, a consultar os artigos de opinião que dizem vezes e vezes sem conta que mulheres descontroladas, cansadas e que gritam com os filhos não vão conseguir produzir adultos capazes. Tomara que estejam enganados! Mas para o caso de não estarem, então é melhor parar, nem que sejam só estes 30 minutos.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Mais um museu no itinerário

Mais um domingo passou, mais um programinha em família. Desta vez com a família desfalcada porque o papá se encontra longe. Fez a tia as vezes do pai e saiu-se muito bem!
Desta vez o destino escolhido foi o Museu Berardo, no CCB.
Bem, pontos fortes: tem imenso espaço para correr, as obras são muito versáteis, e a entrada é gratuita.
Pontos fracos (tendo em conta a faixa etária): não se pode correr, nem falar, nem mexer... O espaço é grande e cansativo, as obras são versáteis: tão depressa estamos a ver uma mulher nua como no momento seguinte estamos a ver risquinhos, bolinhas e luzinhas, com tudo de bom e de mau que isso tem.
Pontos a desfavor: duas crianças que acordaram demasiado cedo, logo estavam com demasiado sono. E fome...

De resto pareceu-me bem. Elas gostaram e aproveitaram algumas coisas, se bem que garantidamente este é daqueles que o melhor é voltar daqui a uns aninhos! Fica a dica na mesma.

Os chapéus das princesas

Será que passa pela cabeça de alguma mãe com crianças pequenas chegar à escolinha, tirar as crianças do carro, mais os casacos, as mochilas, os bonecos e afins, abrir os chapelinhos de chuva, uma para cada uma, e ainda se lembrar de (ou querer) um chapéu de chuva para si? Pois, na minha não passa, acho que seria mais fácil apanhar uma chuva torrencial em cima... Mas hoje percebi que não sou a única. Como? Simples! No regresso ao carro! Já sem as crianças, sem os casacos, sem as mochilas, e sem os bonecos, mas ainda assim a sobrar dois minúsculos chapéus de chuva. Ainda hesitei sobre qual usar: o do Frozen ou o dos corações. Optei pelo do Frozen mas confesso que fiquei com alguma inveja do chapéu das princesas Disney da mãe que saiu antes de mim e ainda deitei um olhinho ao chapéu do Cars do pai que ainda aí vinha...
Hilariante!!!

segunda-feira, 23 de maio de 2016

De volta ao Zero

Serve o presente post para comemorar convosco a concretização do meu contrato de trabalho! Yeiiiiihh!!!
É engraçado o que se está a passar comigo agora a nível profissional. Voltei à estaca Zero. Isto acontece várias vezes ao longo da nossa vida, sempre que somos "os maiores", o mais provável é dentro de algum tempo voltarmos a ser os mais pequenos com um longo percurso pela frente.
Vejamos exemplos, temos 5 anos e somos os maiores do jardim de infância! Que sensação boa! Somos os mais crescidos e o resto são quase bebés! Vamos ter a honra de passar à escola dos crescidos. Mas quando lá chegamos, afinal é uma treta! Somos os bebézinhos que acabaram de chegar, num mundo completamente novo cheio de novos desafios que nem sequer sabemos por onde começar.
A história vai avançando e volta a repetir-se uma e outra vez, no processo de aprendizagem. Quando finalmente acabamos o curso e vamos trabalhar, volta a acontecer tudo outra vez! E a cada novo emprego/posto, de novo o mesmo sentimento.
Eu estou assim! Acabar o doutoramento era assim qualquer coisa de extraordinário. E agora vejo-me tal e qual a menina que chega à primária. É das poucas que não sabe ler, não sabe as regras e condutas que se aplicam naquele contexto. Ainda não estabeleceu os seus laços sociais, sejam amizade, cooperação ou distância. Tem tudo para aprender e sente-se meio perdida por não saber por onde começar!
Nada como um belo desafio! Ou dois, ou três...

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Assim vai a vida

Após uma semana em casa como falei neste post seguem-se uma sucessão de eventos difíceis de explicar e que me têm dado cabo da cabeça.
Contextualizando parte do problema, tínhamos combinado com o novo proprietário da minha casa que após a escritura ficaríamos a morar na casa por mais cerca de 3 meses, pagando uma renda mensal. Tinha ficado tudo combinado. Esta semana, a 3 semanas da data da escritura, eis que o tal senhor me envia um e-mail com "condições de arrendamento" em que passa a descrever um conjunto de itens indentados simplesmente ridículos. Um valor de renda elevado que quase duplica a cada mês de permanência. Enfim, parece-me que há pessoas sem moral e ética, mas também sem "tomates" porque para mandar aquilo mais valia dizer que tinha mudado de ideias...
Mas posto isto, a minha vida virou um pequeno caos a tentar desesperadamente encontrar uma casa com disponibilidade urgente para permanecia de 3/4 meses. Toda a gente me fecha a porta "ah minha senhora, não estou interessado em alugar tão pouco tempo. Peço desculpa e boa sorte" ou então "sabe, não vale a pena tentar por agências porque só o valor de comissão é quase o que a senhora vai pagar e os senhorios não estão interessados nesse negócio". No meio disto tudo, o que me aquece o coração é a disponibilidade de algumas pessoas amigas (e outras nem tanto) para tentarem procurar e tentar saber, para ajudar! Não ganham nada com isso! Mas ajudam, e disponibilizam a casa delas sem qualquer pudor! Houvesse mais gente assim e de certeza que o mundo seria melhor! De qualquer forma ainda não tenho solução. E quando a tiver, espera-me duas semanas de loucura a fazer mudanças sozinha com duas crianças pequenas... Ainda bem que já inventaram aquela bebida, aquela que é qualquer coisa que dá asas!

Homens vs Mulheres

O termoacumulador cá de casa avariou hoje de manhã.
Resolução do homem:
- vai acordar a marida todo nú
- enche-se de coragem e toma banho de água fria. No final exclama "é à homem!"
Resolução de gaja:
- acorda estremunhada
- agarra no telefone e faz uma busca na net por assistência técnica 24h
- liga para lá
- aquece uma panela de água na placa
- toma banho com água tépida usando uma caneca

Agora estou à espera do tal técnico que não chega...

terça-feira, 10 de maio de 2016

El Coche!

Falando dos pauzinhos ao sol do post anterior, no Domingo de manhã decidi que para bem da saúde mental de toda a família tínhamos que sair. Dando continuidade ao comentário feito pelo pediatra da C em que boa parte da capacidade cognitiva e emocional das crianças se desenvolve até sensivelmente aos 4 anos pensei que há bastante tempo que não levava as meninas a programas culturais. Então lembrei-me do Museu dos Coches (aquele edifício novo enorme ao pé do palácio de Belém com design duvidoso).
Fizemos uma visita adaptada, como sempre, o que implica não ler as placas, parar a ver pormenores que se calhar não interessam a mais ninguém, inventar histórias e macacadas que possam explicar e aumentar a motivação para a visita. Correu bem! As palavras chave foram claramente "coche", "princesas" e "cavalos". No final a M dizia "Mamã, o cothe e o tavalo vai à minha festa" (só para situar, ela refere-se à festa de anos dela que deverá ocorrer mais ou menos daqui a 6 meses...)
E juntando o útil ao muito agradável, não pagámos nada. Dizia lá nas bilheteiras que o primeiro Domingo de cada mês a entrada é gratuita. Apesar de ter sido o 2º Domingo do mês, tivemos essa benesse.
Aconselho para programinha de 1º Domingo de um mês qualquer!

Uma semana de clausura

Estivemos uma semana de molho! Que depressão! Ainda estou a tentar compensar-me. Detesto ficar em casa fechada, mas pior ainda quando o motivo é uma cria doente. A C esteve doente, esteve hospitalizada, e quando pensávamos que já estava a melhorar, volta a febre e o choro constante, e voltámos ao médico.
Mas no Domingo já não teve febre e fomos por os pauzinhos ao sol (fica noutro post). E ontem tentámos o infectário de novo.
É incrível como me sinto desorganizada com tudo isto. Conto com uma semana sem dormir, hoje inclusivé, uma semana de uma preocupação considerável, uma semana em que não consegui trabalhar mais do que o mínimo do indispensável, uma semana em que todos os assuntos da casa ficaram em águas de bacalhau, mas em que o tempo não pára, os prazos continuam e as ansiedades aumentam.
O voltar ao trabalho é esquisito porque me sinto meio perdida no meio de tantas tarefas por "checkar". Mas o melhor de tudo é ver o ar da C de boca aberta a olhar pelo vidro do carro, como se tudo o que vê fosse novo e espetacular!
Bem, agora tenho que ir arregaçar as mangas e organizar a minha vida, fazendo votos para que o S. Pedro tome os anti-depressivos de uma vez, antes que esgotem nas farmácias portuguesas.

domingo, 8 de maio de 2016

Festas de aniversário - espaços

Actualizei os locais de festa em Lisboa (Aqui). Este post não é estático, vão dizendo os espaços que conhecem para a lista ficar mais completa!!

terça-feira, 3 de maio de 2016

A tia a voar

Ontem festejámos a promoção do marido (só de categoria porque os salários estão congelados...). Estiveram cá as mais altas patentes (lol) mas resumidamente tivemos a casa mais do que cheia.
A C continua doente, mas isso é matéria para outro post. No final do jantar, já quase todos tinham saído, faltavam só os sogros e a tia, aquela tia que demoraaaa sempre imensooo tempo a sair porque tem sempre mais uma beijoca para dar às meninas. No meio das despedidas enquanto a tia decidia ir de escadas e os sogros de elevador, ouve-se um estrondo em casa. Como se eu tivesse sido picada por um raio eléctrico, oiço o chorar inconfundível de um bebé com dor, e voo para apanhar a minha bebé que tinha acabado de tropeçar e aterrar com a cabeça na esquina da parede. Um lanho! Bebé aos gritos! Os sogros continuaram-se a despedir (mas só do marido que era o único que se mantinha intacto à porta em cordialidade), e puseram-se dentro do elevador e partiram... Mas a tia? A TIA saltou os degraus de volta a casa, ou melhor, ela voou os degraus e ainda entrou para nos socorrer mais rápido do que o marido largou a cordialidade. Em modo histérico/desesperado só gritei "GELOOOOO" (sim, eu sei. Tenho que melhorar estas reacções em caso de acidentes). Seguiu-se um momento de confusão, que infelizmente me irrita solenemente (também tenho que ver se trabalho este estado zen), à procura do gelo que me fez voltar a gritar em plenos pulmões "ERVILHAS!!! Estão no outro congelador". Enfim, lá chegou o gelo, as ervilhas, o arnidol... Não foi preciso ir ao hospital, mas aquilo ficou mesmo feio. Os sogros? Querem saber deles? Não sei! Ligaram uns 5 minutos a seguir a pedir para alguém descer porque não encontravam o botão para abrir o portão da garagem. Ninguém lá foi. E pela primeira vez ouvi o marido a gritar com eles ao telefone. Terá percebido o que se passou e descarregou assim? Não sei.
Uma parte mesmo fofinha desta história foi a reacção da M. Ao ver a irmã em pranto veio socorre-la. Teve a preocupação de dizer "Oh mãe, não fui eu pois não? Eu tava ali, não fui eu". E depois, enquanto eu me debatia com os braços da C para lhe conseguir meter o gelo, a M foi buscar uma cadeirinha e sentou-se em frente da irmã a contar-lhe uma história! Que amorrrr!

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Dia da Mãe

Planeei um dia fantástico! Fazer um piquenique, brincar muito com as princesas, por um dia não ter mais nada que fazer. No Sábado fiz uma maratona a despachar tudo em casa: comida, roupa, limpezas, compras, tudo! Para ficar só para as meninas. Deitei-me tarde, bastante tarde, mas estava satisfeita no cumprimento do meu objectivo.
Entretanto recebi um filha para dormir. Entre sono agitado, tosse e pontapés, acordei cedo, muito cedo, porque a outra filha tossia, e o sono já se tinha ido. Juntei todas na minha cama. Que momento bom! É que a minha cama é mágica, consegue sempre ter espaço para mais uma filha. Infelizmente a C pouco depois já estava com mais de 39º de febre. Lá se foi o piquenique... Ou não! Telefonei aos tios e eles vieram. Fizemos um piquenique indoor que todos adoraram. Durante as sestas ainda houve tempo para pôr a conversa em dia e matar saudades para uma jogatana de um jogo de tabuleiro.
Mas a C não melhorou... A febre não baixou. Liguei ao pediatra. Não respondeu! Liguei à outra pediatra e ela achou que o melhor era ir as urgências. E assim, o meu dia ganhou mais horas e tornou-se mais longo. Dei banho às meninas, comemos qualquer coisa, conversei e expliquei o que se ia passar. Prometi dar um beijinho assim que regressasse.
No hospital novos desafios. Estivemos 3 horas à espera que a febre baixasse. Os 40º teimavam em não descer, o que impedia a realização de alguns dos exames. Fomos tirar uma fotografia às maminhas e até fizemos xixi num saquinho. Por mim a febre lá deu tréguas e fomos tirar sangue.
Eu era a única pessoa sozinha com uma criança naquela sala. Senti-me só, e cansada. Mas olhei para a C e pensei como é incrível o nosso papel de mãe, como pode fazer a diferença para uma criança. A C estava bem disposta. Apesar do sono, não queria dormir. Ela foi uma valente e muito corajosa! Fez todos os exames e observações de forma exemplar. Orgulhou-se do penso no braço, do autocolante dos corajosos, e das bolachas Maria que lhe deram. Ela estava feliz. E porquê? Bem, achei que no meu papel de mãe devia levar a situação para algo que ela compreendesse. A ida ao hospital foi passada em jeito de aventura. A cada nova situação expliquei-lhes sempre o que iria acontecer e o que iríamos fazer a seguir. Nos momentos menos bons ela olhava para os meus olhos, e eu mostrava-lhe amor, calma e segurança. "Já vai passar, meu amor! Estás a ser mesmo corajosa!". E ela, mais confiante, respondia aos enfermeiros que lhe tiraram sangue, "obigada!" (Foi a risada como é lógico)
Ao fim de muitas horas voltámos para casa, para mais uma noite pouco dormida. Sem grandes respostas e promessa de lá voltar.
Mas fiquei a pensar no meu dia. O dia da mãe, o dia do trabalhador! Acho que foi um dia muito preenchido, mas que para mim tocou nos vários significados do que é ser mãe!