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domingo, 27 de agosto de 2017

As férias a chegar ao fim...

Voltei! Depois de uma semana na Suica, que salvou o meu conceito de férias, voltámos à base e nem a memória dos ares frescos da Europa diminuíram a ressaca dos miúdos. De facto foi bom, mas cansativo! Sempre a mexer, nada de sestas, muita animação e brincadeira, refeições improvisadas mas incrivelmente bem recebidas. E chegámos cá e há um misto de frustração, e sono e não sei mais o quê que se enrola e torna os dias complicados (na verdade pior que os dias são mesmo as noites!).
Ainda tentámos (erráticamente) fazer um programa que tinha ficado em suspenso, que era uma ida ao zoo, mas a podridão foi tal que passadas 2h de termos chegado já estava tudo a discutir com toda a gente e resolvemos abortar a missão (mas calma! Não perdemos assim o € de forma fácil. Fomos meter as miúdas a dormir e voltámos ao final do dia mesmo a tempo de ver a última sessão dos golfinhos).
Entretanto o pai teve que se retirar em trabalho e mesmo com as ajudas habituais, isto está complicadito... Amanhã é outro dia e espero que corra melhor!
E por falar em amanhã, e em fim de férias, uma vez que já ninguém as aguenta, arranjei um ATL de férias mesmo fixolas para as meninas. Estou a rezar para que elas gostem! Porque preciso mesmo de umas horinhas de descanso e acho que um timeout vai mesmo fazer bem a toda a gente!

domingo, 13 de agosto de 2017

Hoje fugimos nós

Sabíamos que haviam nas proximidades, mas não se viam. Só o cheiro e o fumo denunciavam a situação que corre todos os noticiários.
Mas com o cair da noite começamos a avistar uma frente nova. De certeza que era algo novo. A cor do horizonte rosácea rapidamente se tornou ardente. "Ainda está longe", dizem uns, "Só se o vento virar"... Não ficámos para ver. A lembrança dos acontecimentos recentes no nosso país fez-nos virar as costas ao fogo e rumar a casa.
Mas olho pelo espelho do carro e depois do medo cai sobre mim uma enorme tristeza. No pensamento só uma pergunta paira: porquê? Mas porquê?
Não entendo, não consigo encontrar razões. Nenhumas! São vidas, humanas, dos nossos animais, das nossas florestas. É o nosso futuro. É o futuro dos nossos filhos que estão a queimar. Aquilo que demorou décadas a crescer... quem é que mata o nosso país assim??
E então dou por mim a olhar, desta vez para os carros de bombeiros que seguem na direção contrária, que vão ao encontro daquilo que evitamos. E fico paralisada. Também eles têm família, filhos, vidas e provavelmente... medo! Mas seguem sem hesitar, apagar, remediar o que outros destroem sem nexo. E sinto-me aterrada! E imensamente grata, pela coragem e grandiosidade destes homens e mulheres que sofrem por todos nós.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

O pico sardanico

Já não faltavam as gordas doentes e agora tenho o meu bebé unicórnio esquisito... e eu que andava tão contente porque ele era todo bem disposto, adormecia sozinho, já fazia umas 4 horinhas seguidas de noite, não chorava com quase nada e é lindo e fofo que não se aguenta, e agora tramou-me. Nos últimos dias são birras, não desgruda, mas depois não consegue adormecer, e fica com mais birras, mama em continuo (ou quase) e refila porque tem de sair da mama para arrotar, e de noite voltámos a emagrecer os intervalos dos despertares... só tenho uma palavra: TRETA! Ando cansada. Claro que sei que o culpado disto tudo é o pico dos 3 meses, que se junta ao salto que já vinha dos 2 e se arrasta aos 4... parece que os 5 vão ser de descanso antes de nova "moca" aos 6... isto claro se nenhum dente decidir aparecer pelo caminho, senão estamos novamente tramados. Já me tinha esquecido como são enriquecedores estes 12 primeiros meses...
Agora parece que finalmente adormeceu. Mas nem me arrisco a pestanejar, não vá ele acordar. Entretanto tenho as meninas a fazer berreiro aqui ao lado porque querem a mãe para adormecer... Nice! Vou ali e já venho...

#3 Dicas de sobrevivência para as férias

Ora bem, onde é que nós íamos?...
Desculpem a ausência, mas estas férias foram muito pouco férias. Tenho a M com uma otite bilateral desde a semana do Algarve, e a C está com uma treta qualquer... Para além disso estão as duas com o que eu chamo de ressaca. Sinceramente não sei bem do quê, mas já perdi algumas horas a refletir. Será sono? Provavelmente terão bastante. Será da desrotina? Bem, esta também implica com a anterior... Será do mano? Reacções "tardias", mas não deixam de ser normais... Será alguma outra coisa que as preocupa? Não sei! Mas de facto não está fácil!

De qualquer forma, se bem me lembro, estava em falta um post com dicas para a praia. No sítio onde ficámos havia praia quase privada com acesso directo e controlado. Uma solução destas, em que deixamos o carro descansar, será na minha opinião o ideal, desde que a distância à praia seja exequível e não implique as crianças todas penduradas em nós. Mas infelizmente não usámos! O problema é que a praia em questão era de falésia e não tinha "palhotas" (não usamos chapéu...), logo tornou-se uma "não opção"! De qualquer forma, temos uma praia de coração, em que já nos conhecem e já conhecemos bem. E aqui sim começam as minhas dicas:
- alugamos sempre uma "palhota". Para além de nos facilitar com menos uma coisa às costas, nesta altura do ano arranjar lugar para as toalhas e afins é um desafio! Assim garantimos uma zona segura de brincadeira, e até de relax (se isso fosse uma opção agora...). Como somos habituais na praia todos os anos, o senhor das palhotas arranja-nos sempre uma boa solução e um preço "famílias numerosas" (mas não nos livramos das bocarras!)
- distribuímos o peso. Comprámos para a escolinha umas mochilas mini da Pêra Doce lindas de morrer 😍 E estas são obrigatórias quando vamos para a praia para distribuir o carrego: cada menina leva a sua toalha às costas, e a sua muda de roupa. O pai leva o resto das toalhas e os brinquedos, a mãe leva os cremes e o resto da roupa, mais o bebé em babywearing 👍 Já me recomendaram imensas vezes arranjar um daqueles carrinhos de ir ao mercado, que parece um saco com rodas, para levar a tralha para a praia. Ainda não o fiz porque nos organizamos bem assim, mas também é uma boa ideia!
- toalhas familiares. Este ano arranjámos uma toalha XXL. É uma toalha que dá para toda a gente lá estar deitada. Levamos sempre a toalha para a beira mar. Para além disso ainda me permite apanhar um bocadinho de sol, sempre devidamente acompanhada claro!
- saquinhos de plástico pequenos, que permitem em qualquer altura improvisar um bacio usando o balde da praia (Atenção: esta tem tanta piada que correm o risco de passar o resto do tempo com falsos alarmes só porque é giro...)
- levar comida saudável, e moedas. Estranhamente consegui que as meninas comessem imensa fruta na praia, que pouco comem em casa. Deve ser dos ares... e assim evitei os pacotinhos e empacotados, e pudemos vingar-nos nas bolitas... 🙈

Estas são actualmente as dicas que vos deixo. Fora as recomendações habituais, claro. Posso ainda vos dizer que andei carregada com um livro na mala nos primeiros dias, até que o tirei por falta de uso, e foi o melhor que fiz! Só fazia mesmo peso...

Agora, boa praia e boas férias! Que as nossas já acabaram 🙏🙏🙏

terça-feira, 1 de agosto de 2017

#2 Dicas de sobrevivência para as férias

Eu hoje tinha pensado todo
um post sobre dicas para a praia, mas depois do que se passou esta noite decidi escrever apenas isto:

Tomámos a decisão de fazer algumas refeições fora durante estas férias. Infelizmente ainda não acertámos com o ideal. Ao almoço é chato porque vêm cansadas da praia e sujas e as birras intensificam-se... ao jantar é mau porque há imensa gente e elas já estão cansadas do dia e com sono, ficam impacientes e as birras intensificam-se... provavelmente a melhor conclusão seria: não estamos em fase de ir a restaurantes porque elas fazem birras e portam-se mal, para nós é um stress é uma vergonha. Basicamente ninguém tira partido de nada!
Ainda assim, para quem não está "tão mal" como nós, ou está mas gosta de passar vergonhas (ou acha preferível por enquanto isso a ir cozinhar nas férias) sugiro:
- esqueçam os restaurantes da moda! Esses estão invariavelmente cheios, com filas. Os miúdos perdem o restinho de paciência que tinham ainda nem sequer vocês avistaram a entrada do restaurante. Preferível comer "pior" (não necessariamente) e ser "muito fora", do que desejar saltar fora do restaurante sem sequer lá ter entrado... Ainda para mais, ter bebés de colo, ao que parece não dá prioridade nestas filas, infelizmente (mas devia!).
- mesmo depois de dizerem boa tarde/noite ao empregado, peçam logo pão e manteigas, etc. Não é o mais desejável, mas pelo menos entretém e garantem que eles engolem alguma coisa.
- mesmo que já não tenham condições de ler todo o menu, verifiquem se algum dos pratos das primeiras linhas se conseguem comer frios, e se são comíveis apenas com uma mão, com 10% da vossa atenção. Lembrem-se que pode ser necessário engolir bocados inteiros, e que na verdade o mais importante é mesmo comer qualquer para não cair para o lado.
- ah, já agora verifiquem se existe parte infantil no menu. Se houver, excelente! Caso contrário acrescentem ao ponto de cima que deve dar para comer à mão, sem perigo maior de engasgamento ou fixação na garganta.
- Por fim, levem os telemóveis com a bateria carregada e acesso à net. Acho que mordi a língua a dizer isto. É como em tudo na maternidade: mesmo quando dizemos a pés juntos que nunca qualquer coisa, é só uma questão de tempo até mordermos a língua e assobiarmos para o lado.

Tentem não se martirizar muito. A culpa de tamanho desespero e exaspero não pode ser vossa. Deve ser uma fase e vai passaaaaaar!!!!