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sábado, 27 de agosto de 2016

Ai Homens...!

Às vezes deparo-me com coisas, que nunca me lembraria, sobre as quais os homens não sabem absolutamente nada. E se há umas que me suscitam nervos miudinhos, porque me parecem bastante óbvias, há outras que só me dá vontade de rir. Então vejam esta:

Estávamos no meio da rua, sem estabelecimentos comerciais perto. A M de repente diz que está muito aflita para fazer xixi. Sem outra hipótese viável, sugiri ao sr meu marido que a pusesse a fazer ao pé de uma árvore (em versão cadeirinha). A M estava vestida com uma mini saia com roda por isso achei que a tarefa ia ser facilitada e própria para homens. Qual não é o meu espanto quando o vejo todo atrapalhado a tentar segurar uma saia esvoaçante nos pés da criança enquanto o xixi saía...

Oh senhores!!! Por amor da Santa! As saia levantam-se, não se puxam para baixo!!

Resposta que levei: "Mas como é que queres que saiba isso? Nunca usei saias"...

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

É bom ser pequenino

Com estas férias "forçadas" tenho tentado explorar actividades diferentes com as miúdas. Não que não se vá à praia (que é mesmo aqui ao lado), mas queria algo diferente. Foi então que iniciàmos as caminhadas! Levamos o saquinho e vamos apanhar pinhas e pauzinhos. Ontem foi mais de 1h de caminhada entre os pinheiros e campos verdejantes dos campos de golfe. Top top! A M aguentou-se como uma crescida, já a C... Está em processo...
Mas chegámos ao apartamento estafados e com calor. Felizmente que eu tinha tido uma ideia mega no dia anterior nas compras: comprei uma piscina insuflável. E pronto, fez-se a festa em grande! E depois disso demoraram uns 5 minutos a adormecer na sesta! Boa!! Pena eu não caber na piscina. É o mau de não ser pequenino.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Ando com insónias...

São 4h da manhã e não durmo desde a 1h... Tudo culpa das crianças! Não, é mentira. Elas só têm metade da culpa!
Já estamos na 2a parte das férias. As chamadas férias forçadas. Nas minhas melhores estimativas a esta altura estaríamos já a viver na casa nova. Mas não... Muito longe disso. A casa nova ainda tem buracos. As estimativas deles dizem fim de Setembro. 1 mês de atraso. Rezo todos os dias para que seja menos... Por isso tivemos que arranjar este acrescento às férias. Algo que ainda tenha sabor a férias. Acho que acertámos!
Aroeira. Gosto! Não conhecia, mas gostei. Calmo, muito calmo. Ouvem-se os pássaros, os gritos das minhas filhas e os meus. Nada mais... Adoro acordar com o verde. O clima ameno. Muito relaxante. Ou não... Esta parte é que está difícil! É inevitável. Andamos todos um bocado em tensão. A M ainda ontem chorava porque queria ir para a casa nova. Eu também, meu amor! Mas temos que esperar... Ela sente que eu também gostava.
Preocupa-me também este inicio de ano tão pouco estável. Tinha tantos planos para este inicio. Tenho  tanto trabalho... E vou andar de mochila às costas, com as crianças e o gato, a saltar de casa em casa...
Tenho insônias. É à noite com todo o silêncio da casa que a minha cabeça activa num loop de preocupações e anseios que não me deixam dormir.
As noites delas também não estão fantásticas. Não sou só eu que ando com dificuldades em adormecer. Tem sido uma média de 1h/1h30 para as meninas caírem no sono, com ou sem sesta. Eu acabo por adormecer com elas e é no despertar que a insônia acontece...
Bem, vou ver se durmo. Depois conto mais novidades!

terça-feira, 16 de agosto de 2016

O que eu gostava de criar... Para um dia!

Aqui há dias falei com uma mãe de sete. Bem na vida, classe média alta, até que a desventura lhe bateu à porta, ficou com pouco, muito pouco, mas muitos, muitos filhos.
Ontem circulava pelo facebook e parei num artigo de uma artista conhecida. Um dia era dona da vida,  no outro viu a vida ameaçada sob a forma de um cancro.
O que me faz unir estes dois casos? São dois casos muito dramáticos, cada um à sua maneira, mas em ambos os casos houve uma coisa que me chamou à atenção, que me aqueceu o coração: a solidariedade. Numa passagem do artigo dizia "familiares e amigos desdobraram-se em apoio. Fizeram escalas para me apoiarem ao máximo, dormiram comigo, nunca estive só, para que não me faltasse nada". Incrível! As pessoas são incríveis. Abdicar de si, do seu conforto, do seu mundo para deixar de agir e fazer apenas para si e por si, e olhar para os outros. É incrível a capacidade de dar!
No primeiro caso, uma familiar da mãe dizia, "estas coisas só são possíveis quando existe uma boa rede de apoio a todos os níveis. Podemos não ter nada, mas não nos faltam portas abertas!"
Ninguém pediu, não foi preciso! Ninguém precisou de pedir. A ajuda faz-se, oferece-se de alma e coração! Sem nada em troca ou comparações mesquinhas! Incrível!
No dia a dia vejo esta magia a acontecer: a mãe que foi e ajudou, a amiga que fez e aconteceu. Só tenho pena de uma coisa: que nem todos possam gozar desta vivência.
Por isso, e porque sinto que a vida é por vezes profundamente injusta, gostava de ter a grandeza de ser diferente! Gostava de ser rede, de fazer de rede e de conseguir o feito de educar para os outros, para a empatia e para a inter-ajuda. Deus me ajude! E que me ajude também a perdoar quem me tem ofendido...

domingo, 14 de agosto de 2016

Plano Z, de zoo

Não podemos ir à praia? Nem conseguimos estar em casa? Então vamos ao zoo!
E lá fomos nós. Krazyworld, mais precisamente. Tendo em conta que as gaiatas iam com sono e que nem sequer dormiram a sesta, eu acho que correu muito bem! Tiveram direito a um pouco de tudo, cabrinhas (às quais puderam dar de comer), pôneis, pic-nic, visita aos animais exóticos, espectáculos e piscina. No final ainda foram aos insufláveis mas não correu muito bem devido (mais uma vez) a uma descoordenação (inexplicável) minha e do meu marido. Mas pronto, ninguém precisou de hospital por isso podia ter sido pior.
E a cereja no topo é que como compramos as fotos com as cobras e os cães ainda nos ofereceram os bilhetes para o próximo ano! Lá estaremos!!!

Virose

Opá a sério! Não me lembro nada de ter posto isto na mala. Mas como é que ela veio??
Primeiro a M, mas nem deu muito forte. Agora a C, Oh não! E como a C tem as suas particulariedades lá tivemos que falar com o X e o Y e mais não sei quem, para sabermos que devemos estar vigilantes, para visitarmos o hospital caso não melhore, e para nos mantermos afastados da praia por uns dias! Oh Deus, ninguém merece!

Mas o problema é que também não podemos ficar em casa. Já vos falei da casa? O meu pequeno terror! Ando literalmente a passar as passinhas do Algarve naquela casa. Não tem ar condicionado e consegue atingir uns abafantes 50º lá dentro. E mesmo com ventania cá fora, lá não entra nem aragem. Por isso estar lá dentro só se for para morrer, e acreditem que já tive que sair de urgência algumas vezes para dentro do carro para não me estatelar no meio do chão inanimada...

Como resultado destas maravilhas andamos todos a dormir pessimamente. Seja calor, dor, pesadelo, o que for! Esta noite seguidinhas contei 3h. Oh yeah! E viva as ferias por que tanto esperei, e que me deixam com olheiras maiores do que as que trouxe! Não fosse o facto de não ter casa e já me tinha pirado!

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Primeiro rescaldo das férias

O meu vestido, que tanto trabalho me deu a lavar e passar, está feito num oito... Esqueci-me dele no fundo da mala. Mas nem quero saber, estou de férias! E todos os olhares reprovadores que vá receber na praia, nem me vão afectar!
Já as birras das miúdas... Têm sido dias com desafio! Ontem foi talvez o primeiro dia em que o índice de birras se manteve no gerível. A greve às rotinas, as sestas (demasiado) curtas, a mudança de ambientes, enfim, tudo ajuda, ou desajuda... Mas estou confiante! A M quase que já não tem medo do mar e a C já come muito menos areia! Andam as duas um pouco exigentes em relação aos restaurantes (querem sempre ir), mas entre bolas de Berlim e gelados especiais a coisa vai-se fazendo!
Vamos ver como corre daqui para a frente. Boas férias pessoal!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Teoria de parir casas

Dizem que fazer mudanças é um dos males da vida. Piora quando se tem crianças. Horribiliza quando se faz obras. Na verdade já nem me lembrava...
Tenho uma teoria que estou a desenvolver sobre as semelhanças deste assunto a parir crianças. Note-se: toda a gente dramatiza, e morre de medo. Poucas pessoas não passam por isso. Quando termina toda a gente é unânime: não volto a fazer! Mas o tempo passa, as memórias esbatem-se e passado um tempo (variável de pessoa para pessoa) tudo não passa de uma recordação distante e pouco dolorosa que por vezes nos motiva a repetir com genuina inocência.

Por enquanto já completei metade do processo. Está tudo guardado e encaixotado. Confesso que me assusta o que aí vem, mas mais ainda o quando é que isso será possível. Tenho aquela sensação desconcertante de querer desesperadamente voltar a ter ninho, e tudo no lugar, num novo lugar. Ao todo foram mais de 70 caixas, entre cartão e plástico. A vida empacotada, a roupa embalada. O chato é que no meio de tanta caixa, não sei onde está aquela peça, nem aquele livro, nem nada! Só espero que seja breve, que o atraso da obra seja rápido a passar!

sábado, 6 de agosto de 2016

Sorte macaca em pré-férias

E mesmo mesmo antes de irmos de férias, ali mesmo à beirinha, a M fica com febre, diz que quer vomitar e queixa-se que lhe dói um dente... Sorte macaca! Vamos na mesma, claro...

Mas ainda fui presenteada com uma birra da C que corria no meio de nós porque também queria ir vomitar, seja lá isso o que for! Porque isto que ter tanta atenção da mãe só pode ser uma coisa boa...

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Mi casa

Adeus casa.
Foi bom viver aqui. Criámos um ninho à nossa imagem. És bonita! Adoro a vista desafogada, vejo o Tejo ao fundo, invejo os terraços dos vizinhos. Do outro lado tenho vista privilegiada, vejo as torres da igreja, e as torres das Amoreiras. Vejo o pôr do sol em Monsanto e conto os aviões a passar.
Foi bom viver aqui. Conheci pessoas boas. Fui mimada por todos. Vivi num ambiente bom! Hoje levo-as no coração, posso chamá-los de amigos.
Foi bom viver aqui. Para as meninas esta é a nossa casa. Sempre foi. É a estas paredes que chamam lar. Conhecem os cantos, os cheios, os caminhos. Foi aqui que foram geradas, nascidas, criadas.
Foi bom viver aqui. A dois passos de tudo! Amo a centralidade! Um bairro da moda, que inveja a muita gente. As pessoas chiques, as famílias compridas, a missa das crianças, as lojas de folhos. O andar a pé. Prometi que ia andar a pé, prometi que ia ao parque, aquele emblemático, fiz planos para as escolas, selecionei as melhores.
Mas vou embora. Não sei se vou voltar. Guardo tudo o que gostei no meu coração, na minha memória. Vou tentar esquecer o que não gostei, o que me enerva, o que me irrita, o que me leva embora. E vou tentar abrir o meu coração a uma nova realidade, bem diferente do que estou habituada. E vou tentar apaixonar-me.
A casa muda, a vida continua...