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terça-feira, 16 de agosto de 2016

O que eu gostava de criar... Para um dia!

Aqui há dias falei com uma mãe de sete. Bem na vida, classe média alta, até que a desventura lhe bateu à porta, ficou com pouco, muito pouco, mas muitos, muitos filhos.
Ontem circulava pelo facebook e parei num artigo de uma artista conhecida. Um dia era dona da vida,  no outro viu a vida ameaçada sob a forma de um cancro.
O que me faz unir estes dois casos? São dois casos muito dramáticos, cada um à sua maneira, mas em ambos os casos houve uma coisa que me chamou à atenção, que me aqueceu o coração: a solidariedade. Numa passagem do artigo dizia "familiares e amigos desdobraram-se em apoio. Fizeram escalas para me apoiarem ao máximo, dormiram comigo, nunca estive só, para que não me faltasse nada". Incrível! As pessoas são incríveis. Abdicar de si, do seu conforto, do seu mundo para deixar de agir e fazer apenas para si e por si, e olhar para os outros. É incrível a capacidade de dar!
No primeiro caso, uma familiar da mãe dizia, "estas coisas só são possíveis quando existe uma boa rede de apoio a todos os níveis. Podemos não ter nada, mas não nos faltam portas abertas!"
Ninguém pediu, não foi preciso! Ninguém precisou de pedir. A ajuda faz-se, oferece-se de alma e coração! Sem nada em troca ou comparações mesquinhas! Incrível!
No dia a dia vejo esta magia a acontecer: a mãe que foi e ajudou, a amiga que fez e aconteceu. Só tenho pena de uma coisa: que nem todos possam gozar desta vivência.
Por isso, e porque sinto que a vida é por vezes profundamente injusta, gostava de ter a grandeza de ser diferente! Gostava de ser rede, de fazer de rede e de conseguir o feito de educar para os outros, para a empatia e para a inter-ajuda. Deus me ajude! E que me ajude também a perdoar quem me tem ofendido...

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