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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Teoria de parir casas

Dizem que fazer mudanças é um dos males da vida. Piora quando se tem crianças. Horribiliza quando se faz obras. Na verdade já nem me lembrava...
Tenho uma teoria que estou a desenvolver sobre as semelhanças deste assunto a parir crianças. Note-se: toda a gente dramatiza, e morre de medo. Poucas pessoas não passam por isso. Quando termina toda a gente é unânime: não volto a fazer! Mas o tempo passa, as memórias esbatem-se e passado um tempo (variável de pessoa para pessoa) tudo não passa de uma recordação distante e pouco dolorosa que por vezes nos motiva a repetir com genuina inocência.

Por enquanto já completei metade do processo. Está tudo guardado e encaixotado. Confesso que me assusta o que aí vem, mas mais ainda o quando é que isso será possível. Tenho aquela sensação desconcertante de querer desesperadamente voltar a ter ninho, e tudo no lugar, num novo lugar. Ao todo foram mais de 70 caixas, entre cartão e plástico. A vida empacotada, a roupa embalada. O chato é que no meio de tanta caixa, não sei onde está aquela peça, nem aquele livro, nem nada! Só espero que seja breve, que o atraso da obra seja rápido a passar!

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