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segunda-feira, 11 de abril de 2016

A C faz 2 anos

Até parece mentira! Ainda só passaram dois anos? Na verdade é um misto de sentimentos. Já passaram dois anos? Por uma lado tenho a sensação que a C sempre existiu, que mal me lembro da vida antes dela, mas por outro olho para ela e vejo: como está crescida! Onde anda o meu bebé? O meu marido este fim de semana disse-me do nada "amor, agora deixámos de ter bebés! Já não temos mais bebés". O estranho é que me parecia muito mais nostalgia do que alivio... Embora no fundo acho que a C vai ser sempre a nossa bebé!
Mas ainda assim hoje celebro muita coisa. Celebro uma filha maravilhosa! Uma criança que me reinventa desde o dia em que nasceu, desde aquele momento em que pousou quente em mim, desde o momento em que a abracei e lhe dei o meu peito pela primeira vez. Que criança feliz! Que faz de mim uma mãe tão feliz e realizada. Uma filha que enche uma sala com o seu sorriso e boa disposição. Uma filha Guerreira! Que avança sem medo, que se supera e nos desafia a superar-nos a nós próprios, dia após dia.  Uma filha que nos mostra outra forma de maternidade, e até de amor (diferente, não maior). Que torna o nosso dia a dia num sobressalto, num misto de preocupação, orgulho e paixão. Uma filha que tem uma palavra a dizer, uma posição a defender e que luta pelo que deseja. Uma criança que procura o seu lugar onde quer que esteja, e luta para o conseguir. Foi assim que ela entrou nas nossas vidas, de rompante, mas assim permanece de forma inigualável.
Destes 2 anos quero recordar muitas coisas. Quero recordar os nossos momentos, as nossas caminhadas e sessões de ginástica. As vezes sem conta que (ainda) me perguntas "qué ito?", que me proteges do frio com o cachecol e te abraças a mim, numa entrega e união que jamais sentirei. Quero recordar a forma doce com que repetes tudo o que ouves, mesmo sem sentido. A forma como entoas algumas palavras com um surpreende sotaque brasileiro: "papaí, mamãei". Quero recordar as mãozinhas quentes que exigem segurar as minhas na hora de adormecer. Dos beijinhos deliciosos que me dás quando menos espero, mesmo os que dás agarrada às minhas pernas. Quero recordar o som das tuas gargalhadas, que contagiam, e mostram como és feliz. Mas também a tua perseverança, em criares a tua autonomia, todos os "é eu mamãei". Quero recordar a tua força e energia, que te permitem agora trepar tudo o que encontras, mas também desempenhar funções com extrema destreza. Quero recordar todos os momentos em que te encontro a fazer tonterias e te pergunto "o que é que estás a fazer?", numa tentativa quase sobre-humana de tentar manter uma cara séria quando toda eu riu por dentro, e me olhas com o teu olhar matreiro e extremamente sedutor na tentativa de amenizar a minha reação. Quero recordar todos os momentos em que fico apenas a observar-te, a ver-te brincar com as bonecas e fraldas e tachinhos, puzzles e livros, a forma como comes todos os batons que te dou. Como estás crescida princesa! Como me orgulho da minha bebé!
Como mãe apenas posso desejar que o meu colo permaneça o teu preferido por muitos anos, que a minha mão continue a agarrar a tua pela vida fora, e que os meus olhos se orgulhem sempre do que conquistas e de quem te tornas!

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