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domingo, 2 de agosto de 2015

Pediatra Patológico

Esta semana levámos a M ao pediatra.
Uma frase super normal que não indicia nada de estranho. Mas connosco quer dizer tudo estranho! Relembro que temos uma relação muito especial com os pediatras, provavelmente digno de acompanhamento clínico... Nós provavelmente merecemos o prêmio de maior número de pediatras que acompanham as nossas filhas.
Racionalmente sei que não faz o mínimo sentido e é uma situação que deveria ser evitável, mas o mundo conspira contra nós e não conseguimos acertar. Começo a achar que acertar acertamos, mas não sabemos (ou queremos) confiar.
Actualmente estávamos com dois pediatras. No entanto, um especialista que acompanha a C aconselhou-nos a experimentar um novo. Já tínhamos tentado marcar consulta, mas a "coisa" não se deu. Como tínhamos que levar a M para uma consulta de rotina por esta altura, lembramo-nos de experimentar o novo pediatra.
Primeira situação a reportar: como o mundo é uma ervilha, o Sr pediatra tem os filhos na mesma escola das meninas e é alguém com quem nos cruzamos com frequência. Só percebemos o sucedido (e implicações) depois...
Marcámos. Fomos.
Segundo ponto a reportar: estivemos quase uma hora e meia à espera. Se para um adulto acho muito, para crianças acho demais!
Terceiro ponto: ligado com o anterior, o espaço de espera do consultório não é acolhedor, é pequeno e não suficiente para o tempo de espera...
Quarto ponto: o Sr foi simpático, prestável e disponível. Falei abertamente e contei o caminho tortuoso de pediatras. Ele quis saber a história clínica. Achei que a observação foi rápida e orientada aos pontos falados.
Quinto ponto: pareceu clinicamente bom MAS contradisse algumas das recomendações dos especialistas (nos quais confiamos completamente). Logo, ficou a perder...
Sexto ponto: fiquei com a sensação que não tinha trazido estratégias nem soluções. Apenas palavras vagas sobre patologias...
Sétimo ponto: com este se mata uma relação: " não concordo com a amamentação prolongada. Para mim um bebé de 18m que mama é patológico, vai com certeza ter problemas emocionais graves no futuro". Pois eu não tenho tanta certeza disso dr...
No fundo, não tinha desgostado até ao último ponto. Não fez nada de melhor, não se destacou, não pareceu melhorar o estado actual. Mas vamos cruzar-nos com ele quase diariamente o que nós põe numa situação difícil.
Será que vamos adoptar este também??

2 comentários:

  1. A insegurança ou a baixa auto-estima não são determinadas, em si, só pelo facto de a criança ter sido ou não amamentada. Respeito e liberdade tanto da criança como da mãe. Se a mãe não quiser mais, deve ser respeitada e o mesmo se diga quanto à criança.
    Na minha opinião aquelas dependem da personalidade da própria criança e de uma envolvência controladora e rígida; nunca de um acto só e ainda mais assentando ele no respeito e liberdade das partes.
    Patológico é ser dogmático.

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  2. Bravo! Gostei do comentário! De qualquer forma já pus os meus dotes de investigadora a funcionar e colecionei um conjunto de artigos que o sr dr vai gostar de ler com certeza... Obrigada!

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