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terça-feira, 15 de março de 2016

Gerir emoções

Devem estar habituados a ouvir esta frase em vários contextos: no trabalho, no amor, com os filhos... Hoje venho falar de gerir emoções na venda/compra de casa. A nossa casa já está à venda. E só isto já pode gerar emoções antagônicas. As visitas (que insistimos acompanhar) são outro misto de emoções. A empatia que se cria (ou não) com os visitantes, os seus planos de remodelaçao daquilo que nós julgamos (quase) perfeito. Mas emoções aqui têm pouco espaço. Os negócios fazem-se com distanciamento e frieza, que estamos pouco habituados.
Mas depois vem todo um mar de inseguranças e preocupações sobre o possível novo ninho. Onde? Como? Quando? E logo na fila surge um engarrafamento de "e ses?". A minha forma de ser empurra-me para dar pouca margem a estes sentimentos. Se bem que eu sei que às vezes é preciso parar e questionar, mas quando deixamos entrar muitas dúvidas deixamos de ver com clareza.
A negociação de propostas, que imaginei como algo divertido converteu-se em algo assustador, de "quem tudo quer, tudo perde" mas não esquecendo que "quem não arrisca, não petisca".
Para quem é controlador (como eu) este pode ser sem duvida um momento de aprendizagem e crescimento. Na verdade, pouco consigo controlar neste processo. Há muitas variáveis e joga-se com a incerteza do que o destino nos reservou. E o processo segue o seu rumo. É preciso geri-lo para dentro e (sobretudo) para fora. Até porque onde esperaríamos o reconhecimento, encontramos vezes de mais o cepticismo.
Mas no fundo quero acreditar que "o sonho comanda a vida" e que na verdade "a sorte protege os audazes".

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