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sexta-feira, 8 de maio de 2015

Baby C take II

Em tempos já falei aqui que a minha bebé mais nova nasceu com um quiproquó. Ela tem sido seguida em vários especialistas, mas O especialista é o Dr Paollo Casela, de cirurgia pediátrica. Na última consulta ele tinha recomendado repetir uma série de exames quando a C fizesse um ano e que devia ir a nova consulta quando deixasse de mamar. Acredito piamente que tal recomendação foi feita na expectativa que caso exista algum problema o coração de mãe vai lançar o alerta. Basicamente foi o que aconteceu! O meu coração de mãe sentiu que algo não estava bem, que as coisas tinham mudado. Fui! Contei o que se passava, o que me atormentava. Ele fez um ar de avô que entende exactamente o que eu estou a dizer, que me percebe e se me é permitido, que até já estava à espera. Também vi no ar dele que algo não estava bem. Cada vez mais acredito no poder das mães! Mães, acreditem em vocês, oiçam o vosso instinto, o vosso coração!
Ele esteve a observá-la e acabou dizendo: vamos mudar tudo o que estamos a fazer. Que gelo! Gosto pouco de mudanças... Ao que parece os tratamentos que lhe estamos a fazer já não estão a ser frutíferos. A baby C ganhou uma aversão ao tratamento e está a recusar-se a colaborar, mesmo sem saber que isso põe em causa muita coisa... Vamos então passar a dar medicação. Parece simples, mas não é. O risco de falha da medicação é elevado e tem como contra-indicação diminuir a absorção de vitaminas e minerais. Tenho indicação expressa para ligar caso note alguma coisa que não ache normal.
É claramente o próximo nivel. Tenho medo, tenho muito medo por ela, e por mim, que não esteja à altura. Mas percebo (e sabia) que as coisas haveriam de mudar! O facto de não ter enviado imediatamente para cirurgia já parece ser bastante positivo. É não é? Convém fazer este exercício para mim mesma. Sinto-me a caminhar às escuras, com a minha bebé ao colo. Mas tenho fê! Tenham fê por nós também. Vamos iniciar o próximo nivel... 

2 comentários:

  1. A vida é mais fácil quando se relativiza e nos apegamos a pessoas e situações que nos podem ajudar, assim nós queiramos.
    Não estás sozinha;
    És esclarecida e atenta - já o demonstraste várias vezes;
    Tens óptimos profissionais que te acompanham;
    Passou 1 ano inteiro, estiveste à altura, e a cirúrgia foi adiada. Algum dia ela acontecerá, e corresponderá a mais uma fase da evolução da pequena. E nessa altura talvez te dê força olhares para ela e pensares: está tão grande... e forte... consegui que ela não fosse operada nas primeiras semanas de vida! Estamos de Parabéns!

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  2. Obrigada pelo carinho e apoio.
    O meu coração deseja ardentemente que esse dia não chegue...

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