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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Meninos e meninas

Já há uns tempos que tenho vindo a ser bombardeada por artigos e comentários alusivos à igualdade de géneros. Não tenho reagido, mas isto tem me posto a pensar.
Obviamente que acredito na igualdade de direitos (e deveres) entre géneros, igualdade de oportunidades. Mas esta onda de igualdade, confesso, que me incomoda. Para mim não é a mesma coisa casar com uma mulher ou com um homem, não procuro num homem o que "procuro" numa mulher. Não espero que pensem ou ajam da mesma forma. Senão vejamos: naturalmente (diga-se biologicamente) existem diferenças inquestionáveis, que atribuem papéis diferentes a cada um (note-se que referi apenas diferentes, nem melhores nem piores), que se complementam. Estas diferenças são genuínas, estão naturalmente escritas no nosso código genético e é assim que devem permanecer.
Se analisarmos os nossos antepassados, os meninos identificavam-se com os pais e tinham brincadeiras naturalmente mais agressivas, que lhes permitiam preparar as suas actividades futuras. As meninas tinham naturalmente um comportamento semelhante face às suas mães. Qual o problema disto? E isto não quer dizer que as mulheres é que fazem tudo enquanto os homens descansam, claro que não. Ambos trabalham e colaboram de igual forma para atingir o objectivo pretendido - a sobrevivência.
Agora vejamos o que se passa na nossa sociedade: já não é preciso ir à caça, defender dos predadores. Mas reparem genuinamente nas crianças a brincar. Sem influência! Os rapazes são naturalmente (e geralmente) mais agressivos nas suas brincadeiras. E as meninas continuam tendencialmente a imitar as mães. Qual é o problema disto? Não sejamos hipocritas, os meninos podem brincar com bonecos e as meninas com carrinhos. Mas nunca um homem vai gerar uma criança, ou dar de mamar! Porquê fingir que sim? Porquê explicar às crianças que somos todos iguais? Eu acho que somos todos deliciosamente diferentes, e sim, com diferenças de género.
O respeito pela diferença não passa (ou não deverá passar na minha opinião) por ignorar a diferença. Para mim esta é também uma forma de preconceito, esbatido. A diferença deve ser compreendida e aceite tal como é. Os valores que pretendo ensinar às minhas filhas é que há coisas de meninas e coisas de homens, inquestionável! Mas que não há qualquer problema em brincar com coisas de meninos (sim, para mim são de meninos! Foram feitas a pensar no género masculino e nos seus interesses! Estudem marketing!).
Mas mais importante do que tudo, o que lhes quero transmitir é que não é por alguém ser diferente de nós que merece um tratamento diferente.

PS: a propósito deste assunto, a M um dia destes pediu para ir fazer xixi e disse que queria fazer xixi de pé e ao contrário. Bem, lá tive que explicar que as meninas por terem pipi não conseguiam fazer xixi assim (pelo menos sem molhar o chão...). Os rapazes por terem pilinha já conseguiam. E pronto, meninas e meninos são, de facto, diferentes!

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