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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Faz hoje um ano...

... um ano em que fechei um capítulo! Em que iniciei um novo modo. Ou vários... sou mãe de três, sou mãe de menino, sou oficialmente uma mãe aflita, angustiada, falida, louca (completamente louca), magra, rabugenta, mas estupidamente preenchida! Parece um cliché, mas de facto nunca estive tão TÃO!

Mas hoje estou em negação e pergunto-me como é possível já ter passado um ano, a sério, como??? Olho para o bebé que tenho hoje e não entendo como aconteceu? O meu menino pequenino, o meu recém nascido, o meu último bebé! Ser mãe é viver em ambiguidade, é desejar que o bebé cresça forte e saudável, e também que o tempo pare, que ele volte para nós, e se aninhe do nosso corpo. É sentir borboletas na barriga, o estômago na boca, o coração a parar, os olhos a chorar... é querer a cama só para nós e sentir a falta do bebé ao nosso lado, à distância de um beijo...

Mas hoje também é tempo para reflexão. Nesta minha 3.ª tentativa de ser a mãe perfeita dos meus filhos, reconheço, com mágoa, que voltei a falhar, uma vez e outra vez... Ao contrário do que julguei, cada vez tenho mais dúvidas que exigem mais e mais de mim, mesmo quando acho que já não me consigo reinventar. Tenho aprendido tanto! Tenho crescido tanto...

Mas hoje sei que ainda tenho um caminho a percorrer, um trabalho por fazer. E cada dia que passa sinto que espera por mim. Revisitar o que custa, o que passou. Fechar o que não sarou, o que ficou em aberto e que algum dia precisará da minha atenção. Afinal o que era “só meu” deixará de o ser e mais tarde ou mais cedo, terei que me reencontrar...

Agradeço a todas as pessoas incríveis que conheci e com as quais tenho vivido momentos intensos de partilha, ajuda, empatia e aprendizagem. Cada vez dou mais valor a quem está, de corpo e alma! A quem “perde” um bocadinho de si, por nós! Para nós, para mim, para os meus filhos. A quem tem uma palavra, ombro, mão amiga.

E em jeito de reconhecimento, fica o sentimento GRANDE de que tenho um bebé feliz! Uma família feliz!
Que continuo a ser alimento, conforto, porto seguro! Que os meus braços continuam a erguer, segurar, adormecer, embalar, curar, dar amor e calor, apesar de serem cada vez mais dispensados. Que o meu sorriso tenha sempre resposta, e a minha gargalhada contagie.

Parabéns ao meu bebé grande, ao meu bebé menino, ao meu bebé revista, ao meu bebé unicórnio! Que a vida te devolva sempre a magia que espalhas pelo mundo!

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